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ECONOMIA & FINANÇAS

CONFINAMENTO FAZ DISPARAR DESEMPREGO EM MARÇO COM 52.999 NOVOS INSCRITOS

O confinamento social fez aumentar o desemprego logo em março, com 52.999 novos inscritos nos centros de emprego, o que representa um crescimento de 34% face ao mesmo mês de 2019, refere hoje o Barómetro das Crises.

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O confinamento social fez aumentar o desemprego logo em março, com 52.999 novos inscritos nos centros de emprego, o que representa um crescimento de 34% face ao mesmo mês de 2019, refere hoje o Barómetro das Crises.

O Barómetro do Observatório sobre Crises e Alternativas analisou os efeitos da crise causada pela covid-19 e divulgou as suas conclusões numa publicação eletrónica intitulada “Novo Desemprego: as fragilidades de uma opção produtiva”.

O estudo salienta que em março, o primeiro mês de confinamento social, se verificou um agravamento de 34% no número de novos desempregados inscritos, face ao mesmo mês de 2019. Essa evolução refletiu-se no nível do desemprego registado no final de março que subiu 3% face a março de 2019 e 8,9% face ao mês anterior.

Segundo o autor da análise, João Ramos de Almeida, os valores percentuais são diferentes porque se tratam de dois conceitos diferentes.

O conceito de desemprego ao longo do mês diz quantos desempregados se inscreverem nesse mês, mostra o fluxo, enquanto o desemprego registado mede o nível do desemprego, do número de pessoas que estão disponíveis para trabalhar num dado mês (ao final desse mês) e que não foram ocupadas pelo Instituto de Emprego.

O autor do estudo considerou que “o confinamento social foi uma dura prova para os portugueses” e revelou os “sinais de fragilidade daquela que parece ser a estratégia produtiva nacional — os serviços e o turismo”.

Isto porque foi neste setor que o desemprego mais cresceu.

De acordo com o barómetro, que se baseou em dados do Instituto de Emprego e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS), quase três quartos da subida verificada (73%) foi explicada pelo desemprego nos serviços e, dentre esses, sobretudo em atividades ligadas ao turismo.

Foram as zonas de Lisboa e Vale do Tejo e a sul desse território que mais se ressentiram, coincidindo com a concentração de atividades turísticas.

Só o Algarve representou 20% da subida do desemprego em março.

Ao mesmo tempo, as ofertas de trabalho, que habitualmente subiam em março, também registaram uma quebra de 23% em termos homólogos, da qual três quartos é explicada pelo setor dos serviços.

Citando dados divulgados pelo MTSSS, o barómetro salienta que a tendência de agravamento do desemprego prolongou-se em abril, com uma média diária de mais de 3 mil novas inscrições de desempregados no continente, mais 31% do que em março passado.

O que se refletiu numa subida do desemprego registado no continente de aproximadamente 15% em abril face a março passado e de 24% face a abril de 2019.

O autor da análise prevê que os valores do desemprego possam ainda agravar-se caso o desconfinamento não se reflita numa retoma imediata das atividades económicas, em particular nos serviços.

Das 102.489 empresas com 1.258.938 trabalhadores que pediram os apoios do ‘lay-off’ simplificado até terça-feira, cerca de 80% delas e 73% dos trabalhadores laboram no setor dos serviços, refere.

“Esta concentração do desemprego nos serviços é reflexo das medidas tomadas para controlar a pandemia, mas igualmente da fragilidade de uma estratégia produtiva assente nessas atividades”, diz o autor.

De acordo com a análise, quando se observa os dados do desemprego registado nas últimas quatro décadas, verifica-se que o setor dos serviços, ao contrário das indústrias transformadoras, é aquele que se expande em fase de retoma, mas que se retrai desproporcionadamente em fase recessiva, manifestando uma enorme volatilidade.

Essa volatilidade revela-se igualmente em instabilidade nas relações laborais, traduzida pelos elevados valores de inscrição de novos desempregados em cada mês e visível na amplitude entre os valores mínimos e máximos dessas inscrições ao longo das duas últimas décadas.

“Estes são sintomas de que aquela que tem sido a estratégia produtiva nacional é igualmente a maior fragilidade produtiva do país e que é fortemente afetada quando se verifica um choque exterior que perturba a atividade económica”, considera o autor.

Segundo o barómetro, esta subida do desemprego não está a ser acompanhada na sua totalidade por uma proteção dos desempregados pelo subsídio de desemprego.

Dos 343.761 desempregados inscritos nos centros de emprego em março passado, havia apenas 173.815 desempregados com subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego, subsequente ou medidas de apoio a desempregados de longa duração, ou seja, cerca 50,6%.

De 16 de março até final de abril os serviços da Segurança Social receberam mais 82.270 pedidos de subsídio de desemprego.

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IMPOSTOS: 64 AUTARQUIAS VÃO AGRAVAR O IMI DE IMÓVEIS DEVOLUTOS OU EM RUÍNAS

O número de autarquias que indicou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que quer aplicar a taxa agravada de IMI para prédios devolutos e em ruínas ascende a 64, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. Em causa está a aplicação de um agravamento das taxas do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), previsto na lei, com reflexo no imposto relativo a 2023 e cujo primeiro pagamento tem lugar durante o próximo mês de maio.

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O número de autarquias que indicou à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) que quer aplicar a taxa agravada de IMI para prédios devolutos e em ruínas ascende a 64, disse à Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças. Em causa está a aplicação de um agravamento das taxas do Imposto Municipal sobre os Imóveis (IMI), previsto na lei, com reflexo no imposto relativo a 2023 e cujo primeiro pagamento tem lugar durante o próximo mês de maio.

Em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério liderado por Miranda Sarmento refere que no seu conjunto aquelas 64 autarquias identificaram 5.729 imóveis devolutos e outros 7.047 devolutos localizados em zona de pressão urbanística.

As taxas do IMI são anualmente fixadas pelas autarquias num intervalo que, no caso dos prédios urbanos (edificado e terrenos para construção), está balizado entre 0,3% e 0,45%, mas a lei prevê agravamentos, que são diferentes, para aquelas duas situações.

Assim, para os devolutos em geral as taxas do imposto “são elevadas, anualmente, ao triplo nos casos de prédios urbanos que se encontrem devolutos há mais de um ano (…)”. Na prática, isto significa que os proprietários dos imóveis devolutos localizados numa daquelas 64 autarquias pagarão uma taxa de, por exemplo, 0,9% sobre o valor patrimonial em vez dos 0,3% aplicados na generalidade das situações.

Já nos imóveis devolutos e localizados em zonas de pressão urbanística, o agravamento da taxa é maior, com a lei a determinar que esta “é elevada ao décuplo, agravada, em cada ano subsequente, em mais 20%”. O Código do IMI também prevê taxas agravadas para as casas em ruínas — contemplando valores semelhantes aos dos devolutos das zonas de pressão urbanística e dos outros -, tendo sido identificados nesta situação 4.305 imóveis, segundo os dados da mesma fonte oficial.

Os 64 municípios que comunicaram à AT a intenção de fazer uso destes mecanismos especiais previsto no Código do IMI comparam com os 24 que tomaram esta iniciativa relativamente aos imóveis devolutos para o IMI de 2021 e pago em 2022 e com as 40 que assim optaram para os degradados e em ruínas. De referir que 2021 é o último ano para o qual foram facultados dados oficiais.

No apuramento das casas devolutas são tidos em conta indícios de desocupação como “a inexistência de contratos em vigor com empresas de telecomunicações e de fornecimento de água, gás e eletricidade” ou “a inexistência de faturação relativa a consumos de água, gás, eletricidade e telecomunicações”, mas há exceções. Entre as exceções estão as casas de férias ou de arrendamento temporário, as casas que se encontrem em obras de reabilitação, desde que certificadas pelos municípios, as casas para revenda e as de emigrantes ou de portugueses residentes no estrangeiro no exercício de funções públicas.

As decisões das autarquias sobre as taxas de IMI devem ser comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira até 31 de dezembro, por transmissão eletrónica de dados, para vigorarem no ano seguinte. Na ausência desta informação, dentro daquela data, a AT procede ao cálculo do IMI com base na taxa mínima de 0,3%.

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IMPOSTOS: CONTRIBUINTES JÁ ENTREGARAM TRÊS MILHÕES DE DECLARAÇÕES DE IRS

Os contribuintes já entregaram quase três milhões de declarações de IRS, segundo a informação disponível no Portal das Finanças, e cerca de 75% correspondem a pessoas com rendimentos exclusivamente de trabalho dependente e pensões.

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Os contribuintes já entregaram quase três milhões de declarações de IRS, segundo a informação disponível no Portal das Finanças, e cerca de 75% correspondem a pessoas com rendimentos exclusivamente de trabalho dependente e pensões.

De acordo com a mesma informação, foram submetidas até ao início do dia de hoje 2.204.579 declarações relativas a rendimentos de trabalho dependente e de pensões e 709.787 de contribuintes com outras tipologias de rendimentos, num total de 2.914.366 declarações.

Relativamente às liquidações, em resposta a questões da Lusa sobre eventuais dificuldades e atrasos neste procedimento referidas por alguns fiscalistas, fonte oficial do Ministério das Finanças indicou não ter sido identificado qualquer problema.

“Não só não foi identificado qualquer problema nos processamentos de validação das declarações modelo 3 de IRS, como, efetivamente, até ao final do dia 22 de abril se registava um aumento de mais de 440 mil declarações validadas relativamente ao período homólogo do ano passado”, sublinhou a mesma fonte oficial.

Assim, adiantou, naquela data tinham sido validadas 1.926.176 declarações, contra 1.484.318 no período homólogo de 2023.

O Ministério das Finanças indica ainda que “as declarações são submetidas a procedimentos complexos de validação da informação nelas constante, sendo esses procedimentos mais complexos quando o número de anexos da declaração é maior”.

“Aquando da submissão da declaração modelo 3, o contribuinte tem logo disponível a respetiva prova de entrega”, nota o Ministério das Finanças, acrescentando que “o facto de um contribuinte não conseguir aceder ao comprovativo da declaração modelo 3 significa apenas que essa declaração ainda não foi objeto do procedimento de validação”.

A campanha de entrega da declaração de IRS relativa aos rendimentos de 2023 iniciou-se a 01 de abril e decorre até 30 de junho.

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