ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: INDUSTRIAIS DO BACALHAU PEDEM AJUDA À DISTRIBUIÇÃO E RESTAURANTES
A Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) pediu às empresas de distribuição e aos restaurantes portugueses que ajudem a promover o consumo do seu produto, de forma a garantir milhares de postos de trabalho diretos e indiretos.
A Associação dos Industriais do Bacalhau (AIB) pediu às empresas de distribuição e aos restaurantes portugueses que ajudem a promover o consumo do seu produto, de forma a garantir milhares de postos de trabalho diretos e indiretos.
Numa carta que enviou à Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e à Associação de Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP), a AIB manifesta a sua preocupação relativamente ao futuro desta indústria, atendendo às dificuldades por que está a passar devido à pandemia de covid-19.
No seu universo de associados, a AIB reúne “mais de 80% da produção industrial de bacalhau em Portugal, o equivalente a cerca de 400 milhões de euros de volume de negócios anual, empregando, de forma direta, milhares de trabalhadores”.
Segundo a AIB, nos primeiros meses do ano, “as importações de bacalhau salgado seco cresceram a dois dígitos, ao invés das de produção nacional”, o que afetou negativamente as suas associadas e a economia do país, “com todos os efeitos nefastos que esta situação traz ao nível do emprego e da criação de valor”.
“Esta pandemia, cuja emergência sanitária levou ao encerramento abrupto dos estabelecimentos hoteleiros e da restauração e que, por ser global, também interrompeu os fluxos exportadores tradicionais desta indústria, provocou consequências graves na atividade das nossas associadas”, refere.
Em consequência, ocorreu “a entrada em regime de ‘lay-off’ de cerca de 40% deste universo e com possíveis consequências futuras, nomeadamente na extinção de postos de trabalho”, alerta.
Neste âmbito, e uma vez que têm existido campanhas que promovem o consumo de produtos nacionais, a AIB considera que existe “uma oportunidade mútua de criar valor na distribuição e na indústria nacional, permitindo assim reduzir o valor das importações, gerar emprego e rendimento disponível para a economia portuguesa”.
Por isso, pede que as empresas de distribuição e os restaurantes, “na linha do que se tem vindo a fazer noutras áreas da produção nacional”, promovam o consumo do bacalhau de produtores portugueses.
“Estamos inteiramente disponíveis para participar na definição de uma estratégia para, junto dos consumidores vossos clientes, elucidar de que modo estes podem reconhecer e decidir, de modo informado, comprar bacalhau que tenha sido processado por uma indústria portuguesa”, sublinha a associação.
A AIB explica ainda que “as unidades industriais de bacalhau portuguesas estão equipadas com as mais recentes tecnologias e respeitam todas as exigências regulamentares em termos de higiene e segurança alimentar”.
De acordo com a associação, “atualmente existe um conjunto de produtores portugueses que tem presença nas cadeias de distribuição alimentar”, mas “é também conhecida a elevada quota de mercado que empresas estrangeiras ocupam, designadamente, no que ao bacalhau salgado seco respeita”.
AMF // SSS
Lusa/fim
ECONOMIA & FINANÇAS
TARIFA SOCIAL DE GÁS NATURAL MANTÉM DESCONTO DE 31,2% A PARTIR DE OUTUBRO
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
“Este despacho é urgente e inadiável, uma vez que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos deverá submeter até ao dia 31 de março a proposta de tarifas de gás natural para o ano gás 2024-2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) ao Conselho Tarifário e demais entidades para consulta”, refere o despacho assinado pela ainda secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia.
O desconto a aplicar nas tarifas de acesso às redes de gás natural mantém-se, assim, nos 31,2% sobre as tarifas transitórias de venda a clientes finais de gás natural, excluído o IVA, demais impostos, contribuições, taxas e juros de mora que sejam aplicáveis, não sendo a sua aplicação considerada para efeitos de outros apoios atualmente em vigor.
A tarifa social de gás natural é um mecanismo de proteção de consumidores economicamente vulneráveis e de combate à pobreza energética e consiste na aplicação automática de um desconto na tarifa de acesso às redes de gás em baixa pressão.
ECONOMIA & FINANÇAS
ENERGIA: MERCADO LIVRE DE ELETRICIDADE CRESCEU 2,5% EM JANEIRO
O mercado livre de eletricidade alcançou cerca de 5,6 milhões de clientes em janeiro de 2024, um crescimento de 2,5% face ao mês homólogo e de cerca de 15.600 clientes face a dezembro, divulgou hoje o regulador.
O mercado livre de eletricidade alcançou cerca de 5,6 milhões de clientes em janeiro de 2024, um crescimento de 2,5% face ao mês homólogo e de cerca de 15.600 clientes face a dezembro, divulgou hoje o regulador.
Em termos de consumo, registou-se um acréscimo de 212,4 gigawatts-hora (GWh) face ao último mês de 2023, atingindo 43.638 GWh em janeiro, informou a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
O consumo no mercado livre representou, em janeiro, mais de 94% do consumo total registado em Portugal continental.
A EDP Comercial manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em número de clientes (67%) e em consumo (38%).
Em janeiro, a EDP Comercial manteve a liderança no segmento de clientes industriais (23%), enquanto o segmento dos grandes consumidores foi liderado pela Iberdrola (30%).
Já quanto ao mercado liberalizado de gás natural, em janeiro, verificou-se uma redução para um número acumulado de mais de 1,1 milhões de clientes, com uma quebra de 1.466 clientes face a dezembro de 2023.
Em termos de consumo, registou-se um decréscimo de 105 GWh face a dezembro, atingindo 29.288 GWh em janeiro, tendo representado cerca de 95% do consumo total registado em Portugal continental.
A Galp manteve a sua posição como principal operador no mercado livre em consumo (51%), enquanto a EDP Comercial manteve a sua posição de liderança em número de clientes (43%).
No segmento de clientes industriais, a Galp manteve a liderança (38%), bem como no segmento dos grandes consumidores (56%), enquanto a EDP manteve a liderança no segmento das pequenas e médias empresas (39%) e no residencial (41%).
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