ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: CONSUMO DE GÁS NATURAL REDUZIU QUASE 20% EM SETEMBRO
O consumo global de gás natural registou uma redução de 19,7% em setembro, com maior expressão na vertente de consumo convencional, que caiu 22,8%, segundo dados na Adene – Agência para a Energia, hoje divulgados.
O consumo global de gás natural registou uma redução de 19,7% em setembro, com maior expressão na vertente de consumo convencional, que caiu 22,8%, segundo dados na Adene – Agência para a Energia, hoje divulgados.
“Durante o mês de setembro de 2023, registou-se uma redução de 19,7% [no consumo global de gás natural], face à média histórica dos últimos cinco períodos homólogos”, de acordo com o relatório de progresso do Plano de Poupança de Energia (PPE) 2022-2023, publicado pela Adene.
A redução registou-se com maior expressão na vertente de consumo convencional, com uma queda de 22,8%, enquanto na componente de consumo devido à produção de energia através das centrais termoelétricas foi registada uma diminuição de 14,7%.
A Adene realçou também que, no que diz respeito ao consumo de gás no setor dos centros comerciais, observou-se uma poupança de 40,1% no consumo acumulado de gás natural e de 12,3% no consumo de energia elétrica.
O relatório indica também que foram registados ganhos de eficiência hídrica, nomeadamente junto das Entidades Gestoras (EG) de serviços de água, com uma redução de 4,2% no consumo de energia médio por volume de água faturada (consumo acumulado de janeiro a junho de 2023).
“Importa destacar que a análise é apenas indicativa, com uma amostra que conta com respostas de 150 entidades, o que representa 62% do total nacional, ao nível do continente”, ressalvou a agência, acrescentando que, nos centros comerciais, registou-se uma poupança de 1,5% no consumo de água.
Adicionalmente, o relatório revela que a potência instalada por tecnologia fotovoltaica na Rede Nacional de Transporte de Eletricidade (RNT) está a 2,5% da meta traçada até ao final do ano 2023.
Relativamente às medidas implementadas no âmbito dos avisos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estas encontram-se a 41,2% da meta traçada até ao final do ano 2023, incluindo as medidas no âmbito do Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis e as medidas avaliadas no âmbito do aviso de Eficiência Energética em Edifícios da Administração Pública Central.
Segundo a Adene, no total, Portugal superou em 105,7% a meta estabelecida no PPE 2022-2023 até ao final de 2023 (17%).
ECONOMIA & FINANÇAS
GOVERNO DUPLICA LIMITE DA CONSIGNAÇÃO DE 0,5% PARA 1% EM IRS
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros o aumento do limite da consignação de IRS de 0,5% para 1% para entidades de “utilidade pública”, a entrar em vigor na campanha do próximo ano, anunciou o ministro da Presidência.
Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, explicou que a duplicação da consignação de IRS de 0,5 para 1% para instituições de utilidade pública irá aplicar-se aos rendimentos auferidos pelos contribuintes este ano, tendo assim efeitos na campanha de liquidação de IRS que se concretiza no próximo ano.
O governante defendeu que com a medida, por um lado, reforça-se “a liberdade de escolha dos contribuintes” de “poder alocar o produto” dos impostos e, por outro lado, reforça-se de forma “muito significativa” o apoio a associações “de utilidade pública reconhecida”.
Segundo o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, a medida tem um “custo global” de “pelo menos mais 40 milhões de euros no setor social, ambiental e cultural”.
O número de entidades a quem os contribuintes podem atribuir 0,5% do seu IRS ou doar o benefício fiscal do IVA voltou a aumentar este ano, superando as 5.000, segundo a lista disponível no Portal das Finanças.
A escolha das entidades candidatas a esta consignação do IRS pode ser feita até ao final do mês de março ou durante o processo de entrega da declaração anual do imposto, que começou em 01 de abril e termina a 30 de junho.
Entre estas entidades incluem-se centenas de associações e academias dedicadas a diversos fins, bandas recreativas, casas do povo, vários centros sociais, de dia, paroquiais, infantis ou comunitários, fundações, cooperativas, coros, misericórdias ou sociedades filarmónicas e musicais.
Esta consignação não custa nada ao contribuinte nem significa uma redução do reembolso, uma vez que o valor é retirado ao imposto que é entregue ao Estado.
ECONOMIA & FINANÇAS
UM EM CADA SEIS TRABALHADORES EM PORTUGAL TEM CONTRATO A PRAZO – PORDATA
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.
Um retrato da Pordata sobre o mercado laboral em Portugal, no âmbito do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, revela que 17,4% dos trabalhadores no país têm contrato a prazo, acima da média da União Europeia (13,4%).
“Em Portugal, um em cada seis trabalhadores tem contrato a prazo, rácio que se tem mantido quase sem alteração nos últimos 20 anos”, assinala.
Entre os países com maior percentagem de contratos a prazo estão a Sérvia e os Países Baixos.
Por outro lado, Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial, já que apenas oito em cada 100 trabalhadores se encontram em regime ‘part-time’.
“Olhando apenas para as mulheres portuguesas que estão empregadas, apenas uma em cada 10 o faz a tempo parcial. É o 9.º país da UE27 com menor percentagem de mulheres empregadas em ‘part-time’”, aponta a Pordata, que assinala que nos Países Baixos e na Áustria mais de metade das mulheres empregadas trabalham neste regime.
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