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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

DESCOBERTA NOVA FALHA GRAVE NO ANDROID

Nova falha no Sistema Operativo Android, usado maioritariamente em smartphones e tablets, pode levar ao roubo de todas as informações do utilizador.

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Passaram aproximadamente dois anos desde que a Google e alguns dos principais fabricantes de smartphones, anunciaram que iam passar a disponibilizar actualizações mensais de segurança para os dispositivos Android, logo após ter sido descoberta uma das falhas mais perigosas alguma vez reportada. Agora e embora a segurança do sistema operativo Android tenha melhorado drasticamente, ainda não é perfeita e o malware espreita em cada esquina.

Uma equipa de pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia – Yanick Fratantonio, Chenxiong Qian, Simon Pak Ho Chung e Wenke Lee – descobriram um novo exploit chamado Cloak & Dagger, que coloca qualquer dispositivo Android com a versão 7.1.2 em risco. Essencialmente, a nova vulnerabilidade permite que os hackers utilizem o SYSTEM_ALERT_WINDOW e o BIND_ACCESSIBILITY_SERVICE do Android para desenharem elementos interativos na interface do utilizador. Por outras palavras, os criminosos podem implementar elementos de interface maliciosos e fazerem-nos passar por legítimos no ecrã principal de qualquer dispositivo ou numa aplicação.

Segundo os investigadores, “estes ataques permitem que uma aplicação maliciosa controle completamente o loop de retorno da interface do utilizador e assuma o controlo do dispositivo – sem que o utilizador se aperceba da atividade maliciosa. Os possíveis ataques incluem clickjacking avançado, gravação de tudo o que é digitado sem restrições, phishing furtivo, instalação silenciosa com permissões totais e desbloqueio silencioso do equipamento e outras acções (sempre com o ecrã desligado).

Abaixo está o exemplo de um destes ataques invisíveis, onde os criminosos podem deitar as mãos a tudo o que escrevem no teclado virtual:

[KGVID]https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2017/05/cloak-and-dagger-invisible-grid-attack.mp4[/KGVID]

Segue-se outro exemplo, onde os atacantes podem instalar malware com todas as permissões concedidas ao ocultar hiperligações por baixo de conteúdos legítimos:

[KGVID]https://radioregional.pt/wp-content/uploads/2017/05/cloak-and-dagger-clickjacking-silent-god-mode-app-install.mp4[/KGVID]

Os investigadores revelaram que só são necessárias duas permissões para que os criminosos se possam aproveitar desta vulnerabilidade e para que os ataques afetem todas as versões recentes do Android. Entretanto, a Google emitiu uma declaração oficial em resposta, explicando que tomou medidas para evitar estes ataques e que passamos a transcrever:

“Estivemos em contacto com os investigadores e, como sempre, agradecemos os seus esforços para ajudarem a manter os nossos utilizadores mais seguros. Atualizámos o Google Play Protect – o nosso serviços de segurança em todos os dispositivos Android com o Google Play – para detectar e impedir a instalação dessas aplicações. Entretanto, já havíamos desenvolvido novas proteções de segurança para o Android O, o que irá fortalecer a nossa proteção contra estas questões.”

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CIENTISTAS DESCOBREM UM TRATAMENTO INOVADOR PARA O CANCRO DA MAMA

Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.

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Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.

A investigação, liderada por Eva Martín del Valle, do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Salamanca (IBSAL), permitiu desenvolver um sistema inovador de administração de medicamentos para a terapia local do cancro da mama, que consiste num gel termossensível e injetável, que inclui nanopartículas inteligentes para atacar o tumor localmente, noticiou a agência Efe.

O trabalho, publicado no Journal of Pharmaceutical Sciences e no qual também colaboraram investigadores das áreas de Engenharia Química e de Informática e Automação da Universidade de Salamanca e do Instituto de Medicina Translacional de Birmingham, será agora completado com o desenvolvimento de modelos computacionais que simular a aplicação deste gel para preenchimento da área afetada em intervenções de cancro da mama.

Está também a ser realizado um estudo em colaboração com o professor Sasa Kenjeres, da prestigiada Universidade de Delft, que também será publicado em breve, adiantou o IBSAL em comunicado.

“Os sistemas locais de administração de medicamentos são fundamentais no tratamento do cancro, pois oferecem uma série de vantagens que melhoram a eficácia terapêutica e reduzem os efeitos colaterais associados aos tratamentos convencionais”, sublinhou Martín.

A responsável pelo grupo de Nanotecnologia para Tratamento do Cancro do IBSAL trabalha há anos em biomateriais “que oferecem oportunidades” para conceber sistemas de administração mais eficientes e específicos que “podem revolucionar a forma como o tratamento do cancro é abordado”, através de estratégias terapêuticas mais personalizadas.

A equipa desenvolveu um material que é líquido à temperatura ambiente e se transforma em sólido à temperatura fisiológica (37 graus), graças à combinação dos dois componentes utilizados, o polímero PF-127 e a goma gelana, ambos aceites pela agência para os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), como biocompatível com humanos e normalmente utilizado em alimentos.

Este hidrogel contém ainda um sistema de libertação nanotecnológico que permite “libertar” dois componentes farmacológicos numa área específica, “um que impede a formação de novas células tumorais e outro que mata as células tumorais”, frisou a investigadora.

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INVESTIGADORES APROVEITAM O PÓ DA CORTIÇA PARA REMOVER POLUENTES DAS ÁGUAS

Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

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Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

No âmbito do projeto “Corkcatcher: Adsorventes magnéticos com base em resíduos de cortiça para remediação ambiental”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, já alcançaram resultados promissores. Estão a adicionar propriedades a este pó para agarrar alguns dos poluentes mais preocupantes nas águas residuais: iões de metais pesados, corantes e antibióticos. São depositados, diariamente, cerca de dois milhões de toneladas de resíduos nas águas, em todo o mundo.

“O pó da cortiça é um material extremamente interessante visto possuir porosidade, ou seja, cavidades que podem acomodar os poluentes de águas”, começa por explicar o líder do projeto Carlos Granadeiro, investigador do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) na FCUP. “Contudo, esta porosidade não é acessível, isto é, não há uma passagem do exterior até aos poros”, comenta.

Assim, através do método de síntese desenvolvido no projeto Corkcatcher, “foi-nos possível tornar essa porosidade acessível (e até aumentá-la) e simultaneamente conferir propriedades magnéticas ao material”. E quanto maiores os poros, maior a capacidade de armazenar os poluentes. O objetivo dos investigadores é tornar a aplicação deste resíduo viável do ponto de vista económico e ambiental.

“A grande vantagem destes materiais renováveis magnéticos é o facto de serem facilmente separados magneticamente de águas, evitando passos adicionais de recuperação (ex. filtração, sedimentação) como acontece com os adsorventes tradicionais”, concretiza. Para além disso, os resíduos, depois de cumprirem a sua função de adsorver os poluentes, podem ser novamente reutilizados.

Estes materiais podem ser utilizados em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e pretende-se, na próxima fase do projeto, aplicá-los na própria ETAR da empresa corticeira J.A. Veiga de Macedo, que colabora com o projeto.

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