INTERNACIONAL
EMBARGO AO PETRÓLEO RUSSO VAI AUMENTAR A TENSÃO NO MERCADO – AIE
O próximo embargo da União Europeia (UE) ao petróleo bruto e aos derivados do petróleo russos vai aumentar a tensão no mercado, advertiu esta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).

O próximo embargo da União Europeia (UE) ao petróleo bruto e aos derivados do petróleo russos vai aumentar a tensão no mercado, advertiu esta terça-feira a Agência Internacional de Energia (AIE).
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero, a AIE assinala que este embargo, que entrará em vigor em 05 de dezembro para as importações de petróleo e em 05 de fevereiro para os derivados, acrescentará “mais pressão” sobre os mercados, especialmente no mercado do gasóleo, que é “excecionalmente apertado”.
Acrescenta que a proposta do G7 de impor um preço máximo para as compras de petróleo russo “pode aliviar as tensões, mas uma miríade de incertezas e desafios logísticos permanece”.
Além disso, a situação da Rússia como produtor e exportador será testado com os embargos da UE, que fazem prever que a produção da Rússia desça abaixo dos 10 milhões de barris por dia em 2023, uma vez que o que a UE deixar de importar não pode ser compensado por um aumento das compras à China, Índia ou Turquia.
Globalmente, o relatório da AIE pinta um quadro ensombrado pelas consequências políticas da invasão da Ucrânia pela Rússia, mas também pelo abrandamento da economia mundial, embora o corte de produção da OPEP e dos seus aliados (OPEP+) tenha impedido uma queda dos preços.
O crescimento da procura mundial de petróleo abrandará para 1,6 milhões de barris por dia em 2023, contra 2,1 milhões este ano, devido ao abrandamento económico global, aos preços elevados do petróleo e à valorização do dólar, adverte o documento.
A produção global aumentará ligeiramente em 740.000 barris por dia no próximo ano, para um total de 100,7 milhões.
A agência concorda com a tendência do mercado com a OPEP, que na segunda-feira anunciou que espera uma procura global de 101,82 milhões de barris por dia.
A AIE observa também que, à medida que o inverno do Norte se aproxima, os mercados estão a mostrar um equilíbrio entre o abrandamento económico e a escassez da oferta, devido à entrada em vigor dos cortes de produção pela OPEP e seus aliados (OPEP+).
Em outubro, a produção subiu ligeiramente para 101,7 milhões de barris por dia, mas espera-se uma queda de um milhão de barris para o resto do ano devido a estes cortes, segundo o relatório.
O relatório assinala também que os stocks de petróleo bruto e derivados dos países da OCDE estão “nos níveis mais baixos desde 2004”.
A AIE dedica um capítulo especial aos problemas de abastecimento de gasóleo, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, devido a vários fatores, tais como a queda das importações da Rússia ou a greve em várias refinarias francesas.
Como resultado, os preços do gasóleo “subiram para níveis recorde em outubro”, e estão a ser um fator para o aumento da inflação, acrescenta.
A AIE recorda que os mercados internacionais de gasóleo já tinham um défice de produto antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, devido ao encerramento das capacidades de refinação durante a pandemia que ainda não se tinham recuperado completamente.
Esse défice foi exacerbado pela redução das importações da Rússia, que serão maiores com o embargo europeu.
No entanto, a agência prevê que entre o quarto trimestre deste ano e o final de 2023, a nova capacidade de destilados de gasóleo, num total de 2,7 milhões de barris por dia, deverá entrar em funcionamento, o que “aliviará as tensões”.
Entretanto, prevê que haverá uma “feroz competição” pelo gasóleo russo, com os países da UE a lutar para que os EUA, a Índia e os Estados do Golfo Pérsico lhes vendam o combustível em vez de a outros clientes tradicionais.
Contudo, adverte que se os preços do gasóleo subirem demasiado, haverá uma inevitável redução da procura e um reequilíbrio do mercado.

INTERNACIONAL
CONTRAOFENSIVA UCRANIANA ESPERADA PARA ABRIL OU MAIO
O ministro da Defesa ucraniano apontou hoje a contraofensiva das forças de Kiev para abril ou maio, após a chegada dos primeiros tanques alemães e britânicos, num momento que as tropas russas intensificaram os ataques no Donbass (leste).

O ministro da Defesa ucraniano apontou hoje a contraofensiva das forças de Kiev para abril ou maio, após a chegada dos primeiros tanques alemães e britânicos, num momento que as tropas russas intensificaram os ataques no Donbass (leste).
“Depende das condições climáticas. Na primavera, o solo fica muito húmido. Somente veículos sobre lagartas podem ser usados. Acho que veremos [a contraofensiva] em abril-maio”, disse Oleksii Reznikov, em declarações a jornalistas estónios.
Há poucos dias, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que a contraofensiva não será possível até que Kiev receba as armas e munições necessárias para não enviar os soldados para uma morte certa.
Reznikov explicou que o Estado-Maior espera o “momento certo” e que o contra-ataque vai decorrer em vários setores da frente, sem especificar.
“Tenho certeza de que continuaremos a libertar os territórios ocupados, como já fizemos em Kiev, Chernigiv, Sumi, Kharkiv e Kherson”, afirmou.
O ministro, que previu “mudanças muito positivas para a Ucrânia” este ano, embarcou hoje num dos tanques Marder fornecidos pela Alemanha, que também despachou o primeiro lote de 18 Leopard 2 na segunda-feira.
Na terça-feira foi a vez dos britânicos Challengers e hoje a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, anunciou que Madrid vai enviar seis Leopard 2 para Kiev assim que estiverem reparados.
Sobre as promessas europeias de um milhão de munições, Reznikov admitiu que o exército ucraniano precisa de mais para recuperar territórios, embora tenha especificado que as forças de Kiev gastam entre 4.000 e 7.000 munições por dia, enquanto as de Moscovo usam cerca de 20.000.
Na frente leste, após algumas semanas de impasse, os mercenários do Grupo Wagner parecem intensificar novamente as suas operações de assalto ao reduto de Bakhmut, na região de Donetsk.
Segundo o norte-americano Instituto de Estudos da Guerra (ISW), os efetivos do Grupo Wagner podem ter tomado o complexo metalúrgico de Azom, cujos túneis serviram de trincheira para os soldados ucranianos durante nove meses, controlando assim 65% da cidade, e agora estarão a dedicar-se a limpar a área de inimigos.
Enquanto blogues militares russos falam sobre a tomada do mercado e posições perto do Palácio da Cultura no centro da cidade, a imprensa oficial indicou que a luta agora se concentra nas zonas industriais ao sul de Azom.
Apesar de vários aliados e analistas defenderem que as forças ucranianas deveriam abandonar Bakhmut, Zelensky recusa-se a entregar a cidade, que se tornou num símbolo da resistência à invasão russa.
Falando à imprensa norte-americana, Zelensky disse hoje que se o Presidente russo, Vladimir Putin, sentir por um momento que o poder de Kiev é fraco, ele atacará com todas as suas forças.
Na mesma linha, Reznikov garantiu que os defensores ucranianos “reduziram o potencial ofensivo russo”, o que ajuda as tropas ucranianas “a estabilizar a linha da frente e a ganhar tempo para preparar a contraofensiva”.
Por sua vez, o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, voltou hoje a reconhecer o alto custo em vidas humanas do combate sangrento em Bakhmut.
“A batalha por Bakhmut praticamente destruiu o exército ucraniano e, infelizmente, deixou os Wagner bastante maltratados”, declarou.
Reznikov referiu-se igualmente às baixas nesta longa batalha: “Eles também estão cansados. Sofreram pesadas perdas, muitos mortos e feridos. Normalmente eles perdem nada menos que quinhentos soldados por dia.”
O dilema do exército ucraniano agora é o que fazer com a cidade de Avdiivka, nos arredores de Donetsk, onde as forças russas também estão a tentar cercar a cidade.
Perder Avdiivka seria um revés ainda maior do que perder a batalha para Bakhmut, pois abriria caminho para as tropas russas no centro de Donetsk, de acordo com o ISW.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
INTERNACIONAL
COVID-19 TERÁ PROVOCADO 700 MIL MORTES NO BRASIL
O Brasil ultrapassou 700.000 mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.

O Brasil ultrapassou 700.000 mortes associadas à covid-19 desde que a pandemia de coronavírus surgiu no país em 2020, informaram hoje fontes oficiais.
Os números colocam o Brasil como o país com o segundo maior número de mortes associadas à covid-19 no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos (1,1 milhões), de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
As autoridades brasileiras comunicaram 322 mortes na última semana e o total ascende agora a 700.239 mortes relacionadas com a doença, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), um organismo composto por funcionários de saúde dos 27 estados brasileiros.
O número de casos comunicados oficialmente é de 37,2 milhões, embora este número já não seja um indicador fiável porque os testes de autodiagnóstico estão disponíveis nas farmácias desde o ano passado.
Além disso, os doentes com doenças mais leves não são agora sequer testados.
O Brasil registou a sua primeira morte relacionada com a covid-19 em 12 de março de 2020, um ano em que morreram 195.725 pessoas no país.
O ano de 2021 foi o pior da pandemia, com 423.349 mortes. Em 2022, com a vacinação já numa fase avançada, caiu para 74.779, enquanto que em 2023, segundo a Conass, foram registadas 6.386 mortes.
A gestão da pandemia do coronavírus no Brasil foi marcada pela negação do Governo do anterior presidente brasileiro Jair Bolsonaro após perder as eleições para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Desde o início, Bolsonaro minimizou a gravidade do vírus, criticou a imposição de medidas de isolamento, rejeitou o uso de máscaras, promoveu medicamentos de eficácia duvidosa contra a covid-19 e semeou suspeitas infundadas sobre a eficácia das vacinas.
Com a chegada de Lula da Silva ao poder em 01 de Janeiro, o novo Governo apelou à população para tomarem as doses de reforço, especialmente entre as crianças, cuja taxa de vacinação permanece baixa.
Segundo dados oficiais, 80,6% dos 213 milhões de pessoas do Brasil estão totalmente imunizadas (duas doses ou doses únicas), enquanto apenas 50,5% tiveram um reforço.
Atualmente, os estados brasileiros oferecem a possibilidade de tomar a vacina bivalente da Pfizer, desenvolvida com base nas novas variantes do vírus que surgiram nos últimos três anos.
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