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EMPRESAS SUECAS SUSPEITAS DE CONTORNAR SANÇÕES IMPOSTAS À RÚSSIA

A Ericsson, Volvo e outras multinacionais suecas estão sob suspeita da Comissão Europeia de terem exportado produtos para a Rússia, apesar das sanções impostas devido à invasão russa da Ucrânia, adiantou hoje o Governo da Suécia.

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A Ericsson, Volvo e outras multinacionais suecas estão sob suspeita da Comissão Europeia de terem exportado produtos para a Rússia, apesar das sanções impostas devido à invasão russa da Ucrânia, adiantou hoje o Governo da Suécia.

As empresas envolvidas são o grupo industrial Atlas Copco, o fabricante de equipamentos de telecomunicações Ericsson, o fabricante de máquinas-ferramenta Sandvik, o especialista em rolamentos de esferas SKF, o grupo Volvo e o especialista em videovigilância Axis, revelou, em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco à agência France-Presse (AFP).

“O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou as empresas identificadas” pela Comissão Europeia, frisou a diplomacia sueca, garantindo que leva as suspeitas “muito a sério”.

A União Europeia impôs sanções a vários setores da economia russa em resposta à invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

As autoridades suecas responsáveis por garantir o cumprimento das sanções da UE – nomeadamente os Serviços Aduaneiros, a Autoridade de Comércio Externo e a Inspeção Sueca de Produtos Estratégicos (ISP) – também foram informadas.

“As autoridades competentes consideram que a informação não está totalmente completa e que deve ser objeto de uma análise mais aprofundada (…) para determinar como os produtos foram parar à Rússia”, destacou ainda o ministério, na sua resposta.

Contactada pela AFP, a Ericsson negou ter contornado as sanções da UE.

“Desde a invasão da Ucrânia, a Ericsson não fornece componentes informáticos à Rússia e todas as entregas de software e serviços aos clientes foram interrompidos de acordo com as sanções” desde o final de 2022, garantiu o grupo.

“Se o equipamento da Ericsson foi importado para a Rússia, não foi através da Ericsson, mas sim através de um mercado secundário”, sublinhou ainda.

De acordo com informações da Comissão fornecidas à Suécia, as multinacionais “podem ter contornado as sanções através de países terceiros, seja através de subsidiárias, subcontratantes ou outros intervenientes”.

O ministério sueco sublinha, no entanto, “que é importante garantir a fiabilidade dos dados porque a interpretação das estatísticas comerciais é complexa”.

As informações da Comissão baseiam-se em dados alfandegários russos e incluem informações sobre importações de “produtos sensíveis” para a Rússia entre janeiro e novembro de 2023, detalhou o ministério.

“Todos os países da UE estão incluídos na monitorização da Comissão Europeia” para combater a fuga às sanções.

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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