DESPORTO
ESTADO ‘DEVE EQUIPARAR’ FUTEBOL A OUTROS SETORES NOS APOIOS
O futebol tem de ser equiparado às outras áreas de atividade e reivindicar um “tratamento igual” nos apoios concedidos pelo Governo face à pandemia de covid-19, afirmou hoje à agência Lusa o fiscalista José Maria Montenegro.
O futebol tem de ser equiparado às outras áreas de atividade e reivindicar um “tratamento igual” nos apoios concedidos pelo Governo face à pandemia de covid-19, afirmou hoje à agência Lusa o fiscalista José Maria Montenegro.
“Não tendo de ser discriminada positivamente, a indústria do futebol também não tem de o ser pela negativa. Estou certo de que o Estado, em linha com o que já vem ensaiando em reação mais imediata à estrondosa crise económica e de liquidez, vai ter de ajudar todos os setores e não acho aceitável que o futebol não participe dessas ajudas”, defendeu o membro da sociedade de advogados Morais Leitão.
Em 17 de março, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, exigiu “respeito” ao primeiro-ministro e pediu que o setor fosse “equiparado a outras indústrias”, um dia após António Costa ter dito que “o futebol profissional é um mundo à parte” e não “uma das prioridades sociais” no combate ao novo coronavírus.
“O caso da taxa reduzida do IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] aplicável aos espetáculos, em que o futebol foi excluído, é incompreensível e sugere uma predisposição do Estado para desprezar o setor e prejudicá-lo face a outras indústrias que participam das mesmas dores. Essa diferença de tratamento deixa-me de sobreaviso quanto a uma intervenção justa neste momento de dificuldade”, observou.
Recusando uma contribuição extraordinária aos clubes enquanto as provas estão suspensas, pois “nenhuma empresa terá capacidade financeira para suportar mais custos”, o advogado Samuel Almeida, do escritório Vieira de Almeida, fala numa “tendência de moderação salarial” para o futebol português “nos próximos largos meses”.
“Diria que haverá menos investimento, plantéis mais curtos e maior recurso à formação. Nesta lógica, os futebolistas que regressem a Portugal ao abrigo do Programa Regressar até ao fim do ano beneficiam de isenção temporária de Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS) em 50%. É um incentivo favorável sobretudo às SAD’s, pois em regra os salários são negociados líquidos de impostos”, explicou.
Elaborado em 2019 para apoiar o retorno dos emigrantes portugueses que deixaram o país até dezembro de 2015 por causa da última crise económica, a iniciativa não discrimina rendimentos nem profissões e supõe uma ténue esperança tributária para a indústria do futebol face à carência de normas específicas para os atletas.
“No início dos anos 90, o legislador reconheceu que os agentes desportivos tinham uma carreira mais curta face às demais e preparou um regime de tributação autónoma dos rendimentos da sua atividade, começando pelo referencial de 50% das taxas gerais, mas isso desapareceu em meados dos anos 2000”, lembrou José Maria Montenegro.
Diante de uma “realidade muito exigente e difícil” para todos os clubes, o advogado está convencido de que “a fiscalidade no desporto merecia uma revisão de favor, incluindo as apostas desportivas”, mesmo se o setor não tem sido capaz de promover esse debate por “razões de preconceito e de reputação, políticas e de conveniência”.
“Ao contrário do que a opinião tem tendência a veicular, o futebol profissional não é só o FC Porto, o Benfica e o Sporting, muito menos é dominado por salários elevados e desalinhados do resto da sociedade. Também não goza de qualquer regime de ‘offshore’ fiscal, nem vive desligado do país como se não conhecesse dificuldades”, admitiu.
José Maria Montenegro concorda com a reposição da tributação autónoma e sustenta que “fazia todo o sentido olhar às regras de dedução de gastos e de relevo de créditos”, sem afastar ainda a redução do atual IVA de 23% aplicado aos eventos desportivos para a taxa mínima de 6% associada à globalidade dos espetáculos culturais.
“Se pusermos de parte os três ‘grandes’, a realidade do nosso desporto passa pela exiguidade dos orçamentos e, em especial, a magreza dos salários praticados. A verdade é que o futebol não terá tanto poder assim. Agora, antes deste impacto fiscal, o que já temos forçosamente é um impacto económico no negócio geral do futebol”, concluiu.
DESPORTO
BENFICA VENCE SPORTING E CONQUISTA TAÇA DA LIGA FEMININA PELA QUARTA VEZ
O Benfica conquistou hoje a Taça da Liga feminina de futebol pela quarta vez, depois de vencer na final o Sporting por 1-0, num jogo decidido com um golo de Chandra Davidson.
O Benfica conquistou hoje a Taça da Liga feminina de futebol pela quarta vez, depois de vencer na final o Sporting por 1-0, num jogo decidido com um golo de Chandra Davidson.
No Estádio do Restelo, a avançada canadiana marcou o único golo da partida aos 83 minutos, um minuto depois de ter entrado em campo, garantindo a conquista do troféu para as ‘encarnadas’.
O Benfica venceu quatro das cinco edições da Taça da Liga feminina, juntando o título hoje conseguido aos obtidos em 2019/20, 2020/21 e 2022/23, enquanto em 2021/22 foi o Sporting de Braga que triunfou, numa final frente às ‘encarnadas’.
Já as ‘leoas’ disputaram a final da Taça da Liga pela segunda vez, mas continuam sem nenhuma vitória na competição.
DESPORTO
JOSÉ MOURINHO CONSIDERA PORTUGAL UM DOS FAVORITOS A VENCER O EURO2024
O treinador de futebol José Mourinho englobou, hoje, Portugal no lote das três seleções favoritas a vencer o Campeonato da Europa, que se disputa este ano, na Alemanha.
O treinador de futebol José Mourinho englobou, hoje, Portugal no lote das três seleções favoritas a vencer o Campeonato da Europa, que se disputa este ano, na Alemanha.
“Para mim, Portugal, França e Inglaterra são as três seleções mais fortes. Podem haver surpresas, mas, olhando para a qualidade dos jogadores, têm tudo para ganhar”, disse o técnico.
O treinador, de 61 anos, que está sem clube desde que deixou o comando dos italianos da Roma, em janeiro, confessou ter tido um convite para orientar a seleção e não descartou essa possibilidade.
“Tive a possibilidade de treinar a seleção, e foi uma possibilidade muito real. Mas, agora, estamos no Euro com um treinador que tem feito um ótimo trabalho, com uma geração ótima de jogadores e quero que tudo corra muito bem, que é ganhar. Ganhando, ele vai continuar e vão até ao próximo Mundial. Se tiver de acontecer, algum dia vai acontecer”, disse José Mourinho.
O treinador, que hoje esteve nas comemorações dos 40 anos da equipa do Rio Ave, orientada pelo seu pai Félix Mourinho, ter chegado, pela primeira vez, à final da Taça de Portugal, acedeu a comentar o alegado interesse de clubes ingleses no técnico do Sporting, Rúben Amorim.
“Gosto dele como pessoa e treinador. Acho que tem condições para treinar em qualquer liga e clube. Mas está numa liga boa e num grande clube. A decisão é dele e dos clubes que o queiram. Aquilo que fica claro é que gosto da pessoa e do treinador”, afirmou.
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