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NACIONAL

EX DIRETOR-GERAL DA SAÚDE ALERTA ‘ESTEJAM PREPARADOS PARA NOVAS PANDEMIAS’

Francisco George falava à agência Lusa na véspera do Dia Internacional da Preparação para Epidemias, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2020, ano fustigado pela covid-19, para alertar para os “efeitos arrasadores” das grandes doenças infecciosas, que além de mortes, causam destruição, perdas socioeconómicas e atrasos ao desenvolvimento de sociedades inteiras.

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Francisco George falava à agência Lusa na véspera do Dia Internacional da Preparação para Epidemias, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2020, ano fustigado pela covid-19, para alertar para os “efeitos arrasadores” das grandes doenças infecciosas, que além de mortes, causam destruição, perdas socioeconómicas e atrasos ao desenvolvimento de sociedades inteiras.

No contexto deste dia, “chama-se a atenção para a necessidade de colocar tudo o que respeita à saúde pública como absoluta prioridade”, disse Francisco George, lamentando que esta área seja remetida muitas vezes para “níveis de menor prioridade”.

Para um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, os países devem ter a preocupação de terem nas respetivas agendas “o reforço das unidades de saúde pública”.

O médico, que exerceu o cargo de diretor-geral da Saúde entre 2005 e 2017, lembrou à Lusa a primeira grande pandemia que aconteceu em 1980, a sida, e as que surgiram no novo milénio.

“A partir do ano 2000, assistimos a uma série de acontecimentos que traduzem a emergência inesperada de fenómenos epidémicos de natureza zoonótica” – doenças que têm origem em agentes infecciosos que têm como reservatório animais — que têm abalado “diferentes países”.

O especialista recordou a Síndrome Aguda Respiratória Severa (SARS) em 2003, que teve a sua génese no animal exótico Civeta, e que começou no sudeste asiático, tendo particular gravidade em Toronto, no Canadá, onde provocou 8.000 casos e 800 mortos.

Mais tarde, em 2012, surgiu o coronavírus no Médio Oriente (MERS), com origem nos camelos, e em 2019 apareceu o SARS-CoV-2 na China central, que provocou a pandemia de covid-19.

Tudo indica que na origem da covid-19 esteve o pangolim, um mamífero com o corpo coberto de escamas muito idêntico aos peixes, que é também utilizado como fonte alimentar, adiantou.

“As epidemias não vão parar, vão acontecer e, por isso, é de toda a importância chamar a atenção para os governos prepararem mecanismos de monitorização, mecanismos de vigilância a fim de serem detetados os primeiros casos e serem imediatamente combatidos”, avisou.

Foi neste contexto que foi criada em Portugal a Sociedade Portuguesa de Saúde Pública, que se ocupa do estudo destas questões, mas sobretudo dos aspetos científicos que dizem respeito à emergência desses problemas e à necessidade de criar mecanismos de vigilância.

Francisco George anunciou, a este propósito, que vai decorrer em junho um congresso que vai juntar especialistas portugueses, da Organização Mundial da Saúde e de outras organizações para debater estes problemas, “mas com a preocupação de afinar a interpretação científica que é requerida para preparar respostas”.

Questionado sobre a vaga de novos casos de covid-19 na China, o especialista disse que o que se exige “é a total transparência da informação”, com a comunicação da situação à OMS, o que vai implicar a deslocação de especialistas desta organização à China.

“Os problemas têm de se combater onde surgem. Portanto, se há questões na China, antes de mais nada é preciso começar a perseguir e controlar esses problemas que são identificados e evitar que se propaguem para outros países. Essa é uma questão central que tem que ser atendida”, vincou.

Também questionado se a covid-19 se está a tornar uma doença endémica, afirmou que, em Portugal, “provavelmente sim”, mas ressalvou que há sempre a possibilidade de surgirem novas variantes.

“Não quer dizer que a probabilidade seja alta, mas há sempre a possibilidade de surgirem variantes novas que fogem às defesas asseguradas pelos anticorpos que foram criados, entretanto, na população”, disse Francisco George.

Por isso, defendeu, tem de haver uma vigilância genómica laboratorial como a que se faz no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, para perceber a natureza da infeção, se há ou não alterações ao vírus inicial e se há novas variantes que podem precisar de adaptação de respostas, incluindo vacinas.

NACIONAL

25 DE ABRIL: HÁ 17 RUAS EM PORTUGAL COM O NOME DE “OLIVEIRA SALAZAR”

As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

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As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.

De entre estradas, avenidas, ruas, vias, travessas, azinhagas, alamedas, praças, largos, escadas, calçadas, becos, terreiros, pracetas, pontes e bairros, permanecem no espaço público largas centenas de topónimos de protagonistas do Estado Novo, de acordo com a base de dados dos CTT — Correios de Portugal facultada à agência Lusa, embora Humberto Delgado ou Aristides de Sousa Mendes também fiquem como símbolos de resistência na ditadura.

Sobrevivendo à iniciativa de apagar a ideologia e memórias de 48 anos de ditadura, após o 25 de Abril de 1974, pelo menos 17 ruas mantêm o nome de António de Oliveira Salazar, que governou entre 1932 e 1968, primeiro como ministro das Finanças e depois como presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro).

Em Santa Comba Dão, distrito de Viseu, o ditador que nasceu na antiga freguesia de Vimieiro dá nome a avenida (e apelido a escola), em Armamar, no mesmo distrito, destaca-se com outra avenida, praça e travessa, em Castelo Branco e Leiria, com duas ruas, e Ansião (Leiria), Cadaval (Lisboa), Carregal do Sal e Penodono (Viseu), Odemira (Beja), Santo Tirso (Porto), Tomar (Santarém), Vila Flor (Bragança), Vila Nova de Gaia (Porto), na maioria com uma rua cada.

Na cadeira de Salazar sucedeu Marcelo Caetano, último primeiro-ministro do Estado Novo, que se rendeu no Quartel do Carmo na “revolução dos cravos”, com 16 placas, de quatro ruas em Pombal, em distintos lugares ou freguesias, e um beco em Peniche, no distrito de Leiria, duas ruas e largo em Cadaval, avenida e largo na Maia (Porto), largo em Arganil (Coimbra), travessa em Penalva do Castelo (Viseu), e ruas em Rio Maior e Tomar (Santarém) e Cascais e Sintra (Lisboa).

O último Presidente da República do Estado Novo, Américo Tomás, almirante apelidado pelo povo de “corta-fitas”, dá nome a avenida na Covilhã (Castelo Branco), e ruas de Celorico da Beira (Guarda), Ferreira do Zêzere (Santarém), e Cadaval e Loures (Lisboa).

O marechal Francisco Craveiro Lopes, Presidente da República entre 1951 e 1958, figura em 16 placas de duas ruas em Loures e em Odivelas (Lisboa), avenidas em Vendas Novas (Évora), Cascais e Lisboa, e rua em Almeirim, Santarém, Bragança, Castelo Branco, Mirandela (Bragança), Peniche, Ponte de Sor (Portalegre), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Vila Nova de Gaia.

O general Óscar Carmona, chefe de Estado entre 1926 e 1951, soma 41 referências toponímicas, de avenidas em Cascais (duas e uma rua), em Chaves (Vila Real), Santa Comba Dão, Tabuaço (Viseu) e Vila Flor, e ruas também nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém e Viseu.

Carmona dá ainda nome a praças em Alcanena e Entroncamento (Santarém), Castelo Branco e Felgueiras (Porto), a largos em Anadia (Aveiro), Fronteira (Portalegre), Leiria e Odivelas, e uma ponte em Vila Franca de Xira (Lisboa).

O marechal Gomes da Costa, monárquico que foi Presidente da República em 1926, deposto por um golpe liderado por Carmona, possui 35 topónimos, e Carrazeda de Ansiães (Bragança) lidera em número, com duas ruas e uma travessa, seguindo-se Almeirim com duas ruas, ou Nisa (Portalegre) e Portimão (Faro) com uma rua e uma travessa cada.

O nome do marechal está também patente em avenidas de Oeiras, Lisboa, Matosinhos, Vila Nova de Gaia e Porto, assim como em ruas da Horta (Açores) e municípios dos distritos de Beja, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Viseu, Santarém ou Setúbal.

O escritor e jornalista António Ferro dá nome a rua e praceta em Cascais, a ruas em Amadora (Lisboa), Matosinhos, Portalegre e Portimão e praceta em Oeiras.

Pelo menos 72 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Vila Real têm o nome de Duarte Pacheco, engenheiro que foi ministro das Obras Públicas e responsável por projetos como o aeroporto de Lisboa e a Ponte Salazar, rebatizada Ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada.

O cônsul português em França Aristides de Sousa Mendes, que concedeu à revelia de Salazar vistos a judeus, que fugiam ao exército alemão nazi, na Segunda Guerra Mundial, regista 63 topónimos nos distritos de Aveiro, Beja, Braga, Bragança. Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu.

O general Humberto Delgado, que tentou derrubar o regime salazarista através de eleições, possui 448 topónimos, com destaque para Sintra, com 17 placas em quatro avenidas, nove ruas, duas pracetas e duas travessas, em distintos lugares ou freguesias, seguido de Loures, com 16, dos quais 12 ruas, dois largos e uma praça.

Além da toponímia, figuras do Estado Novo estão ainda presentes na estatuária ou na ponte e viaduto Duarte Pacheco, em Penafiel e Lisboa, respetivamente.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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