REGIÕES
FOGO DE AGOSTO FOI O MAIOR EM 47 ANOS NA SERRA DA ESTRELA
O fogo na serra da Estrela em agosto deste ano foi o maior dos últimos 47 anos naquele território, que também regista um ciclo de grandes incêndios, disse hoje o comandante nacional da Proteção Civil.

O fogo na serra da Estrela em agosto deste ano foi o maior dos últimos 47 anos naquele território, que também regista um ciclo de grandes incêndios, disse hoje o comandante nacional da Proteção Civil.
“Se olharmos para o histórico desta área – do Parque Natural da Serra da Estrela – desde 1975, constata-se que até ao dia do incêndio [06 de agosto de 2022] não tinha existido um incêndio com estas proporções. Foi o maior alguma vez registado nesta área, apesar de terem existido bastantes incêndios”, afirmou.
André Fernandes durante falava num `briefing` realizado hoje na Covilhã, distrito de Castelo Branco, no âmbito de uma visita que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, está a realizar a vários concelhos afetados por aquele fogo.
Neste périplo, Marcelo Rebelo de Sousa é acompanhado pelo ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, sendo que, além da Covilhã, também estão previstas passagens pelos concelhos de Manteigas, Seia, Gouveia, Celorico da Beira e Guarda, no distrito da Guarda.
No início da manhã, o chefe de Estado esteve no quartel dos Bombeiros da Covilhã, local onde foi feita a apresentação sobre o incêndio que passou por dois distritos (Castelo Branco e Guarda) e seis concelhos, tendo consumido 24 mil hectares de terreno.
Uma área ardida que faz com que seja o maior fogo desde 1975 naquele território, como referiu o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Segundo acrescentou, antes deste, o fogo de maior dimensão tinha ocorrido em 2017 e afetou os concelhos de Seia e Gouveia.
Na linha cronológica, também se verifica que aquela região teve grandes fogos nos anos de 1978, 2000, 2017 e 2022: “Nota-se aquilo que é um ciclo de grandes incêndios nesta área”.
Concentrando o olhar no fogo de agosto, explicou que esteve em causa um incêndio de montanha, que começou de madrugada e cuja causa apontada é o “incendiarismo”.
Nesse ponto, lembrou o grande número de ignições registadas na região, explicando que os 30 dias que antecederam o incêndio da Serra da Estrela se verificou “um elevado número de ignições” no limite exterior do Paque Natural da Serra da Estrela (PNSE).
Detalhou que só nas freguesias da Covilhã/Canhoso, Teixoso/Sarzedo e Cantar-Garlo/Vila do Carvalho houve 45 ignições desde o início do ano.
Dessas, 14 ocorreram nos 30 dias antes do incêndio e 11 perto da zona onde o fogo começou [Garrocho].
A nível operacional detalhou que o fogo se desenrolou maioritariamente acima dos 800 metros, obrigando os operacionais a enfrentarem declives superiores a 30% em cerca de metade da área ardida e a confrontarem-se com dificuldades, como vias sem saída ou sem largura suficiente para a passagem dos veículos.
Na área ardida, 39% dos solos eram ocupados por mato, 18% por pinhal adulto, 17% por folhosas e 11 % por vegetação herbácea.
De resto, 75% da área afetada tinha taxa de acumulação de combustível muito elevada e 8% elevada.
O comandante nacional apontou, igualmente, que o fogo teve um “comportamento relativamente moderado” entre o dia 06 e o dia 08, havendo uma “alteração significativa” nos dias 11 e 15, quando o fogo chegou a atingir velocidades de propagação de três mil metros por hora e taxa de expansão de 1.000 e 1.200 hectares por hora.
No dia 11, durante a tarde, chegou a atingir uma velocidade de propagação de três mil metros por hora e uma taxa de expansão de mil hectares por hora.
“Ou seja, durante uma hora, atingiu aquilo que era uma área ardida de mil hectares, representando respetivamente o triplo e o dobro do que tinha atingido até esse momento”, referiu.
Já no dia 15 (quando se verificou a reativação), “atingiu rapidamente uma velocidade superior a dois mil metros por hora e a maior taxa de expansão registada desde o início, com 1.200 hectares por hora”.
“Em termos comparativos, a taxa de expansão correspondeu a valores da mesma ordem de grandeza daquilo que foi a área ardida nos grandes incêndios de 15 de outubro de 2017”.
Sobre a atuação futura e tendo em conta que não se podem mudar a orografia e os declives, defendeu que é preciso tornar a paisagem mais resiliente (evitando espécies que potenciam a acumulação de combustível), potenciar o papel fundamental da serra da Estrela, enquanto reserva de biodiversidade e fonte de absorção de água, e mitigar as causas associadas ao número de ignições, conjugando o uso florestal, agrícola e pastoril.
Incrementar capacidade de resposta local a incêndios rurais e outras emergências, capacitar recursos locais, apostar num plano integrado e apoiar o reforço das equipas de intervenção permanente, bem como reforçar a formação em ambiente de montanha foram outras das propostas que defendeu.

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BOTICAS: PROVIDÊNCIA CAUTELAR QUER TRAVAR MINA EM TERRENOS BALDIOS
A Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, em Boticas, está a ultimar uma providência cautelar para travar a entrada da Savannah Resources em terrenos que alegam que são baldios e de particulares, foi hoje anunciado.

A Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, em Boticas, está a ultimar uma providência cautelar para travar a entrada da Savannah Resources em terrenos que alegam que são baldios e de particulares, foi hoje anunciado.
“Estamos a tratar de uma providência cautelar para que os trabalhos estejam parados nessas áreas até que haja uma decisão do tribunal”, afirmou hoje Aida Fernandes, presidente da Comunidade Local dos Baldios de Covas do Barroso, concelho de Boticas, que falava aos jornalistas no final de mais uma ação de protesto contra as minas na região do Barroso.
Uma caravana de cerca de uma centena de carros partiu hoje de Morgada e seguiu para a Borralha, aldeias de Montalegre, passando depois por Dornelas e terminando em Covas do Barroso, já em Boticas, para pedir a suspensão e rescisão de todos os contratos de exploração mineira.
Em Covas, há duas semanas que populares se organizam diariamente em turnos para vigiar as máquinas da empresa Savannah, a concessionária da mina de lítio do Barroso, que acusam de querer “entrar à força em terrenos baldios e de privados”.
Aida Fernandes disse que a providência cautelar dará entrada em breve em tribunal e explicou que visa terrenos que estão já em litígio em tribunal devido a uma queixa anterior “por usurpação” porque a “área que foi registada é superior à real área dos terrenos”.
“Terrenos que toda a comunidade conhece e esses terrenos foram expandidos para cima do baldio. Nós não compactuámos, não aceitamos e temos processos em tribunal que estão a decorrer”, salientou Fernandes.
E continuou: – “Nós estamos a defender o nosso terreno, o nosso território e eles estão a querer invadir terrenos que não lhe pertencem e nós achamos que é uma usurpação de terreno baldio. Estamos já há duas semanas a defender a nossa terra”.
A ação judicial já interposta em tribunal há alguns meses foi apresentada pela Comunidade de Baldios de Covas do Barroso contra a Savannah e particulares e visa a restituição de terrenos alegadamente “usurpados” pela empresa.
Recentemente foi também feito um apelo ao MP para que “investigue a usurpação de terrenos baldios e privados através do uso abusivo do BUPI (a nova plataforma digital que permite o mapeamento de terrenos) e de registos fraudulentos que favorecem a mineradora e o projeto em causa”.
A empresa afirmou à agência Lusa no dia 20 de novembro que “é totalmente falso que a Savannah esteja a usurpar terras para concretizar o projeto” e garantiu que todas as atividades que desenvolve “respeitam a lei e são divulgadas publicamente”.
A concessionária da mina de lítio do Barroso, que obteve uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada em maio, referiu que os “trabalhos de sondagem em curso estão localizados em propriedades para as quais a empresa obteve acesso legal para trabalhar”.
“Até à data, os proprietários venderam, ou concordaram vender, 90 propriedades à Savannah”, garantiu ainda.
A mina do Barroso faz parte da operação Influencer, que levou à demissão do primeiro-ministro, O processo visa as concessões de exploração de lítio de Boticas e de Montalegre, ambos em Vila Real; um projeto de produção de energia a partir de hidrogénio em Sines, Setúbal, e o projeto de construção de um ‘data center’ na Zona Industrial e Logística de Sines pela sociedade Start Campus.
Este foi o primeiro projeto de lítio em Portugal que obteve uma DIA favorável, embora condicionada à concretização de medidas de compensação e mitigação.
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MAIA: AUTARQUIA APROVOU O MAIOR ORÇAMENTO DE SEMPRE COM 153 MILHÕES
A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.

A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.
O documento, aprovado em reunião extraordinária na quinta-feira ao final do dia e que contou com o voto contra do PS, conta com mais 20, 51 milhões de euros (15,4%) do que em 2023, uma subida que a autarquia explica com os “encargos com as transferências de competências e ao investimento em empreendimentos comparticipados pelo Portugal 2030” e com os fundos do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR).
Em declarações à Lusa, o líder do PS no executivo, Francisco Vieira de Carvalho, explicou o voto contra com o aumento de impostos que o documento acarreta.
“Havia uma enorme margem para baixar os impostos, o que não foi feito. Por exemplo, no IMI, a redução que é feita é absorvida pelo aumento do valor das casas o que vai resultar num aumento do valor cobrado”, apontou.
Em comunicado, a autarquia salienta, no domínio dos impostos e taxas, a “descida sustentada” do IMI para 0,355 %, quando a taxa máxima aplicável é de 0,45 %, deixando com esta redução a autarquia de receber 5,5 milhões de euros, mantendo-se o IMI Familiar”, uma dedução de 140 euros no valor a pagar daquele imposto para as famílias com três ou mais dependentes a cargo.
Quanto à Derrama, o texto salienta “uma nova diminuição” de 50% da taxa para sujeitos passivos com volume de negócios inferior a 150 mil euros, passando de 0,2% para 0,1%, em relação à taxa que vigorou no ano de 2023.
“No âmbito dos benefícios fiscais, permanecem também em vigor as medidas adotadas em anos anteriores no sentido de incentivar os privados a investir na reabilitação urbana, designadamente nos prédios urbanos situados nas doze áreas de reabilitação urbana (ARU) já aprovadas, estando em curso a aprovação de mais onze ARU´s que vão permitir estender o acesso aos benefícios fiscais a um número muito significativo de maiatos”, enumera o texto.
Para 2024, a Câmara da Maia prevê um nível de investimento na ordem dos 54,5 milhões de euros (36 %) “é bem expressivo”.
Segundo o autarca, “a Maia fez um percurso notável de consolidação das suas finanças”, nomeadamente no que diz respeito “à dívida de médio e longo prazo que se encontra num patamar sem dimensão expressiva tendo em conta o orçamento municipal e as receitas que lhe são inerentes”.
As funções sociais, Educação, Saúde, Ação Social e Habitação, são as áreas que absorvem a “maior fatia” do orçamento, num total de 77,8 milhões de euros (50,8%), destacando-se a Habitação Social, que irá receber 11,85 milhões de euros.
Para os Transportes e Comunicações destinam-se 19,65 milhões (13%), sendo que a Rede Viária absorve 12,98 milhões e à Mobilidade Sustentável o documento prevê alocar 2,23 milhões de euros para intervenções urbanas de “Modos Suaves”.
“Só é possível pois o quadro financeiro em que nos movemos é extremamente saudável, sendo que a dívida total situa-se em níveis particularmente baixos, originando baixos encargos, libertando, assim, meios financeiros para investimento”, refere no texto o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago.
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