REGIÕES
GREVE DOS ENFERMEIROS CANCELA CIRURGIAS E CONSULTAS EM VILA REAL
Os hospitais de Chaves e do Lamego cancelaram hoje cirurgias programadas e consultas externas devido a uma greve de enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, disse fonte sindical, adiantando que a adesão foi de 60%.
Os hospitais de Chaves e do Lamego cancelaram hoje cirurgias programadas e consultas externas devido a uma greve de enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, disse fonte sindical, adiantando que a adesão foi de 60%.
Alfredo Gomes, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), adiantou que a adesão à greve “ronda os 60%”, realçando que o impacto foi maior nos blocos operatórios e consultas externas dos hospitais de Chaves e Lamego.
“Tanto em Chaves como em Lamego foram canceladas as cirurgias programadas e, em Chaves, a consulta externa está fechada e foram canceladas as consultas que dependem dos cuidados de enfermagem”, afirmou.
A exigência por mais profissionais, progressão na carreira e pagamento dos suplementos remuneratórios aos especialistas levou alguns dos enfermeiros do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) a concentraram-se, frente à unidade de Vila Real.
Os 14 enfermeiros empunharam dois cartazes onde se podia ler “Progressão, afinal é ilusão” e “Em luta pelo efetivo pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas”.
Segundo Alfredo Gomes, o número de grevistas é muito superior ao dos que se concentraram em Vila Real, referindo que ainda há “algum medo de haver consequências por participar” e “que muitos ficaram a prestar os cuidados mínimos aos utentes, porque não podem fechar a porta dos serviços”.
Segundo o responsável, trabalham neste centro hospitalar cerca de “900 enfermeiros” e é ainda preciso contratar pelo menos “mais 50” só para dar resposta à passagem das 40 para as 35 horas semanais de serviço, tendo sido autorizada a contração, por parte da tutela, “de menos de metade dos que são necessários”.
Alfredo Gomes salientou que a greve de hoje teve também como objetivo reivindicar o “descongelamento das progressões nas carreiras” e ainda o “pagamento do suplemento remuneratórios aos enfermeiros especialistas”.
Dos enfermeiros que trabalham no CHTMAD, cerca de 220 são especialistas.
Teresa Rodrigues é enfermeira especialista em médico cirúrgica desde 2007 e disse que está em luta porque não lhe foi atribuído o suplemento de especialização.
“Para mim representa muito em termos de profissão, não é o valor em si, mas o facto de ele ser atribuído a enfermeiros especialistas, que é o meu caso. No meu percurso procurei sempre mais formação, fazer melhor, prestar cuidados de qualidade e chego a esta fase de vida profissional e vejo esse direito negado”, salientou.
Estes profissionais queixam-se de que outros enfermeiros estão já a ser recompensados por esta especialização. “No meu entender não devia haver qualquer tipo de descriminação”, afirmou Teresa Rodrigues.
Sara Ribeiro é enfermeira em médico cirúrgica na consulta externa de Chaves e disse que, em mais de 20 anos de serviço, “pouco ou nada” progrediu na carreira.
“Vivia melhor há 20 anos do que aquilo que vivo agora. Ao longo da carreira investi muito na minha formação e, neste momento, recebo tanto como um recém-licenciado. Não tenho uma remuneração justa tendo em conta a minha formação e o trabalho que desempenho”, afirmou.
Alfredo Gomes referiu ainda que se as reivindicações dos enfermeiros não forem atendidas pela tutela, está já preparado um “plano de lutas até dezembro”, em conjunto por todos os sindicatos do setor.
LUSA
REGIÕES
POLÍCIA MARÍTIMA E ACT FISCALIZARAM BARCOS ENTRE MATOSINHOS E PÓVOA DE VARZIM
Treze embarcações de pesca costeira foram fiscalizadas hoje numa ação de fiscalização conjunta da Polícia Marítima e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre a Póvoa de Varzim e Matosinhos, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Treze embarcações de pesca costeira foram fiscalizadas hoje numa ação de fiscalização conjunta da Polícia Marítima e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre a Póvoa de Varzim e Matosinhos, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Na ação, que teve ainda a colaboração da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR, cujo objetivo principal era “fiscalizar as condições exigidas aos marítimos para o exercício da atividade a bordo das embarcações, (…) foram elaborados onze autos de notícia pela Polícia Marítima”, assinala o comunicado.
Segundo a AMN, os processos foram levantados “devido ao embarque de marítimos sem constar no rol de tripulação, assim como a infrações com a lotação mínima de segurança e falta de habilitação legal, especialmente por não marítimos, para o exercício da atividade da pesca”.
“Foi ainda relevante a verificação das condições de trabalho a bordo, tendo sido efetuadas inúmeras notificações por parte dos elementos da ACT, relacionadas com procedimentos documentais por regularizar. Foi também efetuada a verificação do cumprimento jurídico de entrada e permanência de estrangeiros no território nacional, por parte da UCCF, não tendo sido identificadas quaisquer irregularidades”, prossegue a nota de imprensa.
REGIÕES
LOURES: AUTARQUIA QUER CONSTRUIR 152 CASAS A PREÇOS CONTROLADOS ATÉ 2026
A Câmara Municipal de Loures pretende construir 152 habitações a preços controlados até 2026 na freguesia de Camarate, num investimento de 22 milhões de euros, disse esta segunda-feira à agência Lusa a vice-presidente da autarquia.
A Câmara Municipal de Loures pretende construir 152 habitações a preços controlados até 2026 na freguesia de Camarate, num investimento de 22 milhões de euros, disse esta segunda-feira à agência Lusa a vice-presidente da autarquia.
É um dos conjuntos habitacionais que nós, neste momento, temos a candidatura submetida ao IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] e que aguardamos a sua aprovação”, explicou à agência Lusa a vice-presidente e também vereadora com o pelouro da Habitação na Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (PS).
A autarca referiu que a construção deste conjunto habitacional, financiada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ficará situada na proximidade da via rodoviária Eixo Norte/Sul, sendo constituído por oito blocos, com quatro pisos, num total de 16 edifícios e 152 habitações.
Em termos de tipologias, o projeto prevê a construção de 56 T1, 45 T2, 48 T3 e quatro T4. Relativamente a prazos, Sónia Paixão estimou que o início das obras ainda ocorra durante este ano e a conclusão em 2026, num investimento previsto de 22 milhões de euros.
Nós, num conjunto global de candidaturas que apresentamos ao IHRU, apontamos para a construção de mais de 420 novos fogos, para além da reabilitação que anda na ordem dos 1.011 fogos. É o nosso objetivo na concretização da Estratégia Local de Habitação”, sublinhou.
Ainda em matéria de habitação, a autarca afirmou que o município de Loures “está a utilizar todas as ferramentas disponíveis para aumentar a oferta pública”, mas que também está comprometido em prevenir a construção de mais núcleos precários.
“Não podemos de maneira nenhuma compactuar com situações de ilegalidade. Nos núcleos em que sabemos que ainda existem núcleos de construção de grande fragilidade temos feito um acompanhamento e uma monitorização dos mesmos, para que não cresçam”, apontou.
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