REGIÕES
HÁ CADA VEZ MAIS PESSOAS A RECORREREM AO EXORCISMO
O bispo da diocese de Bragança-Miranda revelou hoje que há cada vez mais pessoas a recorrerem à ajuda da Igreja Católica para se libertarem do mal e das suas dependências através do sacramental do exorcismo.
O bispo da diocese de Bragança-Miranda revelou hoje que há cada vez mais pessoas a recorrerem à ajuda da Igreja Católica para se libertarem do mal e das suas dependências através do sacramental do exorcismo.
“Há muitas pessoas que nos procuram a pedir ajuda e eu espero que haja mais tempo disponível para responder a estas necessidades. Este tipo de acompanhamento precisa de muita escuta e muita atenção. As pessoas com o ritmo de vida atual querem respostas imediatas, mas este processo requer fé e tempo”, vincou José Cordeiro.
Em entrevista à Lusa, o prelado alerta, porém, que são necessárias muitas manifestações tidas como anormais para se optar por recorrer à celebração do exorcismo.
“Quando aparece alguém a falar línguas para as quais nunca teve formação, ou entender línguas para as quais nunca estudou ou com que não conviveu. Pessoas que fazem coisas superiores à sua idade e às suas forças ou realizam algo que ultrapassa a sua capacidade física e que reagem drasticamente diante de um crucifixo ou imagens de santos, estes são alguns dos sinais que nos dão alguns alertas para se ponderar e discernir realizar o exorcismo”, exemplificou o responsável.
O bispo alerta que este tipo de sacramental só deve ser efetuado por licença expressa do Bispo diocesano e por sacerdotes a quem seja reconhecida “a sua piedade, ciência, prudência e a sua integridade de vida”.
“Não se deve recorrer de imediato ao exorcismo. Deve-se tentar procurar um grupo interdisciplinar, composto por médicos, psicólogos, psiquiatras, sacerdotes, entre outras pessoas que acompanhem estas situações para se perceber onde tudo começou”, adiantou o bispo diocesano.
José Cordeiro refere que há muitas pessoas que diante deste “mistério do mal” recorrem “à magia, aos cartomantes ou outras pessoas e outras dimensões que fazem destas questões um negócio”.
“Estas situações de magia não libertam, ainda aprisionam mais as pessoas, já que as tornam dependentes e reféns da cura que procuram”, alertou.
A oração e o rito do exorcismo é uma resposta para os crentes no sentido “de interceder junto de Deus pelo bem e pela cura e dar um novo sentido à vida da pessoa em causa, sabendo que não há salvação em nenhum outro, a não ser em Jesus Cristo”.
“Da minha própria experiência pastoral, há pessoas que vêm à procura de um exorcismo, e após vários encontros, num ambiente crente e de oração, acabam por se sentir libertas por que foram ouvidas e se sentem amadas e sem necessidade de recurso ao exorcismo maior”, frisou.
Para o bispo diocesano, os padres e os agentes pastorais terão de estar mais disponíveis para escutar e para a celebração do exorcismo ou para o acompanhamento espiritual das pessoas.
“Nesta reorganização feita na diocese temos tido isso em conta”, enfatizou José Cordeiro.
Daí que, adiantou, será reavaliado, a breve prazo, um serviço de acompanhamento interdisciplinar na diocese de Bragança – Miranda, que trata deste tipo de casos, juntando profissionais de diversas áreas científicas e da medicina, à semelhança de outros exemplos espalhados pelo país.
José Cordeiro lembra que o exorcismo é uma celebração litúrgica, pelo que para não cair na “banalização” ou em qualquer tipo “de comercialização” tudo terá de passar pela decisão do bispo de cada diocese.
LUSA
REGIÕES
POLÍCIA MARÍTIMA E ACT FISCALIZARAM BARCOS ENTRE MATOSINHOS E PÓVOA DE VARZIM
Treze embarcações de pesca costeira foram fiscalizadas hoje numa ação de fiscalização conjunta da Polícia Marítima e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre a Póvoa de Varzim e Matosinhos, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Treze embarcações de pesca costeira foram fiscalizadas hoje numa ação de fiscalização conjunta da Polícia Marítima e Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), entre a Póvoa de Varzim e Matosinhos, anunciou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).
Na ação, que teve ainda a colaboração da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR, cujo objetivo principal era “fiscalizar as condições exigidas aos marítimos para o exercício da atividade a bordo das embarcações, (…) foram elaborados onze autos de notícia pela Polícia Marítima”, assinala o comunicado.
Segundo a AMN, os processos foram levantados “devido ao embarque de marítimos sem constar no rol de tripulação, assim como a infrações com a lotação mínima de segurança e falta de habilitação legal, especialmente por não marítimos, para o exercício da atividade da pesca”.
“Foi ainda relevante a verificação das condições de trabalho a bordo, tendo sido efetuadas inúmeras notificações por parte dos elementos da ACT, relacionadas com procedimentos documentais por regularizar. Foi também efetuada a verificação do cumprimento jurídico de entrada e permanência de estrangeiros no território nacional, por parte da UCCF, não tendo sido identificadas quaisquer irregularidades”, prossegue a nota de imprensa.
REGIÕES
LOURES: AUTARQUIA QUER CONSTRUIR 152 CASAS A PREÇOS CONTROLADOS ATÉ 2026
A Câmara Municipal de Loures pretende construir 152 habitações a preços controlados até 2026 na freguesia de Camarate, num investimento de 22 milhões de euros, disse esta segunda-feira à agência Lusa a vice-presidente da autarquia.
A Câmara Municipal de Loures pretende construir 152 habitações a preços controlados até 2026 na freguesia de Camarate, num investimento de 22 milhões de euros, disse esta segunda-feira à agência Lusa a vice-presidente da autarquia.
É um dos conjuntos habitacionais que nós, neste momento, temos a candidatura submetida ao IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] e que aguardamos a sua aprovação”, explicou à agência Lusa a vice-presidente e também vereadora com o pelouro da Habitação na Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (PS).
A autarca referiu que a construção deste conjunto habitacional, financiada ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), ficará situada na proximidade da via rodoviária Eixo Norte/Sul, sendo constituído por oito blocos, com quatro pisos, num total de 16 edifícios e 152 habitações.
Em termos de tipologias, o projeto prevê a construção de 56 T1, 45 T2, 48 T3 e quatro T4. Relativamente a prazos, Sónia Paixão estimou que o início das obras ainda ocorra durante este ano e a conclusão em 2026, num investimento previsto de 22 milhões de euros.
Nós, num conjunto global de candidaturas que apresentamos ao IHRU, apontamos para a construção de mais de 420 novos fogos, para além da reabilitação que anda na ordem dos 1.011 fogos. É o nosso objetivo na concretização da Estratégia Local de Habitação”, sublinhou.
Ainda em matéria de habitação, a autarca afirmou que o município de Loures “está a utilizar todas as ferramentas disponíveis para aumentar a oferta pública”, mas que também está comprometido em prevenir a construção de mais núcleos precários.
“Não podemos de maneira nenhuma compactuar com situações de ilegalidade. Nos núcleos em que sabemos que ainda existem núcleos de construção de grande fragilidade temos feito um acompanhamento e uma monitorização dos mesmos, para que não cresçam”, apontou.
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