REGIÕES
LISBOA: 80 CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA PODEM FICAR SEM AULAS
Perto de 80 crianças e jovens com deficiência correm o risco de ficar sem escola já em setembro se o Ministério da Educação não atualizar os valores das comparticipações pagas por aluno ao colégio privado de educação especial.
Perto de 80 crianças e jovens com deficiência correm o risco de ficar sem escola já em setembro se o Ministério da Educação não atualizar os valores das comparticipações pagas por aluno ao colégio privado de educação especial.
Os 80 jovens com necessidades educativas especiais (NEE) frequentam o Colégio Eduardo Claparède, em Lisboa, uma instituição de ensino privada, prestes a completar 70 anos, que recebe crianças e jovens referenciados no ensino regular e que “desde sempre tem acordo e protocolos com o Estado, nomeadamente com o Ministério da Educação”, explicou à Lusa a diretora pedagógica.
“Os miúdos que frequentam estes colégios são miúdos que vêm encaminhados pelo próprio Ministério da Educação. São miúdos que estão no ensino regular, a maioria no ensino regular público, com necessidades complexas de aprendizagem e que, face às dificuldades que têm no ensino e perante a dificuldade dos apoios acabam por ser propostos para estas instituições”, explicou Isabel Beirão, acrescentando que é mantida a gratuitidade de ensino.
De acordo com a diretora pedagógica, é o Ministério da Educação que estipula o valor das mensalidades, bem como regras e normas de funcionamento, sublinhando que o valor da mensalidade permanece inalterado desde 2008 em 511 euros por aluno.
Isabel Beirão explicou que o Colégio Eduardo Claparède, bem como as outras quatro instituições semelhantes que ainda existem no país, estão proibidas de cobrar comparticipação familiar e os 511 euros de comparticipação estatal são “manifestamente insuficientes” para garantir um ensino de qualidade para estes alunos.
A mesma fonte acrescentou que neste momento a “empresa está completamente descapitalizada”, razão que levou a direção da instituição a declarar insolvência e avisar o pais e encarregados de educação de que a grave situação financeira impedia a continuidade em funcionamento do colégio.
De acordo com Isabel Beirão, 83% do total das despesas do colégio é relativo a vencimentos e estimou que seria preciso que o valor da comparticipação do Ministério da Educação aumentasse para cerca de 750 euros por aluno para que a instituição não encerrasse as suas portas.
“Tem que haver uma resposta muito célere do Ministério da Educação e nós temos que perceber se se prevê aumentos para já. A nossa esperança, ainda, é que em 2023 possa ficar orçamentado o aumento a estas instituições. Se isso não ficar garantido, vamos mesmo ter de encerrar”, apontou.
Mafalda Silva, mãe de uma jovem de 17 anos com paralisia cerebral que iria iniciar o seu último ano letivo nesta escola disse à Lusa que o Colégio Eduardo Claparède só assegura o primeiro ano letivo e que depois disso não tem outra opção.
“Se o colégio fechar não [consegue transferir a filha para outra escola] porque os outros dois colégios que existem na região de Lisboa enfrentam a mesma situação, todos eles têm dificuldades financeiras”, adiantou.
Mafalda Silva e outros pais criaram uma Comissão de Pais para Defesa do Ensino Especial, que já fez chegar cartas de apelo para uma resolução para estas crianças aos Ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, da Educação, Direção-geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST), bem como para o primeiro-ministro, António Costa, e para o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação fez saber que “tem vindo a acompanhar este processo” e que o continuará a fazer, mas não revela se vai ou não aumentar o valor da comparticipação paga por aluno a estes colégios ou se está a tomar qualquer medida que impeça o fecho do Colégio Eduardo Claparède.
O Ministério da Educação refere que a DGEST soube em agosto que o colégio iria encerrar e que procurou saber os motivos, deixando a garantia de que os pagamentos mensais estão em dia, estando “em fase de liquidação o encontro de contas celebrado através de adenda ao contrato”.
REGIÕES
LISBOA: HOMEM BALEADO POR AGENTE DA PSP APÓS EXIBIR ARMA
Um homem sofreu ferimentos após ter sido baleado esta terça-feira à noite por um agente da PSP no Lumiar, em Lisboa, depois de ter mostrado uma arma, adiantou à Lusa fonte desta força policial.
Um homem sofreu ferimentos após ter sido baleado esta terça-feira à noite por um agente da PSP no Lumiar, em Lisboa, depois de ter mostrado uma arma, adiantou à Lusa fonte desta força policial.
Fonte do Comando Metropolitano da PSP de Lisboa (Comtelis) explicou que esta força teve que efetuar disparos, na sequência de uma viatura que se colocou em fuga, depois de desobedecer a uma ordem de paragem.
Dois suspeitos estavam na viatura, mostraram estar armados e a PSP efetuou dois disparos, detalhou a mesma fonte.
Um homem ficou ferido, sendo considerado ferido leve, após ter sido atingido numa nádega, acrescentou.
O incidente ocorreu pelas 21:50 desta terça-feira, na zona das Linhas das Torres, Lumiar, em Lisboa.
A Polícia Judiciária foi chamada ao local, referiu ainda a fonte do Comtelis.
REGIÕES
PORTO: GNR DETETOU DOIS CRIMES E 51 INFRAÇÕES NO COMÉRCIO DE ANIMAIS
A GNR detetou dois crimes e 51 infrações em fiscalização ao comércio de meios de caça proibidos em lojas de animais, drogarias, cooperativas agrícolas, feiras e mercados, no distrito do Porto, foi hoje anunciado.
A GNR detetou dois crimes e 51 infrações em fiscalização ao comércio de meios de caça proibidos em lojas de animais, drogarias, cooperativas agrícolas, feiras e mercados, no distrito do Porto, foi hoje anunciado.
As ações de fiscalização, a cargo do Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente (SEPNA) do Porto, decorreram entre quarta-feira e domingo e abrangeram 47 estabelecimentos, acrescenta o comunicado da Guarda.
Dos dois crimes apurados, um foi por posse ilegal de ave em cativeiro, no primeiro caso um gaio (garrulus glandarius) e no segundo um melro (turdus merula), e por uma descarga ilegal de efluente numa ribeira, descreve a nota de imprensa.
Na contabilidade entram ainda “27 infrações no âmbito ambiental e 24 no âmbito geral”, destacando a Guarda a “venda de meios de captura não seletiva, venda/armazenagem irregular fitofármacos, detenção em cativeiro de espécies protegidas e falta de registo no Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC) e falta de treino de canídeos”.
O gaio e o melro foram apreendidos, bem 1.323 bens, continua o comunicado.
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