Ligue-se a nós

REGIÕES

MADEIRA: DESCOBERTO UM NOVO TIPO DE POLUIÇÃO POR PLÁSTICO

Uma equipa de investigadores descreveu pela primeira vez um novo tipo de poluição por plástico na costa rochosa da ilha da Madeira, considerando o Governo Regional que esta descoberta vai permitir testar a resiliência de áreas protegidas.

Online há

em

Uma equipa de investigadores descreveu pela primeira vez um novo tipo de poluição por plástico na costa rochosa da ilha da Madeira, considerando o Governo Regional que esta descoberta vai permitir testar a resiliência de áreas protegidas.

Uma equipa de investigadores do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), do polo da Madeira, acaba de publicar um artigo na prestigiada revista científica Science of the TotalEnvironment, no qual descreve, pela primeira vez, a ocorrência de crostas de plástico (que os autores denominam de “Plasticrusts”) numa zona do intertidal rochoso na costa sul da ilha da Madeira, foi anunciado na segunda-feira.

A mesma informação adianta que a equipa de investigação descobriu o fenómeno em 2016, durante uma campanha de amostragem, e confirmou a sua presença em 2019, pelo que decidiu “analisar e monitorizar, mais detalhadamente, este novo fenómeno de poluição marinha”.

No artigo, adiantam que “as análises de espetrofotometria confirmaram que as crostas são de polietileno (PE), mas a origem concreta e mecanismo de formação das mesmas irá necessitar, inevitavelmente, de estudos complementares”.

Os investigadores sugerem que “estas crostas de plástico possam resultar da colisão de fragmentos de plástico de maior dimensão por ação das ondas e marés”, recomendando que “futuros estudos possam incidir no impacto destes ‘Plasticrusts’ no ecossistema marinho”.

Também afirmam acreditar que “esta nova descoberta pode ter implicações em futuras estratégias de gestão ambiental, uma vez que estas ‘Plasticrusts’ poderão vir a ser consideradas uma nova categoria de lixo marinho”.

Contactada pela agência Lusa, a Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais (SRARN) esclarece que “isto são resultados complementares de um trabalho em que o Instituto de Florestas e Conservação da Natureza da Madeira (IFCN) esteve envolvido e que resultou na publicação”.

“O objetivo do trabalho passava por avaliar a resiliência das áreas protegidas relativamente à introdução e estabelecimento de invasoras”, menciona.

A Secretaria Regional também realça que “estes novos dados, que merecerão a melhor atenção, demonstram, em primeira mão, a existência de capacidade instalada na região na área da investigação marinha”.

Ainda considera que “esta capacidade e a partilha de conhecimento entre os diferentes interlocutores tem sido determinante para que se faça uma gestão adequada das Áreas Marinhas Protegidas” da Madeira.

A SRARN declara que o “Governo Regional congratula-se por mais esta descoberta na área das ciências do mar”, destacando que a região tem “sabido criar condições e posicionar-se no que de melhor se faz nas áreas de investigação e das ciências do mar”.

“É notório o crescimento, nos últimos anos, nas áreas do conhecimento e investigação, fruto do investimento público e de políticas públicas, e, naturalmente, da capacidade e competência que os centros de investigação têm evidenciado a concorrer aos fundos disponíveis”, enfatiza.

O executivo insular ainda aponta que, na Madeira, 75% do mar territorial da região é Área Marinha Protegida.

“As crostas de plástico não sendo propriamente um “endemismo” da região nem, tão pouco um flagelo, é mais uma forma de manifestação do lixo marinho que importa acompanhar monitorizar”, aponta.

A SRARN conclui afirmando que este tipo de descobertas constituem uma “demonstração de que a Madeira já não é apenas um destino de eleição pela arte de bem receber mas, agora, também pela capacidade técnica e cientifica que paulatinamente tem sabido competentemente promover e desenvolver”.

LUSA

REGIÕES

MAIA: AUTARQUIA APROVOU O MAIOR ORÇAMENTO DE SEMPRE COM 153 MILHÕES

A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.

Online há

em

A maioria PSD/CDS na Câmara Municipal da Maia, no distrito do Porto, aprovou para 2024 o “maior orçamento de sempre” com o valor de 153,28 milhões de euros, sendo a maioria daquele valor para as funções sociais.

O documento, aprovado em reunião extraordinária na quinta-feira ao final do dia e que contou com o voto contra do PS, conta com mais 20, 51 milhões de euros (15,4%) do que em 2023, uma subida que a autarquia explica com os “encargos com as transferências de competências e ao investimento em empreendimentos comparticipados pelo Portugal 2030” e com os fundos do Plano de Resiliência e Recuperação (PRR).

Em declarações à Lusa, o líder do PS no executivo, Francisco Vieira de Carvalho, explicou o voto contra com o aumento de impostos que o documento acarreta.

“Havia uma enorme margem para baixar os impostos, o que não foi feito. Por exemplo, no IMI, a redução que é feita é absorvida pelo aumento do valor das casas o que vai resultar num aumento do valor cobrado”, apontou.

Em comunicado, a autarquia salienta, no domínio dos impostos e taxas, a “descida sustentada” do IMI para 0,355 %, quando a taxa máxima aplicável é de 0,45 %, deixando com esta redução a autarquia de receber 5,5 milhões de euros, mantendo-se o IMI Familiar”, uma dedução de 140 euros no valor a pagar daquele imposto para as famílias com três ou mais dependentes a cargo.

Quanto à Derrama, o texto salienta “uma nova diminuição” de 50% da taxa para sujeitos passivos com volume de negócios inferior a 150 mil euros, passando de 0,2% para 0,1%, em relação à taxa que vigorou no ano de 2023.

“No âmbito dos benefícios fiscais, permanecem também em vigor as medidas adotadas em anos anteriores no sentido de incentivar os privados a investir na reabilitação urbana, designadamente nos prédios urbanos situados nas doze áreas de reabilitação urbana (ARU) já aprovadas, estando em curso a aprovação de mais onze ARU´s que vão permitir estender o acesso aos benefícios fiscais a um número muito significativo de maiatos”, enumera o texto.

Para 2024, a Câmara da Maia prevê um nível de investimento na ordem dos 54,5 milhões de euros (36 %) “é bem expressivo”.

Segundo o autarca, “a Maia fez um percurso notável de consolidação das suas finanças”, nomeadamente no que diz respeito “à dívida de médio e longo prazo que se encontra num patamar sem dimensão expressiva tendo em conta o orçamento municipal e as receitas que lhe são inerentes”.

As funções sociais, Educação, Saúde, Ação Social e Habitação, são as áreas que absorvem a “maior fatia” do orçamento, num total de 77,8 milhões de euros (50,8%), destacando-se a Habitação Social, que irá receber 11,85 milhões de euros.

Para os Transportes e Comunicações destinam-se 19,65 milhões (13%), sendo que a Rede Viária absorve 12,98 milhões e à Mobilidade Sustentável o documento prevê alocar 2,23 milhões de euros para intervenções urbanas de “Modos Suaves”.

“Só é possível pois o quadro financeiro em que nos movemos é extremamente saudável, sendo que a dívida total situa-se em níveis particularmente baixos, originando baixos encargos, libertando, assim, meios financeiros para investimento”, refere no texto o presidente da Câmara Municipal da Maia, António Silva Tiago.

LER MAIS

REGIÕES

VILA DO CONDE: ORÇAMENTO DE 112 MILHÕES PARA 2024 É O MAIOR DE SEMPRE

A Câmara de Vila do Conde, no distrito do Porto, aprovou para 2024 um orçamento de 112 milhões de euros, “o maior de sempre” no município, que cresce 41 milhões face ao deste ano.

Online há

em

A Câmara de Vila do Conde, no distrito do Porto, aprovou para 2024 um orçamento de 112 milhões de euros, “o maior de sempre” no município, que cresce 41 milhões face ao deste ano.

O documento foi aprovado na quarta-feira pela maioria do PS que lidera executivo e contou com o voto favorável do vereador eleito pelas listas do PSD e os votos contra os vereadores do movimento independente NAU.

“Este será o maior orçamento de sempre em Vila do Conde, com um valor previsto de 112 milhões de euros. Reflete a aposta da Câmara em aproveitar as oportunidades do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), financiado pela União Europeia, e também a colaboração técnico-financeira com a administração central”, explicou o presidente da Câmara, Vítor Costa.

O autarca socialista explicou que estão previstos 44,8 milhões de euros em investimentos, sendo que as verbas para os executar chegam em 50% de comparticipações do PRR e em cerca de 12% de contratos interadministrativos.

No que diz respeito aos investimentos financiados pelo PRR, Vítor Costa destacou, para 2024, 17 milhões de euros para a Estratégia Local de Habitação, destinados à construção e reabilitação de habitações, num projeto que contempla um investimento global de 55 milhões de euros até 2026.

Ainda com verbas do PRR, o orçamento para 2024 contempla obras no parque escolar do concelho (oito milhões de euros), a intervenção urbana na zona de Caxinas e Poça da Barca (4,2 milhões), construção do Centro de Saúde de Caxinas (2,8 milhões), reabilitação da frente ribeirinha urbana (2,2 milhões) ou a recuperação das igrejas de Santa Clara e Matriz (1,9 milhões).

Vítor Costa divulgou, ainda, que haverá um reforço das verbas para as Juntas de Freguesia, que através de transferências diretas e indiretas pode superar os 6,5 milhões de euros.

Quanto à política fiscal, o município de Vila do Conde vai manter a taxa do IMI no valor mínimo (0,3%), e continuará a cobrar a derrama às empresas, embora aplicando a taxa reduzida para aquelas que têm faturação até 150 mil euros.

A Câmara continua sem ter previsto para 2024 a devolução aos residentes da parte do IRS que recebe através da administração central.

Quanto aos valores da água, cujo serviço está concessionado à empresa Indaqua, e da taxa de saneamento e tratamento de resíduos urbanos, Vítor Costa disse ainda não ter informações se haverá um ajustamento de preço em 2024.

Estas Grandes Opções do Plano e Orçamento mereceram a aprovação do único vereador do PSD eleito no executivo, que justificou a posição por terem sido “colocadas no orçamento propostas e obras que foram defendidas no programa eleitoral do PSD nas autárquicas”.

“Tendo uma forma de estar na política pela positiva, e de forma construtiva, mesmo discordando e divergindo quando é necessário, estarei sempre ao lado dos vila-condenses na melhoria da sua qualidade de vida. Podemos sempre fazer mais e melhor, contudo, este é momento de votar favoravelmente, dando um sinal inequívoco de que na política vale sempre a pena dialogar”, disse o social-democrata Pedro Soares.

Já os vereadores eleitos pelo movimento independente NAU, força política que geriu o município no anterior mandato, votaram contra o documento, considerando-o “irrealista”.

“É um apresentar de promessas aos vila-condenses que se sabe que não são exequíveis. Boa parte dos projetos e obras que são anunciados não têm hipótese de serem feitos em 2024. São obras complexas e irreais no prazo de conclusão, até pela falta de mão de obra que existe no país”, disse Elisa Ferraz, ex-presidente da Câmara e agora vereadora na oposição.

A líder do movimento NAU disse que, ” ao contrário das acusações recebidas, aqui sim trata-se de um claro caso de sobreorçamentação”, apontando que na sua vigência na liderança da câmara “eram orçamentadas obras que realmente podiam ser concluídas de acordo com o orçamento”

A ex-presidente criticou ainda o aumento da dívida do município “com a contratação de mais um empréstimo a longo prazo de três milhões de euros”, e também reprovou “o aumento de custos com pessoal fruto de uma pesada remodelação nos quadros”.

Edifício da Câmara Municipal de Vila do Conde liderada por Vítor Costa.

LER MAIS

MAIS LIDAS