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METADE DOS TRABALHADORES INDEPENDENTES DA CULTURA GANHA MENOS DE 600 EUROS POR MÊS

O rendimento mensal líquido de metade dos trabalhadores independentes da Cultura fica abaixo dos 600 euros, e perto de 20% ganham menos de 150 euros, segundo dados do Inquérito aos Profissionais Independentes das Artes e Cultura, hoje revelados.

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O rendimento mensal líquido de metade dos trabalhadores independentes da Cultura fica abaixo dos 600 euros, e perto de 20% ganham menos de 150 euros, segundo dados do Inquérito aos Profissionais Independentes das Artes e Cultura, hoje revelados.

Os resultados indicam igualmente que os rendimentos na Cultura tendem “a ser mais baixos do que noutros setores”, para qualificações similares, e a ter uma distribuição “irregular no tempo”, com “períodos mais ou menos longos sem qualquer retribuição”, aspetos associados, entre outros fatores, à “intermitência da atividade”.

O inquérito, realizado pelo Observatório Português das Atividades Culturais (OPAC), no âmbito de um acordo entre a Direção-Geral das Artes e o Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), contou com uma amostra de 1.727 profissionais independentes e foi o primeiro, em Portugal, a analisar relações laborais e remunerações, no setor da Cultura.

O universo em causa é o dos “profissionais independentes, com atividade por conta própria – que não têm contrato de emprego a tempo completo com um único empregador […], de todas as áreas (artes do espetáculo, artes visuais, património, bibliotecas, arquivos, etc.)”.

Os dados dizem respeito a 2019, ano anterior à paralisação imposta pela pandemia.

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Dos inquiridos, perto de 70% indicaram um rendimento líquido anual inferior a 10.800 euros. O escalão entre 7.200 e 10.800 euros reúne o maior número de respostas (19,3%), seguido de perto pelo escalão imediatamente inferior, entre os 3.720 euros e os 7.200 euros (19,1%). Entre os 1.800 e 3.720 euros, situaram-se 12,7% dos inquiridos. A percentagem subiu, no entanto, a 17,1% para os que afirmaram receber menos de 1.800 euros por ano. Sem qualquer rendimento, o número de respostas ficou em 2,1%.

Rendimentos líquidos anuais, no intervalo entre os 10.800 e os 14.400 euros, correspondem a 12,4% das respostas da amostra, seguindo-se 9,8%, entre os 14.400 e os 21.600 euros.

Acima deste valor, encontram-se apenas cerca de 6% dos inquiridos: 4,1%, para rendimentos até 30.000 euros por ano, e pouco mais de 1% para intervalos até 36.000 (1,2%) e até 50.000 (1,3%). Para rendimentos iguais ou superiores a 50 mil euros, o inquérito obtém 0,2% das respostas.

“Estimando a média mensal a partir da anual, verifica-se que 18% tem rendimento mensal líquido até 150 euros e que para metade dos inquiridos esse rendimento não supera os 600 euros. São valores muito baixos, associados a fraca atividade remunerada, ou a atividades com baixa remuneração, ou mesmo não remunerada (voluntariado), que não garantem uma autonomia no setor”, lê-se no relatório da equipa coordenada pelo professor e investigador José Soares Neves, do ISCTE.

“Para uma parte significativa dos profissionais independentes isso coloca em risco a continuidade de atividade no setor, se não houver um complemento proveniente de outros setores. Note-se que um em cada cinco profissionais aufere o equivalente ao salário mínimo ou menos (534 euros líquidos em 2019)”, sublinha a equipa.

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O estudo deteta assim “o recurso a atividades remuneradas fora do setor artístico como forma de assegurar rendimentos mínimos ou de complementar os baixos rendimentos auferidos com o trabalho artístico e cultural” (35%). Em alguns casos, “a atividade profissional principal [está mesmo] fora do setor” (15%).

Para a maior parte dos inquiridos, porém, os rendimentos provêm exclusivamente das atividades no setor artístico e cultural (65%).

Quanto à comparação do rendimento líquido anual entre setores, o dos trabalhadores da Cultura tende a ser mais baixo, ou seja, há sempre mais profissionais das artes, do que de outras áreas, a indicar valores inferiores a 10.800 euros; para rendimentos anuais acima de 10.800 euros, os fatores invertem-se.

Segundo os resultados do inquérito, 61% dos profissionais tem como única fonte de rendimento o trabalho por conta própria no setor e, para 11%, o trabalho independente representa 76% a 99% do seu rendimento. Os direitos conexos representam, no máximo, 25% do rendimento de 8% dos profissionais, tal como os direitos de autor (7,5%).

Os números do inquérito apontam também para uma quebra de atividade depois dos 55 anos, “e especialmente depois dos 65 anos”, e para “diferenças relevantes entre sexos”, com os homens a conseguirem mais trabalho (média de 7,5 projetos/ano), em relação às mulheres (5,8/ano).

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O relatório aponta também como indicador “da informalidade dos regimes de trabalho no setor, e consequente isolamento dos trabalhadores”, o facto de “uma esmagadora maioria dos inquiridos” apontar “a negociação individual como a mais comum (84%)”.

A distribuição da atividade ao longo do ano é outro dos indicadores da inconstância de trabalho dos profissionais independentes inquiridos, com quase metade da amostra (47%) a afirmar que o trabalho não tem um quadro temporal previsível, e perto de um terço (30%) a referir a sua concentração no tempo.

Tendo em conta a sazonalidade do trabalho remunerado, a atividade geral do setor ao longo do ano oscila sobretudo entre 71% (maio) e 58% (agosto).

A primeira parte do Inquérito aos Profissionais Independentes das Artes e Cultura, dedicada às relações laborais e perfis social e profissional, foi divulgada no passado dia 09, e mostrou uma forte informalidade, com perto de quatro em cada 10 trabalhadores independentes da Cultura a serem prestadores de serviços sem qualquer contrato.

No perfil traçado, o trabalhador independente da Cultura tem entre 35 e 44 anos e “uma elevadíssima qualificação”, com 78% dos inquiridos a deter um grau de licenciatura ou superior.

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A maioria dos inquiridos (56,1%) vive na área metropolitana de Lisboa, seguindo-se a região norte com 19,7%.

Segundo o OPAC, as artes performativas, com 54,4%, são referidas como a principal área de trabalho, seguindo-se a música (23,6%) e o teatro (17,6%).

Em junho de 2020, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou a intenção de promover um inquérito a todos os profissionais do setor e um mapeamento do tecido cultural, que serviriam de análise, atualização e adaptação dos regimes dos contratos laborais destes trabalhadores.

O anúncio foi feito no final da primeira reunião do grupo de trabalho para delinear um novo estatuto do trabalhador da Cultura.

Quanto ao emprego no setor cultural português, segundo os números divulgados em junho de 2020 pelo Ministério da Cultura, os 160.600 trabalhadores existentes em 2018 representavam então 3,3% do emprego total, o que colocava o país em quarto lugar, com o menor peso de emprego cultural, na União Europeia.

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Segundo os dados, em Portugal, uma em quatro pessoas trabalha em atividades culturais por conta própria, de forma independente, uma proporção “significativamente superior à que se verifica para o total do emprego”.

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HOSPITAIS PRIVADOS OBRIGADOS A DEVOLVER COBRANÇAS EXCESSIVAS AOS UTENTES

Diversos hospitais privados foram multados pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e obrigados a devolver aos utentes dezenas de milhares de euros indevidamente cobrados porque os utentes não foram previamente informados dos custos totais.

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Diversos hospitais privados foram multados pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e obrigados a devolver aos utentes dezenas de milhares de euros indevidamente cobrados porque os utentes não foram previamente informados dos custos totais.

De acordo com as deliberações emitidas no 4.º trimestre do ano passado, hoje divulgadas, a ERS concluiu que o Hospital da Luz, S.A. e o Hospital CUF Descobertas, ambos em Lisboa, assim como o Hospital Privado da Boa Nova (Matosinhos) violaram o direito à informação prévia aos utentes dos valores totais a cobrar pelos cuidados de saúde prestados, condicionando nalguns casos a liberdade de escolha.

No que se refere ao Hospital da Luz S.A, a ERS faz referência a dezenas de casos ocorridos nas unidades Hospital da Luz — Lisboa e Hospital da Luz – Torres de Lisboa.

Diz que a atuação do prestador “não se revelou idónea e eficaz” no sentido de salvaguardar os direitos à informação de todos os utentes que se queixaram, à “quitação integral e incondicional” nalguns casos e à liberdade de escolha noutros, tendo por isso aberto processos de contraordenação.

De 13 casos analisados, a ERS ordena ao prestador que reveja a faturação e devolva aos utentes as quantias cobradas, que nos casos referidos ultrapassam os 1.500 euros.

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O regulador considera que ambas as unidades do Hospital da Luz S.A. violaram também o dever de manter atualizados os seus dados de registo, nomeadamente a informação sobre acordos e convenções de que são titulares.

Alerta que as entidades prestadoras de cuidados de saúde devem coibir-se de apresentar estimativas ou orçamentos de episódios de tratamento incompletas e sublinha que, sempre que não se afigure possível estimar a totalidade dos atos, exames, consumíveis ou fármacos que possam vir a ser usados, “os utentes devem ser claramente informados dessa impossibilidade de estimativa e advertidos da relevância da mesma no custo total”.

Em caso de convenções com o SNS, com a ADSE ou outros subsistemas de saúde públicos ou privados ou com seguros de saúde, o regulador refere que os prestadores devem ter “especial cuidado na transmissão da informação sobre as condições de acesso dos utentes aos cuidados de saúde por si prestados”.

“Deve ser acautelado que, em momento anterior ao da prestação de cuidados de saúde, os utentes sejam integralmente informados sobre a existência de convenções ou acordos e a sua aplicabilidade no caso concreto, especialmente se os atos propostos se encontram abrangidos nas respetivas coberturas”, escreve o regulador.

Quanto ao Hospital CUF Descobertas, a ERS refere o caso de um utente a quem foi apresentado um orçamento para uma cirurgia no valor de 7.000 euros e, posteriormente, recebeu para pagamento uma fatura que rondava os 17.000 euros.

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Neste caso, a ERS diz que o prestador “colocou em causa os direitos e legítimos interesses dos utentes”, desde logo ao nível das obrigações de “prestação de informação rigorosa, atempada e transparente” em momento prévio à prestação dos cuidados de saúde.

Numa averiguação mais aprofundada, o regulador diz ter tomado conhecimento de mais 12 reclamações idênticas (problemas de faturação), tendo ordenado a revisão das faturas em causa e a devolução das quantias cobradas indevidamente, que nos casos apontados ultrapassa os 21.000 euros.

Ordena ao Hospital CUF Descobertas que reveja e atualize os procedimentos vigentes e faça as correções necessárias e uma vez que alguns casos reportados indiciam a violação da liberdade de escolha dos utentes, a ERS determinou a abertura do respetivo processo de contraordenação.

Finalmente, quanto ao Hospital Privado da Boa Nova, diz igualmente que resultaram evidências de que a atuação do prestador “colocou em causa os direitos e legítimos interesses dos utentes” quanto à prestação da informação “rigorosa, atempada e transparente”, em momento prévio à prestação de cuidados de saúde, e ordena a revisão e atualização dos procedimentos, fazendo as necessárias correções e devolvendo as quantias indevidamente cobradas.

Uma vez que foi detetado pelo menos um caso que indicia violação da liberdade de escolha do utente, foi igualmente determinada abertura de processo de contraordenação.

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“Os utentes devem saber, com o maior rigor e aproximação possível, qual o custo total do tratamento e da intervenção que lhe é proposta, por forma a poderem confirmar se têm capacidade para suportar tais custos, por si próprios ou através de um qualquer subsistema ou contrato de seguro de que seja titular”, sublinha o regulador.

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SISTEMA DE PAGAMENTOS EM TEMPO REAL ENTRA EM FUNCIONAMENTO

O TARGET, um novo sistema que permite a liquidação de pagamentos em euros e em tempo real, que permite uma maior segurança, entrou hoje em funcionamento, indicou o Banco de Portugal (BdP).

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O TARGET, um novo sistema que permite a liquidação de pagamentos em euros e em tempo real, que permite uma maior segurança, entrou hoje em funcionamento, indicou o Banco de Portugal (BdP).

“Após cinco anos de intenso trabalho conjunto a nível europeu, entrou hoje em funcionamento o novo TARGET, a plataforma do Eurossistema dedicada à liquidação de pagamentos em euros em tempo real”, anunciou hoje, em comunicado, o supervisor financeiro, notando que este sistema constitui um passo na “interligação e modernização” das infraestruturas de pagamento na Europa.

Esta plataforma (TARGET — ‘Trans-European Automated Real-time Gross settlement Express Transfer system) vem substituir o TARGET 2, em operação desde 2007.

O TARGET é composto por quatro serviços — ‘Central Liquidity Management’, para a liquidação de operações com bancos centrais; ‘Real-Time Gross Settlement (RTGS)’, para a liquidação de pagamentos de grande montante; TARGET 2 ‘Securities’, destinado ao pagamento de transações de títulos; e TARGET ‘Instant Payment Settlements’, para o pagamento de transferências imediatas em moeda de banco central.

“Com o novo TARGET, o Eurossistema otimiza os serviços que disponibiliza às instituições financeiras, alarga o horário para liquidação de pagamentos, concretiza uma renovação tecnológica com a adoção do ‘standard ISO 2022’, aumenta a segurança dos serviços perante as ameaças emergentes e, mais importante, continua a assegurar a liquidação de pagamentos em moeda de banco central, de forma mais segura, imediata, final e irrevogável”, sublinhou a instituição liderada por Mário Centeno.

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No ano passado, o TARGET 2, que conta com mais de 40.000 participantes, processou 102,6 milhões de pagamentos, no valor de 570.539 biliões de euros.

Também em 2022, a componente portuguesa do sistema, operada pelo BdP, operou dois milhões de operações, no montante de 10,6 biliões de euros, o que corresponde a 51 vezes o Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

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OURO ULTRAPASSA 2.000 DÓLARES E APROXIMA-SE DE MÁXIMO HISTÓRICO

O ouro, considerado bem de refúgio em tempos de instabilidade, ultrapassou hoje 2.000 dólares por onça e aproxima-se dos máximos que atingiu em agosto de 2020, de 2.075 dólares.

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O ouro, considerado bem de refúgio em tempos de instabilidade, ultrapassou hoje 2.000 dólares por onça e aproxima-se dos máximos que atingiu em agosto de 2020, de 2.075 dólares.

Pouco antes da abertura do mercado de ações, às 8:41 da manhã, o ouro atingiu 2.009,10 dólares por onça, aguardando a abertura das bolsas europeias, cujos futuros antecipavam perdas de mais de 1% depois da compra do banco suíço Credit Suisse pelo UBS.

Contudo, pouco depois, às 10:30, o preço de uma onça de ouro reduziu os seus ganhos e negociou a 1.995,18 dólares.

Em sessões recentes, o ouro subiu acentuadamente face à crise bancária desencadeada tanto nos EUA como na Europa pelo colapso do banco americano Silicon Valley Bank e pelos problemas no Credit Suisse da Suíça.

O medo de uma crise bancária abalou o mercado de ações e levou os investidores a fugirem para portos seguros, como ouro, dívida e bitcoin.

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O ouro atingiu o máximo histórico em agosto de 2020, quando foi negociado a 2.075 dólares.

Com a invasão da Ucrânia em março de 2022, atingiu 2.070 dólares.

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APENAS 2% DOS PORTUGUESES TÊM CARRO ELÉTRICO

Apenas 2% dos portugueses têm carro elétrico, sobretudo homens da região Centro e de classe alta, e a EDP e a Galp são os comercializadores mais usados para o carregamento, segundo um estudo do Automóvel Clube de Portugal.

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Apenas 2% dos portugueses têm carro elétrico, sobretudo homens da região Centro e de classe alta, e a EDP e a Galp são os comercializadores mais usados para o carregamento, segundo um estudo do Automóvel Clube de Portugal.

“Apenas 2% possui carro elétrico, são sobretudo homens, os mais velhos, da região Centro e da classe alta (A/B)”, lê-se no documento.

Cerca de 77% dos inquiridos são responsáveis pelo carregamento e também pelo pagamento das despesas do carro elétrico.

No que se refere à idade do veículo, 86% têm menos de cinco anos.

A maioria dos inquiridos faz, em média, mais de 400 quilómetros (km) por mês e carrega o carro entre uma a três vezes por semana.

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No que se refere aos gastos, mais de metade (54%) desembolsam sete euros por carregamento em casa e 58% gastam 50 euros mensais.

O estudo “Mobilidade Elétrica em Portugal” concluiu ainda que a bateria de um em cada três automóveis elétricos tem capacidade entre 40 quilowatts-hora (KWh) e 70 KWh.

Por sua vez, 30% afirmaram que a bateria do carregador interno tem uma capacidade entre sete KWh e 22 KWh.

“Quase metade dos veículos elétricos possuem uma autonomia entre os 150 km e os 300 km (43%) e mais de metade (56%) demora mais de três horas a carregar”, apontou.

Por sua vez, a quase totalidade dos portugueses não tem carro elétrico, destacando-se aqui os mais velhos, do Norte e Centro, e da classe média (C1 e C2).

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Segundo esta análise, 52% sentir-se-iam mais confortáveis se os carros elétricos tivessem uma autonomia superior a 401 km.

Quase metade defendeu que a duração de vida de um carro elétrico é inferior a nove anos.

“Apesar da baixa autonomia e da pouca durabilidade das baterias associadas aos carros elétricos, estes são vistos com menores custos de manutenção que os carros a combustão (40%)”, acrescentou.

No que se refere à dificuldade em encontrar locais para carregar automóveis elétricos, apontada por 43% dos inquiridos, 41% dizem ser difícil carregar os automóveis elétricos em casa.

A maioria (63%) defendeu ainda ser possível comprar um carro elétrico até 40.000 euros, mas apontou 30.000 euros (55%) como teto máximo “para assumir a probabilidade de compra”.

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Quanto à compra de um carro elétrico, 46% preferem uma marca tradicional e 24% optavam por uma nova.

Um em cada três portugueses já pesquisou ‘online’ sobre carros elétricos e um em cada 10 já fez um ‘test-drive’ e/ou já visitou um ‘stand’.

O carregamento dos automóveis elétrico é feito, com mais frequência, em casa, seguindo-se os postos públicos e, por último, o trabalho.

Os consumidores optam por locais com o preço mais baixo (75%), com melhor localização (67%), ou pelos que dispõe de carregadores com mais potência (54%).

Por zona, o Alentejo é a zona mais difícil para encontrar um posto de carregamento (25%).

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A EDP (38%) e a Galp Electric (19%) são os Comercializadores de Eletricidade para Mobilidade Elétrica (CEME) mais utilizados.

Cada agregado familiar, em Portugal, tem, em média, dois automóveis, sendo que os homens mais jovens, da classe mais alta (A/B), do Centro, e com carro elétrico, possuem mais viaturas.

Quase metade do parque automóvel é composto por viaturas entre três e 12 anos.

Os homens, com idades entre os 35 e os 54 anos, da classe mais alta (A/B), de Lisboa e com carro elétrico têm veículos mais recentes (entre 2021 e 2023).

Mais de metade dos inquiridos compraram o carro a pronto pagamento, seguindo-se o crédito automóvel (19%).

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O empréstimo com recurso a um amigo ou familiar, o ‘renting’ ou o aluguer de longa duração aparecem no fim da tabela.

A maioria (67%) faz, no máximo, 1.000 quilómetros por mês, destacando-se os homens, entre os 35 e 44 anos, das classes A/B e C1, de Lisboa e com carro elétrico são os que conduzem mais quilómetros mensalmente.

Para a realização deste estudo foi considerada uma amostra de 1.200 pessoas, sendo que 130 acabaram por ser excluídos por não terem carta de condução.

Posteriormente, a amostra foi reforçada com 480 condutores de veículos elétricos.

No total, somaram-se 1.550 condutores, o que corresponde a um erro amostral de, sensivelmente, 2,54%.

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Destes, 1.046 não têm veículos elétricos.

As entrevistas foram realizadas por telefone, através do sistema CATI — ‘Computer Assisted Telephone Interviewing’ ou, para o reforço amostral, ‘online’, com recurso ao sistema CAWI — ‘Computer Assisted Web Interview’.

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