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O REFUGIADO ASTRONAUTA

Muhammed Faris é um herói na Síria, onde se tornou o primeiro astronauta árabe a ir ao espaço. Ficou conhecido como “o Neil Armstrong do mundo árabe” e deu nome a pontes, escolas e hospitais em Alepo. Trinta anos depois, é um dos muitos refugiados sírios na Turquia, em busca de uma mudança no seu país. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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O REFUGIADO ASTRONAUTA

Em Istambul, Muhammed Faris podia ser apenas mais um refugiado entre os milhares que hoje habitam em solo turco. E poderia muito bem ser esse o caso não fosse este tímido homem, com um bigode de anos, parte da História do Médio Oriente. Afinal, Faris é o primeiro astronauta árabe do mundo, depois de uma viagem em 1987 à estação espacial russa Mir e uma carreira ao serviço dos soviéticos.

Aquele que é tido como “o Neil Armstrong do mundo árabe” foi considerado em 2012 um traidor pelo governo sírio. Viu todas as suas honras e bens serem-lhe retirados e não teve outra opção senão enfiar o que restava num carro e fugir com a sua família – mulher e três filhos – até à fronteira com a Turquia. Fez o mesmo caminho que é agora feito pelos milhares de desalojados da guerra civil.

Podemos encontrar o astronauta com os pés bem assentes na terra, ao comando do Comité Nacional para a Mudança Democrática na Síria, uma associação anti-regime de Assad que se reúne em Espanha. Mas é na Turquia que Faris se sente útil, atuando junto do governo local em prol dos refugiados.

Longe do drama vivido em Alepo, a sua cidade natal, Faris tenta ajudar quem foge para a Europa à procura de uma vida sem morte. “De longe, quando a Terra parecia tão pequena, sentia no meu coração que podia fazer a diferença”, diz Faris ao “The Guardian. “Não tem sido fácil.”

Quando chegou das estrelas, foi recebido como um herói por todos. A sua nomeação tornou-se o símbolo de uma esperança para os sunitas – 80% da população na Síria – contra a minoria alauita no poder e Faris foi transformado numa referência para o Médio Oriente. Afinal, falamos do primeiro astronauta árabe no espaço (já tinha havido um árabe em órbita, o sultão Bin Salman Al Saud, mas não era astronauta profissional).

Faris propôs ao presidente sírio a fundação de um instituto espacial destinado a melhorar a educação do povo. A resposta de Assad foi um assertivo não. “[Assad] queria manter o povo deseducado e dividido. É assim que os ditadores se mantêm no poder.” Assim, em vez de educar para os mistérios da ciência, Faris foi posto a ensinar jovens sírios a pilotar aviões de combate.

Quando a “primavera Árabe” chegou ao país, em 2011, o astronauta foi um dos primeiros a juntar-se à frente de protestos em Damasco. Apesar de ser conselheiro militar do regime, a sua visão era clara e Bashar al-Assad, filho do homem que o tentou impedir do seu sonho, tinha de sair do poder. Chegou mesmo a ser ameaçado pelos seus compatriotas, vítimas de uma “lavagem cerebral” que, conta Faris, os fazia pensar que “se não atacassem primeiro seriam mortos pelos rebeldes”. Não teve outra opção senão desertar.

“Treinar para o espaço foi muito difícil mas agora vejo que foi muito fácil comparado com o que eu, a minha família na Síria e as pessoas do meu país tivemos que ultrapassar nestes últimos anos”, confessa Faris ao site árabe Middle East Eye.

“O meu sonho é sentar-me no meu país, no meu jardim, e ver crianças a brincar nas ruas sem medo de bombas”, conta Faris ao “The Guardian”. “Chegaremos lá, eu sei que chegaremos lá. Apenas queria um futuro melhor para os meus filhos, mas as influências externas na revolução só pioraram tudo.”

Na sua cidade natal, Alepo, os dias têm sido ainda mais difíceis do que sempre foram. Mas uma parte de Faris ainda acredita que, um dia, a destruição parará e a força dos sírios será mais forte que o que fica deixado para trás. Àquele que foi um dia o bastião da esperança síria apenas resta uma certeza: “Não serão a religião ou as armas que resolverão os conflitos, será a esperança”.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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FPF: CONSELHO DE DISCIPLINA ABRE PROCESSO DISCIPLINAR JOGO “CHAVES X ESTORIL”

O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu hoje um processo disciplinar, de caráter urgente, aos incidentes no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia, da 30.ª jornada da I Liga.

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O Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) abriu hoje um processo disciplinar, de caráter urgente, aos incidentes no jogo entre o Desportivo de Chaves e o Estoril Praia, da 30.ª jornada da I Liga.

“Instauração de processo disciplinar, com atribuição de natureza urgente, à Grupo Desportivo de Chaves — Futebol SAD, a Pedro Miguel da Costa Álvaro, a Marcelo Henrique Passos Carné, a Nuno Miguel Pereira Diogo, a André das Neves Paquete de Oliveira, a Tiago Filipe Alves Araújo, a Vasco César Freire de Seabra e a António Baptista Nobre, por deliberação da Secção Profissional”, refere o CD da FPF em comunicado.

Segundo o documento, a abertura deste processo acontece devido à “factualidade constante dos relatórios oficiais de jogo e a participação apresentada pela Estoril Praia Futebol SAD”.

“O processo foi enviado, dia 24 de abril de 2024, à Comissão de Instrutores da Liga Portugal, ficando excluída a publicidade até ao fim da instrução”, acrescenta o órgão disciplinar.

No jogo referente à 30.ª jornada da I Liga, disputado no domingo em Chaves, uma invasão de campo quando decorria o período de descontos resultou em desacatos e agressões entre adeptos flavienses e jogadores do Estoril Praia, com o guarda-redes Marcelo Carné e o defesa Pedro Álvaro a serem expulsos com cartão vermelho direto.

Após uma paragem de cerca de 20 minutos, o jogo foi retomado, com a equipa da casa a chegar ao 2-2 com um golo aos 90+20 minutos, por intermédio de Morim, quando o avançado João Carlos defendia a baliza do Estoril Praia, devido à expulsão do guarda-redes e numa altura em que o emblema ‘canarinho’ já tinha esgotado as substituições.

A equipa da casa marcou primeiro, por intermédio de João Correia, aos 32 minutos, mas os estorilistas conseguiram a reviravolta, com golos de Basso (58) e Fabrício (71), cedendo o empate depois do reinício do encontro.

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