INTERNACIONAL
PAPA ALERTA PARA O ACORDO CLIMÁTICO
O Papa Francisco criticou a comunidade internacional, esta segunda-feira, 28, pelo atraso na implementação dos acordos contra as mudanças climáticas, um desafio que suscitou “uma fraca reação” apesar do trabalho dos cientistas a favor da nossa “casa comum”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O Papa Francisco criticou a comunidade internacional, esta segunda-feira, 28, pelo atraso na implementação dos acordos contra as mudanças climáticas, um desafio que suscitou “uma fraca reação” apesar do trabalho dos cientistas a favor da nossa “casa comum”.
“A submissão da política à tecnologia e a uma economia que procura o lucro acima de tudo é demonstrada na distração, ou no atraso, na implementação dos acordos mundiais sobre o clima”, disse o sumo pontífice.
O Papa falava aos participantes da conferência internacional sobre “Ciência e Sustentabilidade”, organizada no Vaticano, que contou com a presença do astrofísico britânico Stephen Hawking, entre outros especialistas.
Hawking, ateu assumido, é membro desde 1986 da Academia Pontifícia de Ciências, que reúne cientistas independentemente de sua religião.
“Nunca foi tão evidente a missão da Ciência a serviço de um novo equilíbrio global”, afirmou o Papa, autor da importante encíclica “Laudato Si”, sobre o respeito ao meio ambiente.
“Na modernidade, crescemos a pensar que somos donos da natureza, autorizados a saqueá-la sem consideração pelas suas potencialidades secretas e leis evolutivas, como se se tratasse de um material inerte à nossa disposição, criando, entre outras coisas, uma gravíssima perda da biodiversidade”, alertou o Papa.
Francisco elogiou a “renovada aliança entre a comunidade científica e a comunidade cristã, que veem convergir os seus diversos objetivos na finalidade partilhada de proteger a casa comum, ameaçada pelo colapso ecológico e pelo consequente aumento da pobreza e da exclusão social”, disse.
“As contínuas guerras pelo predomínio, mascaradas por nobres reivindicações, causam danos cada vez mais graves ao ambiente e à riqueza moral de todos os povos”, acrescentou.
Perante esta realidade, o Papa elogiou os cientistas que “trabalham livres de interesses políticos, económicos, ou ideológicos” e lhes pediu que “construam uma liderança que indique soluções para temas como a água, as energias renováveis e a segurança alimentar”.
LUSA
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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