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PORTO: 700 PESSOAS DO CENTRO HISTÓRICO PERDERAM APOIO SOCIAL

Cerca de 700 pessoas carenciadas do Centro Histórico do Porto perderam hoje o apoio social da junta que interrompeu também o fornecimento de refeições a 100 pessoas, depois de ver chumbado o orçamento retificativo, revelou hoje o seu presidente.

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Cerca de 700 pessoas carenciadas do Centro Histórico do Porto perderam hoje o apoio social da junta que interrompeu também o fornecimento de refeições a 100 pessoas, depois de ver chumbado o orçamento retificativo, revelou hoje o seu presidente.

O autarca da União de Freguesias do Centro Histórico, António Fonseca, que convocou para a próxima segunda-feira, uma conferência de imprensa para detalhar as razões desta decisão e o que está a ser feito para reverter a situação, adiantou hoje à Lusa que a decisão foi tomada depois de a Assembleia de Freguesia ter chumbado, na passada segunda-feira, uma proposta de revisão orçamental para incorporação do saldo de gerência de 2019 de cerca de 227 mil euros.

António Fonseca recordou que, com a pandemia de covid-19 o número de pedidos de apoio subiu exponencialmente, pelo que o objetivo do executivo era utilizar esta verba para continuar a assegurar a distribuição de refeições e o apoio social às pessoas mais carenciadas.

“Hoje mesmo, cerca de 100 pessoas não tiveram refeição”, revelou à Lusa o autarca que referiu que as técnicas, que comunicaram aos utentes esta decisão na quarta-feira, relataram que “o pânico já começou”.

O presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto sublinha que esta não é uma questão financeira, lamentando que a incorporação do saldo de gerência tenha sido chumbada por PS, CDU e Bloco de Esquerda.

De acordo com um relatório a que a Lusa teve hoje acesso, os pedidos de cabaz alimentar aumentaram “substancialmente” a partir do mês de abril, “passando a apoiar 265 agregados familiares, num total de 618 pessoas, o que compara com um total de 65 famílias que recebiam apoio alimentar mensal no início do ano.

No mês de maio, o número de famílias continuou a subir, estabilizando nas 280 famílias, num total de 652 pessoas. O relatório que congrega dados até 19 de junho e que indica que o número de pedidos de cabazes aumentou 300%, refere ainda que, até esta data, estavam a ser apoiados 282 agregados familiares, num total de 638 pessoas.

Entre 23 de março e 19 de junho foram ainda confecionadas e entregues 2.491 refeições.

Num comunicado divulgado na terça-feira, a CDU explica que o Orçamento retificativo foi reprovado por dois motivos fundamentais: por um lado porque o executivo “confessou não ter um plano concreto para aplicação de uma boa parte do dinheiro, refugiando-se em evasivas do tipo ‘para fazer face ao que for surgindo’ e por outro “porque do dito saldo [de gerência] fazem parte 100 mil euros provenientes do Orçamento Colaborativo municipal 2019, destinados à remodelação do Mercado de S. Sebastião (na Sé) conforme contratualizado com a CMP [Câmara Municipal do Porto] em devido tempo”.

Na mesma nota, a CDU, salienta ainda que “segundo a informação já disponível, só no primeiro trimestre deste ano o executivo da Junta gastou abusivamente perto de 140 mil euros por conta do dito saldo de 2019, à revelia da Assembleia”, defendendo que, embora reconheça a necessidade de mobilizar todos os meios para fazer face a situações socioeconómicas preocupantes, a intervenção de uma autarquia tem de ser sempre orientada por uma estratégia política clara.

À Lusa, Fernando Oliveira, eleito pelo PS, explicou que o partido votou contra por uma questão de coerência, na medida em que tinha já votado contra as grandes opções do Plano, por diferirem das opções defendidas pelos socialistas.

Por outro lado, referiu o socialista, “as contas não batem certo em vários domínios”, como assinala o parecer do auditor entregue na assembleia de freguesia.

“O facto de ter sido reprovada a alteração orçamental, não há impedimento algum que o presidente continue a dar o apoio social que tem vindo a dar e que pague os salários, ao contrário do que ele diz”, concluiu Fernando Oliveira, classificando os argumentos de António Fonseca de “falaciosos”.

A Lusa tentou ouvir o Bloco de Esquerda que também votou contra, mas até ao momento sem sucesso.

Em Portugal, morreram 1.587 pessoas das 42.782 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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AÇORES: AUTARCA CONDENADO A PENA SUSPENSA E PERDA DE MANDATO (SÃO ROQUE)

O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

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O Tribunal de Ponta Delgada condenou nesta quarta-feira o presidente da Junta de São Roque a três anos e 10 meses de prisão, com pena suspensa, e perda de mandato por peculato na forma continuada e participação económica em negócio.

Pedro Moura, presidente daquela junta de freguesia do concelho de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, nos Açores, fica com a pena suspensa sob obrigação de pagamento, no prazo de um ano, de um montante superior a 3.800 euros.

Para que a perda de mandato a que foi condenado tenha efeito, terão primeiro de ser esgotados os recursos legais e Pedro Moura revelou, após a leitura do acórdão, que vai recorrer da decisão conhecida nesta quarta-feira.

O tribunal considerou como provada a acusação do Ministério Público (MP) no âmbito da investigação, que remonta a 2015, altura em que Pedro Moura era já presidente da Junta de Freguesia de São Roque, eleito pelo PS, e deputado no parlamento açoriano.

Em causa neste processo está o alegado desvio de um montante superior a 137 mil euros das contas da Junta de Freguesia para o Clube Naval de São Roque, criado e gerido por Pedro Moura.

Segundo o MP, a Junta comprou três terrenos para a realização de obras urgentes na freguesia e os bens transitaram para o Clube Naval.

Destes terrenos, dois foram posteriormente restituídos à Junta, mas um terceiro foi vendido pelo Clube Naval por 250 mil euros para sanar parte do empréstimo.

Durante a leitura da sentença, o juiz referiu que Pedro Moura era quem geria “os destinos” da Junta de Freguesia e “os restantes elementos assinavam” e “cumpriam ordens” do autarca, enquanto “o Clube Naval era uma associação fantasma”.

“Nunca existiu nenhum protocolo com a Junta para a deliberação de aquisição destes imóveis”, disse o magistrado, na leitura do acórdão, acrescentando que Pedro Moura, enquanto titular de um cargo público, “se apropriou ilicitamente de dinheiros públicos”.

O tribunal deu como provado que Pedro Moura controlava “exclusivamente” a Junta e o Clube Naval, que “foi criado para adquirir os bens imóveis”.

Ficou ainda provado que “as faturas da água e da luz foram pagas pela Junta, mas estavam no nome do Clube Naval. Segundo o juiz, “não foi um erro, foi uma apropriação ilegítima de quantias pertencentes ao erário público”.

No entender do tribunal, Pedro Moura “agiu com dolo, atuou de forma livre, sabendo que o fazia” na qualidade de presidente de Junta de Freguesia, apropriando-se de dinheiros da Junta em benefício do Clube Naval”.

Na suspensão da pena, foi tido em conta o facto de Pedro Moura não ter antecedentes criminais, bem como a sua integração familiar e social.

Quanto ao montante superior a 137 mil euros, o juiz disse que “o Clube Naval doou à Junta os dois prédios”, pelo que esta “já foi ressarcida”.

Após a leitura da sentença, Pedro Moura disse aos jornalistas estar “insatisfeito” e que vai recorrer da decisão, reforçando que foi feita obra pública e que “no saldo das contas” a Junta saiu beneficiada.

“Nós vamos recorrer. Não estamos satisfeitos. Achamos que São Roque ficou beneficiado e era a única forma que tínhamos de fazer obra para a freguesia. Está lá: uma circular, um parque de estacionamento e uma zona balnear que é das mais concorridas da ilha”, sustentou.

Segundo o autarca, “o tribunal acaba por considerar que foram feitas obras” e “não pede a restituição do valor inicial que tinha pedido”.

“Não tirámos qualquer proveito”, sublinhou.

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MATOSINHOS: QUARTAS-FEIRAS SÃO DIAS DO “COMBOIO DE BICICLETAS”

As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

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As quartas-feiras passaram a ser dias “diferentes e fixes” para os alunos das escolas da Ermida e Padre Manuel de Castro, em Matosinhos, porque a chegada não se faz a pé ou de carro, mas num comboio de bicicletas.

Eram perto das 09:00 quando, já próximo da Escola Básica da Ermida, em São Mamede de Infesta, concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, se avistou a chegada de um comboio, não de um comboio sobre carris e movido a eletricidade, mas um comboio de 27 crianças de bicicletas acompanhadas de maquinistas, igualmente de bicicletas, que têm como função não verificar se os passageiros têm bilhete, porque é gratuito, mas se chegam à escola em segurança.

O comboio de bicicletas, projeto que está a ser implementado em Matosinhos, tem, à semelhança dos comboios tradicionais hora de saída e chegada, assim como alguns atrasos, e paragens.

Para o apanhar não é preciso ser portador de qualquer bilhete, mas sim ser criança, frequentar as escolas do concelho, ter bicicleta e capacete e, às quartas-feiras, estar na paragem indicada para não perder o comboio e, assim, chegar quando soar o toque de entrada.

Os alunos chegaram a horas, em segurança, divertidos, muito contentes e sob o olhar curioso e atento dos colegas que, já no interior da escola e encostados aos gradeamentos, atiravam um “yeah” ou um simples olá.

“Andar de bicicleta é muito fixe, gosto muito”, confessou à Lusa Leonardo Cavalcante, de 6 anos, que, juntamente com o irmão, apanhou o comboio por volta das 08:05 no qual percorreu cerca de quatro quilómetros até chegar ao destino onde estava a avó com a mochila, porque vir com ela “era pesado”.

A mãe, Laura Cavalcante, que acha este comboio uma excelente iniciativa, afirmou que andar de bicicleta é algo que toda a gente deveria fazer, porque é um excelente meio de transporte, uma boa alternativa ao carro e ótimo para o ambiente.

Com três filhos, dois dos quais já utilizadores deste comboio, Laura Cavalcante, que anda de bicicleta desde os tempos de faculdade, quer que os filhos entendam que a bicicleta é um meio de transporte e tem muitas vantagens.

E que o diga Alice Ribeiro, de 9 anos, que disse que os “carros causam poluição”, por isso, sempre que puder, vai apanhar o comboio de bicicletas.

E acrescentou: “É muito fixe e não é muito perigoso, temos só de ter cuidado a andar”.

E, por falar em cuidados, o colega, João Teixeira, também com 9 anos, enumerou-os todos: usar capacete, parar nos semáforos, não passar à frente do maquinista e dar espaço a quem vai à frente.

E, se cumprirem estes requisitos, chegam em segurança e ajudam o ambiente, comentou.

“As portas das escolas são, provavelmente nas horas de ponta, os sítios mais poluídos das cidades, devido à grande concentração de carros”, afirmou João Araújo, impulsionador deste projeto em Matosinhos e pai de um dos alunos utilizadores do comboio.

Além de ser bom para o ambiente, esta iniciativa é benéfica para as crianças, porque lhes dá autonomia, autoestima, responsabilidade e divertimento, salientou, reforçando que “é seguro pedalar até à escola”.

O percurso demora cerca de 25 a 30 minutos, tem perto de 10 paragens, as crianças têm seguro e os maquinistas são pais ou apaixonados pelas bicicletas, por isso, tem tudo para correr bem, sublinhou João Araújo.

Este comboio de bicicletas ainda está numa fase piloto, sendo objetivo da autarquia estendê-lo a todas as escolas do concelho, referiu o vice-presidente e responsável pelo pelouro da mobilidade, Carlos Mouta.

“Estamos a falar de crianças muito pequeninas, do primeiro ciclo, e a ideia é que elas depois transportem isto para o secundário e mantenham este hábito de usar a bicicleta como meio de transporte”, concluiu.

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