ECONOMIA & FINANÇAS
PREÇO MÉDIO DE ARRENDAMENTO DE IMÓVEIS CAI 13,5% NO FIM DE 2020 – BARÓMETRO
O preço médio para arrendamento de imóveis desceu 13,5% no final de 2020, depois da quebra de 20,9% no período de desconfinamento, na comparação com igual período de 2019, revela o barómetro anual do portal Imovirtual.
O preço médio para arrendamento de imóveis desceu 13,5% no final de 2020, depois da quebra de 20,9% no período de desconfinamento, na comparação com igual período de 2019, revela o barómetro anual do portal Imovirtual.
“Terminamos o ano com uma diminuição dos preços de 13,5% (de 1.198 euros em 2019 para 1.036 euros em 2020)”, segundo a análise hoje divulgada com base nos imóveis anunciados no Imovirtual.
No início de 2020, o preço médio caiu 9,6% face ao período homólogo, para 1.191 euros, tendo no período do confinamento registado um decréscimo de 13,3%.
“No período do desconfinamento assistimos a uma quebra acentuada de 20,9% quando comparado com o mesmo período no ano anterior, passando de 1.355 euros para 1.072 euros”, refere o portal em comunicado.
Porto foi o distrito com o decréscimo mais acentuado do preço médio para arrendamento com uma queda em dezembro de 19,2% face ao mês homólogo, para 904 euros.
Seguiu-se Castelo Branco, onde o preço caiu 14,9% no final do ano para 407 euros e Lisboa com uma queda de 13,9% em dezembro face ao mês homólogo, para 1.319 euros.
Já o preço médio dos imóveis anunciados para venda aumentou em 2020 face a 2019, com o período de confinamento a registar a maior subida, de 11,3%, para 352.339 euros, segundo o barómetro.
“O panorama do preço médio dos imóveis anunciados no Imovirtual para venda em Portugal durante o ano de 2020 quando comparado com o ano de 2019 é bastante positivo”, sublinha o portal, no comunicado.
Segundo o barómetro, no início de 2020 houve um aumento de 8% do preço médio dos imóveis para venda, para 344.417 euros, comparando com o mesmo período de 2019.
Já no período da pandemia e do confinamento, registou-se um aumento homólogo do preço médio de apartamentos e moradias em 11,3%, passando para 352.339 euros.
De acordo com o documento, no “período do desconfinamento” que se seguiu, o preço médio aumentou 7,2% em termos homólogos, tendo atingido 348.223 euros em dezembro, uma subida de 1,6% face ao mesmo mês de 2019.
Setúbal, Vila Real, Aveiro e Évora foram os distritos com maiores subidas dos preços ao longo do ano.
Segundo os resultados do barómetro, Setúbal apresentou em janeiro um aumento de 17,5% e depois uma subida de 19,6% no período do confinamento, tendo o preço médio atingido 291.863 euros em 2020.
No período do desconfinamento, o aumento em Setúbal foi de 14,2%, “acompanhado do aumento da procura na ordem dos 21,6%”, indica o portal Imovirtual.
No distrito de Vila Real, o portal destaca o período de confinamento e desconfinamento, com aumentos de 11,8% e 13,9% respetivamente. Em dezembro, o preço médio foi de 177.763 euros (mais 4,5% homólogos).
Já o distrito de Aveiro começou o ano com um aumento dos preços em 11,3% que se manteve durante o confinamento, mantendo um crescimento de 9,9% no final do ano, para 215.092 euros face a 2019.
No caso de Évora, o distrito fechou o ano com um aumento do preço médio de 16,9% para 205.187 euros, depois de subidas de 19,7 e 15,1% no início do ano e na pandemia, respetivamente.
Ao contrário, Portalegre e Guarda foram os distritos com um decréscimo mais acentuado do preço médio.
Portalegre iniciou o ano com um decréscimo do preço médio que se manteve no confinamento, de 14,5% e de 13,5%, respetivamente e, no período de desconfinamento, registou uma queda de 21,4% para 132.082 euros.
O ano termina com Lisboa, Faro, Região Autónoma da Madeira e Porto no ‘top’ dos distritos mais caros para comprar um imóvel, segundo o portal.
Em Lisboa, destaca-se o período do confinamento, com um aumento em 12,1%, terminando o ano com um preço médio de 557.595 euros.
No final do ano, o preço médio dos imóveis para venda em Faro atingiu 453.378 euros (mais 1,8% em relação a 2019), seguindo-se a Madeira onde o preço fechou o ano nos 331.472 euros, um aumento de 1% comparado com o período homólogo.
Segundo o Imovirtual, no Porto houve um aumento do preço médio no período do confinamento de 12,9%, para 315.417 euros e o distrito terminou o ano com um aumento de 1,9% para 311.443 euros face ao período homólogo.
Já olhando para a venda de apartamentos e moradias ao longo de 2020, o preço médio de venda em Portugal manteve uma variação de 1%, à exceção do período do desconfinamento onde se verificou um decréscimo de 0,11%.
“Quando comparado o primeiro mês do ano com o último, observa-se um aumento (+1,1%), passando o preço médio de 344.417 euros em janeiro para 348.223 euros em dezembro”, lê-se no documento.
ECONOMIA & FINANÇAS
ESCRITÓRIOS E LOJAS 20% MAIS CAROS DESDE 2019
Os preços de arrendamento e venda de escritórios e lojas cresceram, entre 2019 e 2023, cerca de 20%, sendo que a oferta nestes dois segmentos “mais do que duplicou” no mesmo período, segundo um estudo da plataforma imobiliária Casafari.
Os preços de arrendamento e venda de escritórios e lojas cresceram, entre 2019 e 2023, cerca de 20%, sendo que a oferta nestes dois segmentos “mais do que duplicou” no mesmo período, segundo um estudo da plataforma imobiliária Casafari.
Num comunicado, a organização indicou que entre 2019 e 2023, os preços de arrendamento e venda de escritórios subiram 25,8% e 18,2%, respetivamente e os preços de arrendamento e venda de lojas aumentaram 18,8% e 19,1%.
Segundo a Casafari, “a oferta de escritórios e lojas, tanto para venda como para arrendamento, também subiu a nível nacional, destacando-se o segmento de escritórios cuja oferta para arrendamento mais do que duplicou desde 2019”.
A plataforma detalhou que “os preços de escritórios para arrendar aumentaram 25,8% no território português, passando de um valor médio de 7,8 euros/m2 em 2019 para 9,8 euros/m2 em 2023, com Évora a registar o maior crescimento (+160%), seguido de Bragança (+50%) e Beja (+42,9%)”. Já em termos de oferta “o número de escritórios para arrendar mais do que duplicou (+136%) em todo o país durante o período em análise”.
O comunicado indicou ainda que “os preços de escritórios para venda em Portugal aumentaram 18,2%, passando de um valor médio de 1.108,60 euros/m2 em 2019 para 1.310,40 euros/m2 em 2023”.
De acordo com a plataforma, as maiores subidas verificaram-se na Madeira (+50%), Setúbal (+44,5%) e Portalegre (+42,9%), destacando que “no polo oposto, Bragança (-19,5%), Évora (-16,7%) e Castelo Branco (-14,3%) destacaram-se pelas quebras registadas neste indicador”.
A oferta de escritórios para venda, globalmente, aumentou 35,7%, com os distritos que mais cresceram a este nível a serem Bragança (+375%), Açores (+233,1%) e Viana do Castelo (+175%).
Paralelamente, entre 2019 e 2023, os preços de lojas para arrendar subiram 18,8%, “passando de um valor médio de 7,7 euros/m2 em 2019 para 9,2 euros/m2 em 2023”. O maior aumento ocorreu em Beja (+83,3%), tendo Portalegre sido “o único distrito a sofrer uma quebra de preço (-10%)”.
A oferta a nível nacional cresceu 74,1%, disse a plataforma, “com Vila Real (+204,5%), Açores (+126%) e Santarém (+119%) a sobressaírem com os maiores crescimentos”. A Casafari destacou que “nenhum distrito registou quebras neste indicador”.
No que diz respeito a venda de lojas, o preço médio a nível nacional cresceu 19,1%, passando de um valor médio de 1.018,30 euros/m2 em 2019 para 1.213,20 euros/m2 em 2023, com a Madeira (+41,6%), Faro (+36,7%) e Lisboa (+30,5%) a registarem as maiores subidas.
“Faro foi aliás a grande surpresa desta análise, dado que o preço das lojas para venda já é superior ao da Grande Lisboa (2.386 euros/m2 vs 2.356 euros/m2)”, salientou.
Em sentido inverso, disse, “Portalegre foi a única região do país na qual o preço por m2 desceu (-15,9%)”.
Já a nível de oferta, registou-se um crescimento de 33,5% em Portugal, “com Vila Real, Bragança e Beja a serem os distritos em destaque no número de lojas para venda”, rematou.
ECONOMIA & FINANÇAS
TARIFA SOCIAL DE GÁS NATURAL MANTÉM DESCONTO DE 31,2% A PARTIR DE OUTUBRO
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
“Este despacho é urgente e inadiável, uma vez que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos deverá submeter até ao dia 31 de março a proposta de tarifas de gás natural para o ano gás 2024-2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) ao Conselho Tarifário e demais entidades para consulta”, refere o despacho assinado pela ainda secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia.
O desconto a aplicar nas tarifas de acesso às redes de gás natural mantém-se, assim, nos 31,2% sobre as tarifas transitórias de venda a clientes finais de gás natural, excluído o IVA, demais impostos, contribuições, taxas e juros de mora que sejam aplicáveis, não sendo a sua aplicação considerada para efeitos de outros apoios atualmente em vigor.
A tarifa social de gás natural é um mecanismo de proteção de consumidores economicamente vulneráveis e de combate à pobreza energética e consiste na aplicação automática de um desconto na tarifa de acesso às redes de gás em baixa pressão.
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