REGIÕES
RUI RIO DEFENDE REGIONALIZAÇÃO
Rui Rio defende que regionalização pode dar um novo impulso a Portugal. Rui Rio defendeu ainda um debate nacional para um processo com “cabeça, tronco e membros”. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O ex-presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Rio, defende que a regionalização pode dar um novo impulso a Portugal e defendeu um debate nacional para um processo com “cabeça, tronco e membros”.
O antigo autarca, que intervinha em Coimbra, como orador convidado do debate “Poder Local – uma experiência. Regionalização – uma consequência”, promovido pelo Clube Coimbra XXI, assumiu a sua mudança de opinião relativamente ao processo de regionalização, que chegou a ser alvo de um referendo nacional em 1998 .
“O país nestes quase 20 anos não melhorou em termos de descentralização e desconcentração, bem pelo contrário, piorou. Eu acreditava que o sistema tinha virtualidades que iam permitir um país mais equilibrado, mas falhou e eu estava enganado”, disse o economista, perante cerca de meia centena de participantes.
Segundo Rui Rio, que esteve 12 anos à frente da Câmara do Porto, há muitas pequenas e médias reformas que o Estado pode fazer para alterar o seu funcionamento, mas a única que pode dar um grande impulso ao país é a regionalização.
“Não consigo descortinar nenhuma grande reforma que possa dar esse abanão no regime. A única que eu vejo é a regionalização”, sublinhou o antigo autarca, convicto de que o país tem de encontrar a “escala adequada para podermos caminhar o mais possível no sentido da optimização”.
Baseando-se na sua experiência de autarca no município do Porto, em que citou vários exemplos, Rui Rio considerou que Portugal deve “ter uma escala intermédia onde cabem determinadas competências que permitam poupanças melhores do que aquelas que não se conseguem à escala nacional”,
O antigo presidente da Câmara da cidade invicta entende que a regionalização pode ser uma solução face à situação económica do país, ao descrédito que há nas instituições, ao afastamento das pessoas relativamente à política e à excessiva concentração e centralização em Lisboa.
“Considerando estes factores, acho que valia a pena o país fazer um debate a sério sobre uma nova possibilidade de gerir os recursos que temos à nossa disposição, que é, no fundo, criar um patamar intermédio que nos possibilite fazer mais e melhor, mas com menos despesa pública”, frisou.
Quanto a uma futura divisão do país por regiões, Rui Rio disse ter dúvidas na sua arquitectura orgânica, entre as cinco regiões plano conhecidas ou as cinco regiões plano mais as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, na medida em que estas duas áreas “se não ficarem automatizadas podem acabar por fazer o que Lisboa faz ao país”.
“Na questão das finanças regionais para mim é vital que seja com mão de ferro, com uma lei altamente restritiva, para não acontecer o que aconteceu nas autonomias espanholas, com muitas delas altamente endividadas, que no limite não deve permitir capacidade de endividamento”, sublinhou.
REGIÕES
VILA NOVA DE GAIA: PJ DETÉM “JOVEM” SUSPEITO DE TENTAR MATAR COM UMA GARRAFA
Um homem de 22 anos foi detido por suspeita de ter tentado matar outro com uma garrafa de vidro partida na quarta-feira à noite, em Vila Nova de Gaia, anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Um homem de 22 anos foi detido por suspeita de ter tentado matar outro com uma garrafa de vidro partida na quarta-feira à noite, em Vila Nova de Gaia, anunciou hoje a Polícia Judiciária (PJ).
Na sequência desse ataque, a vítima sofreu uma grave lesão pulmonar e o alegado agressor ferimentos nas mãos, adiantou, em comunicado.
Naquela noite, o suspeito estava acompanhado por um amigo quando, por motivo fútil, se envolveu numa discussão com um desconhecido na zona do Jardim do Morro, em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, sublinhou a PJ.
“A dado momento, o detido empunhou uma garrafa partida e desferiu vários golpes na vítima, ferindo-a com gravidade”, referiu.
A PJ acrescentou ainda que a agressão só parou quando algumas pessoas que circulavam na rua foram em seu auxílio.
O homem, suspeito de homicídio qualificado na forma tentada, vai ser presente ao Tribunal de Instrução Criminal para primeiro interrogatório.
O alerta para o incidente foi dado pelas 21:37 de quarta-feira, junto à estação de metro General Torres, referiu à Lusa fonte do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
O incidente envolveu a agressão com arma branca de dois homens a outros dois homens, explicou então a mesma fonte, sem detalhar os ferimentos ou o possível motivo.
Na quinta-feira, fonte policial indicou que a investigação aos desacatos ocorridos tinha passado para a alçada da Polícia Judiciária.
REGIÕES
BEJA: CRUZ VERMELHA ENCERRA DOIS LARES DE TERCEIRA IDADE
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) anunciou, esta sexta-feira, o encerramento, até 31 de julho, dos seus dois lares em Beja, garantindo que vai “procurar a melhor solução” para os utentes e assegurar “todos os direitos” dos trabalhadores.
A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) anunciou, esta sexta-feira, o encerramento, até 31 de julho, dos seus dois lares em Beja, garantindo que vai “procurar a melhor solução” para os utentes e assegurar “todos os direitos” dos trabalhadores.
Em comunicado enviado à agência Lusa, a CVP revelou que, “após avaliação das precárias condições físicas” dos edifícios onde funcionam as casas de repouso Henry Dunant e José António Marques, “tomou a decisão de encerrar” estas respostas sociais no município alentejano de Beja.
“Dada a antiguidade dos edifícios e até a impossibilidade de realização de obras num deles, por imposição do senhorio, a avaliação efetuada concluiu que não é possível realizar melhoramentos funcionais que permitam inverter esta situação”, justificou.
A instituição liderada por António Saraiva frisou ainda que “o encerramento agora decidido tornou-se na única alternativa viável face às condições precárias dos edifícios, que não garantem a qualidade e serviço digno que a CVP presta”.
Nesse âmbito, tanto a Casa de Repouso Henry Dunant como a Casa de Repouso José António Marques vão encerrar os seus serviços “até 31 de julho”, lê-se na nota.
Estas duas estruturas residenciais para pessoas idosas (ERPIs) acolhiam cerca de 60 pessoas, tendo já sido possível “colocar 11 utentes em outros equipamentos sociais”, através das vagas entretanto disponibilizadas pela Segurança Social.
“Outras nove pessoas saíram por iniciativa própria”, acrescentou a CVP, garantindo continuar “a procurar a melhor solução para as 37 pessoas que ainda se mantêm nestas ERPIs”.
Relativamente aos seus 25 trabalhadores em Beja, a CVP anunciou não ser possível recolocá-los noutras respostas sociais da sua responsabilidade, pelo que “avançará com a cessação dos contratos de trabalho de acordo com os prazos de encerramento das ERPIs”.
“Ficará garantido o acesso a todos os direitos legais aplicáveis, assumindo a CVP o acompanhamento individualizado de cada trabalhador tendo em conta a sua situação socioeconómica”, assegurou.
A CVP acrescentou que, “sempre que tal se verifique necessário”, irá incluir estes colaboradores “no seu sistema de apoio social”.
A par disso, a instituição está a efetuar contactos “com outros empregadores da região, com o intuito de encontrar soluções profissionais para o maior número possível de trabalhadores”.
No passado dia 12 de abril, o PCP revelou ter questionado o Governo, através do deputado Alfredo Maia, sobre como pretende salvaguardar os postos de trabalho dos funcionários de dois lares que a CVP “vai encerrar em Beja” e os cuidados aos utentes residentes nas instituições.
Nas perguntas dirigidas à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, e ao ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, o PCP dizia querer saber “que conhecimento tem o Governo da situação descrita em relação ao anunciado encerramento dos dois lares da Cruz Vermelha em Beja”.
E “que medidas vai o Governo tomar para, no imediato, salvaguardar os cuidados aos utentes residentes nos referidos lares da Cruz Vermelha” e para também garantir os postos de trabalho e direitos dos trabalhadores.
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