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INTERNACIONAL

RÚSSIA: DERROTAS POLÍTICAS E MILITARES APESAR DAS ANEXAÇÕES ILEGAIS

Os recentes e importantes sucessos militares táticos da Ucrânia no nordeste do país significaram um duro golpe político para a Rússia por ocorrerem um dia após a formalização da anexação de quatro regiões, indicou à Lusa o investigador Arkady Moshes.

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Os recentes e importantes sucessos militares táticos da Ucrânia no nordeste do país significaram um duro golpe político para a Rússia por ocorrerem um dia após a formalização da anexação de quatro regiões, indicou à Lusa o investigador Arkady Moshes.

Especialista em Rússia, o académico apontou no decurso de um contacto telefónico com a Lusa três aspetos que regem as atuais preocupações de Moscovo: fornecer uma “visibilidade de sucesso” que deve ser discutida a nível interno, criar uma espécie de “nova realidade legal” no terreno que não fracasse, e “incorporar no Exército russo” os habitantes das recentes áreas anexadas.

“A Ucrânia obteve importantes sucessos táticos, é difícil indicar se o avanço vai prosseguir, se vão centrar-se no sul ou ainda no norte, mas é inegável que do ponto de vista tático a Ucrânia obteve um importante sucesso”, prosseguiu o diretor do programa de investigação para a vizinhança leste da União Europeia e Rússia do Instituto Finlandês de Assuntos Internacionais (FIIA), sediado em Helsínquia.

“Do ponto de vista militar, não terá sido tão significativo, porque parece que o cerco não foi total, as tropas russas conseguiram retirar e militarmente não altera a situação estratégica”, assinalou, numa referência ao anúncio por Kiev da retomada da estratégica cidade de Lyman, na região do Donbass.

“Mas politicamente é um grande golpe porque foi `território russo` em menos de um dia [na sequência dos referendos de anexação nas regiões de Kherson, Zaporíjia, Lugansk e Donetsk, onde se inclui Lyman, e logo após o discurso do Presidente russo Putin [na passada sexta-feira]. Para a propaganda russa será difícil explicar à população”.

Na perspetiva do académico, Vladimir Putin necessitava de demonstrar, a nível interno, que a situação no terreno continua a decorrer favoravelmente para a Rússia, mesmo com alterações face a planos iniciais.

“Essa mensagem tem de ser emitida. E a discussão a nível interno na Rússia ficará focalizada nos sucessos”, sintetizou Arkady Moshes, que também integra o Programa de Novas Abordagens sobre Pesquisa e Segurança na Eurásia (PONARS, Eurásia) na Universidade George Washington.

“Em termos militares, pretendem que esses territórios façam agora parte integrante da Federação russa e que existam mais motivos para defender território russo. Apesar de neste aspeto poder ser menos bem-sucedido, porque ninguém parece aceitar [a anexação] e isso é importante”, precisou.

O investigador recordou não ter sido apenas o ocidente que rejeitou uma “nova realidade legal”, mas também países que, tradicionalmente, mantêm relações de proximidade com Moscovo, numa referência à Comunidade de Estados Independentes (CEI, a organização intergovernamental regional de Estados ex-soviéticos) ou aos países aliados da Rússia na Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC).

Os países destas comunidades, prosseguiu, “não estão a demonstrar pressa em seguir o exemplo russo e reconhecer as novas fronteiras, continuam a reconhecer a Ucrânia nas fronteiras de 1991, o que é interessante. E num momento em que a Rússia pretendia criar esta espécie de nova realidade legal”.

O investigador explicita a terceira razão, relacionada com as novas incorporações militares, e após Putin ter decretado em 21 de setembro uma “mobilização” parcial que deverá abrange pelo menos 300.000 reservistas.

“A Rússia poderá incorporar nas suas Forças Armadas os homens destes territórios, em particular de Kherson e Zaporíjia, e enviá-los para a linha da frente. Porque antes eram cidadãos de outro país, e agora são considerados cidadãos da Rússia e podem ser recrutados”, indicou.

Uma medida, ressalva, “que é inaceitável na perspetiva da lei internacional devido à incorporação de cidadãos de outros países nas suas Forças Armadas”.

O analista do FIIA deteta na mobilização parcial anunciada pelo Presidente russo “uma escalada na guerra”, mas em particular o prosseguimento do conflito “para além do limite temporal” que se poderia admitir, quando a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro passado.

“A guerra nas trincheiras vai continuar, não sabemos os números porque nunca são divulgados. O ministro da Defesa russo referiu-se a 300.000 mobilizados, mas ninguém acredita, todos esperam por mais mobilizados”.

Uma indicação que, segundo Arkady Moshes, implicará o prosseguimento desta “guerra de posições”, com consequências ainda pouco definidas.

“A Ucrânia também possui um Exército forte, tudo pode depender da forma como será utilizado este novo `poder humano`. Se no imediato for utilizado para estabilizar a linha da frente, e pelo facto de não estarem bem treinados, poderá implicar perdas colossais para a Rússia”, sugeriu.

“Mas se prosseguirem o treino, se metade dos mobilizados obtiver um treino eficaz, em meados do inverno ou início da primavera serão enviadas novas tropas que podem ser utilizadas com mais sucesso”.

O investigador admite que vão permanecer muitas questões, numa guerra onde denota diferenças significativas face a anteriores guerras convencionais, em particular devido ao novo e sofisticado armamento que os ucranianos têm recebido do ocidente.

“São armas inteligentes, munições de precisão teleguiadas, etc., que anulam a superioridade numérica, uma contrariedade para Moscovo que poderá ser determinante na evolução do conflito nos próximos meses, e quando a perspetiva de negociações entre as partes em conflito permanece longínqua, disse Moshes.

“A Rússia também está a revelar dificuldades em produzir rapidamente grandes quantidades de armas modernas, a forma como [os mobilizados] vão ser treinados é outra questão, porque o corpo de oficiais foi muito desgastado nestes sete meses de guerra”, sublinhou o investigador, apontando o contexto de “desmoralização das tropas” russas.

“Se pretendiam lutar, ofereciam-se como voluntários. Não sabemos se têm efetiva motivação para lutar, apenas seguem as leis em vigor, regem-se pelo prestígio, mas provavelmente vão obter os números de militares pretendido”, admite.

“Mas a questão é saber o que vão fazer com essas pessoas, caso estes contingentes muito relutantes sejam enviados para junto das tropas que têm estado a combater, se vão formar novos contingentes e saber qual será a sua lealdade, a sua moralização, é uma grande questão. Os números anunciados por Moscovo são impressionantes, mas a situação tem de ser acompanhada para perceber qual a diferença que poderá fazer este novo `poder humano`. Difícil dizer”, concluiu.

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VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS

As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.

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As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.

Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.

De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.

O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.

Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.

A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.

“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.

Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.

A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.

O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.

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ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO

Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.

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Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.

Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.

Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.

Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.

Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.

No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.

Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.

O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.

Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.

O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.

Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.

“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.

Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.

Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.

Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.

“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.

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