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PORTO: PRESIDENTE DA CÂMARA DO PORTO COMEÇA HOJE A SER JULGADO NO CASO SELMINHO

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, começa hoje a ser julgado no âmbito do processo Selminho, no qual é acusado de prevaricação por favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município.

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O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, começa hoje a ser julgado no âmbito do processo Selminho, no qual é acusado de prevaricação por favorecer a imobiliária da família, da qual era sócio, em detrimento do município.

O início do julgamento está marcado para as 09:30 no Tribunal de São João Novo, no Porto.

O Ministério Público (MP) acusou, em dezembro do ano passado, o autarca independente de prevaricação (de titular de cargo político), defendendo também a perda de mandato de Rui Moreira, por favorecer uma sua imobiliária e da sua família – Selminho -, já durante o seu mandato (tomou posse em 23 de outubro de 2013), em prejuízo da autarquia.

Na instrução, fase facultativa requerida pelo arguido, e que visa decidir por um juiz de instrução criminal (JIC) se o processo segue e em que moldes para julgamento, o Tribunal de Instrução Criminal do Porto concluiu que o presidente da autarquia “agiu com intenção direta de beneficiar os interesses da Selminho, da qual era sócio, em detrimento” da autarquia, no litígio judicial que opunha o município à imobiliária, que pretendia construir um edifício de apartamentos num terreno na Calçada da Arrábida, no Porto.

segundo a JIC, “não foi produzida qualquer prova que pudesse abalar” a acusação do MP e pronunciou (decidiu levar a julgamento Moreira) por entender que é “solidamente previsível” que, em julgamento, o autarca venha a ser condenado.

No debate instrutório, o advogado Tiago Rodrigues Bastos pediu que o seu constituinte não fosse a julgamento, dizendo que o caso Selminho estava assente “num processo de intenções, teorias e fabulações” do procurador do MP Nuno Serdoura.

O MP sustenta que o presidente da Câmara do Porto “violou os deveres de legalidade, de prossecução do interesse público e de imparcialidade, em decisões que tomou na gestão de um conflito que opunha o município a uma sociedade comercial [Selminho]”.

A acusação conta que a Selminho “vinha, desde 2005, esgrimindo, perante o município, o direito de construir um edifício de apartamentos num terreno sito na Calçada da Arrábida, no Porto, direito que o município não lhe reconhecia”.

Isto por entender que as operações urbanísticas pretendidas não estavam de acordo com o Plano Diretor Municipal (PDM).

O MP frisa que, face a esta posição, a Selminho instaurou no Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, em dezembro de 2010, uma ação em que pedia a declaração de ilegalidade dos artigos 41.º e 42.º do PDM – normas de que derivava a inviabilidade da construção – “ou, se tal pedido improcedesse, a condenação do município no pagamento de uma indemnização pelos danos causados pela aplicação daquelas normas ao terreno onde queria construir”.

O MP concluiu que Moreira, após tomar posse como presidente da Câmara do Porto, em outubro de 2013, passou uma procuração ao advogado Pedro Neves de Sousa para que, em nome do município, “alterasse, nomeadamente nesta ação, a posição jurídica e/ou urbanística que vinha sucessivamente adotando, quer nos litígios judiciais, quer nos procedimentos administrativos, relativamente à pretensão da sociedade comercial de construir no referido terreno”.

Para ao TIC do Porto, “o compromisso assumido pelo arguido [em 2014], enquanto representante do município, além de invadir as competências próprias da Assembleia Municipal, quanto à alteração da qualificação do solo do terreno, garante à empresa Selminho a reclamada pretensão edificatória que eram contrárias às disposições do PDM”.

“Mas mais, compromete-se a, caso a revisão do PDM não garantisse à Selminho o resultado previsto, dirimir o litígio com vista ao apuramento de um eventual direito a indemnização através de um tribunal arbitral, quando não tinha qualquer direito preexistente consolidado, nem antes nem depois de o arguido entrar em funções”, sustenta o TIC.

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TROFA: SUSPEITO DE BURLA DETIDO PELA GNR

Um homem de 48 anos foi detido e constituído arguido na terça-feira na Trofa quando tentava vender artigos tecnológicos de baixo valor por um preço elevado, prática que estava sob investigação há três meses, anunciou esta quarta-feira a GNR.

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Um homem de 48 anos foi detido e constituído arguido na terça-feira na Trofa quando tentava vender artigos tecnológicos de baixo valor por um preço elevado, prática que estava sob investigação há três meses, anunciou esta quarta-feira a GNR.

A detenção foi feita pelo Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Leiria, no âmbito de uma investigação relacionada com a prática de crimes de burla e furto em residência, que decorria há cerca de três meses, no distrito de Leiria e zona Norte do país, descreve a nota de imprensa da Guarda.

Na sequência das diligências, os militares apuraram que o suspeito se dedicava à prática destes crimes utilizando o “conto do vigário” em que, simulando “uma conversa de falso familiar”, e após ganhar a confiança das vítimas, “procedia à troca de artigos tecnológicos (aspiradores robot e ‘smartwatches’) de valor diminuto, fazendo-os passar por objetos com valor elevado”, descreve o comunicado.

Nas duas buscas entretanto feitas, uma em residência e outra em veículo, foram apreendidas uma caçadeira, uma arma proibida, 400 euros em dinheiro, oito aspiradores e oito relógios.

O detido será presente hoje no Tribunal Judicial de Leiria para aplicação das medidas de coação.

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FAFE: SUSPEITO DE HOMICÍDIO FICA EM PRISÃO PREVENTIVA

O homem, de 71 anos, detido por matar a tiro outro, de 35 anos, no domingo, em Fafe, distrito de Braga, ficou esta terça-feira em prisão preventiva, adiantou à Lusa fonte judicial.

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O homem, de 71 anos, detido por matar a tiro outro, de 35 anos, no domingo, em Fafe, distrito de Braga, ficou esta terça-feira em prisão preventiva, adiantou à Lusa fonte judicial.

Segundo a mesma fonte, o arguido foi estavterça-feira presente a primeiro interrogatório judicial durante a tarde no Tribunal de Guimarães que lhe aplicou a medida de coação mais gravosa: prisão preventiva.

Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) conta que os factos ocorreram ao fim da tarde de domingo, 09 de fevereiro, na esplanada de um estabelecimento de restauração, na localidade de Arões, concelho de Fafe, onde o detido reside.

“Na sequência de uma discussão verbal, o suspeito muniu-se de uma pistola de pequeno calibre, que trazia no bolso, e efetuou um disparo na direção da vítima, atingindo-a na zona infra clavicular direita. Da agressão resultaram ferimentos graves que culminaram com a sua morte, ainda no local”, explica esta força de investigação criminal.

A vítima era natural e residente numa freguesia vizinha.

Segundo a PJ, “apesar de o suspeito ter-se colocado em fuga, foi possível identificar, localizar e detê-lo, bem como recolher elementos de prova que sustentam a autoria dos factos”.

O arguido está indiciado pela prática dos crimes de homicídio qualificado e de detenção de arma proibida.

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