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NACIONAL

SINDICATO DOS MAGISTRADOS ALERTA PARA RISCO DE INSTRUMENTALIZAÇÃO DO MP PELO PODER POLÍTICO

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público apontou hoje “vários sinais”, que devem preocupar não só estes profissionais, mas à sociedade, e que “põe em causa o princípio da separação de poderes” do Estado de direito democrático.

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O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público apontou hoje “vários sinais”, que devem preocupar não só estes profissionais, mas à sociedade, e que “põe em causa o princípio da separação de poderes” do Estado de direito democrático.

Adão Carvalho discursava no ato solene de tomada de posse como novo presidente daquele sindicato (SMMP) e dos respetivos órgãos sociais da estrutura, criada há mais de 40 anos, para o triénio de 2021/2024, cerimónia que decorreu no Centro de Estudos Judiciários, em Lisboa.

Quanto aos “vários sinais, internos e externos” que a todos deve preocupar, Adão Carvalho assinalou o uso de instrumentos de regulamentação interna que contrariam a Constituição, o Estatuto do MP e as leis vigentes, as quais “pretendem transformar o MP num corpo de funcionários que cumpre e obedece a ordens da hierarquia, que pode condicionar livremente as investigações em curso”.

Esta situação, alerta, comporta “um elevado risco de instrumentalização por parte do poder político, aproximando o modelo português, tido ao nível europeu como moderno e menos permeável à influência política, dotado de autonomia e independência próprios de uma verdadeira magistratura, num modelo mais funcionalizado e permeável a interferências externas”.

Para o novo presidente do SMMP, isto só acontece porque o MP está a exercer as funções que lhe foram constitucionalmente atribuídas, orientado unicamente por critérios de estrita legalidade e objetividade e, “incomodando, interesses instalados que nutrem uma especial vontade de conformar o MP dentro de uma esfera de controlo”.

“São vários os sinais, internos e externos, que nos devem preocupar, não só aos magistrados, mas à sociedade em geral, e que põe em causa o princípio da separação de poderes e o próprio Estado de direito democrático”, enfatizou, prometendo que o SMMP tudo fará para defender a autonomia do MP, garantia de um Estado de direito democrático e de uma justiça igual para todos.

Segundo o recém-eleito presidente, o SMMP vê “com preocupação o autismo evidenciado pela procuradora-geral da República (PGR), o seu distanciamento e desinteresse pelos magistrados do MP e pelas suas principais preocupações, de que parece sinal evidente o facto de não ter comparecido, nem se ter feito representar na cerimónia de tomada de posse do único organismo representativo dos magistrados do MP”.

Para Adão Carvalho, também não é compreensível que a PGR “se quede no silêncio, num momento em que o MP é alvo de críticas à sua atuação, e não cumpra o dever estatutário de informação que sobre a mesma impende, esclarecendo a opinião pública de que o MP é uma magistratura, dotada de autonomia, não instrumentalizável, e cuja atuação assenta unicamente em critérios de estrita legalidade e objetividade, e que quando acusa o faz sustentadamente e não de forma leviana ou fantasiosa, sobretudo quando está em causa a confiança num departamento integrado na própria estrutura orgânica da PGR”.

Nesta crítica, o presidente do SMMP, embora sem o mencionar diretamente, aludia à falta de resposta da PGR às adjetivações feitas pelo juiz Ivo Rosa na recente decisão instrutória do processo Operação Marquês, que reduziu e alterou substancialmente a acusação deduzida pelos procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), entidade com ligação próxima e direta à PGR.

Por outro lado, argumentou que, em vários domínios se assiste ao “assomar do populismo, ao recurso a clichés e lugares-comuns, ao recurso à manipulação intencional de informação e à propalação de afirmações inverídicas que colocam em crise” as instituições democráticas e o próprio Estado de direito.

Segundo Adão Carvalho, existe hoje um “assentimento quase unívoco” sobre a ideia de que só com um judiciário “independente, responsável e mais transparente, a par de uma imprensa independente e de uma sociedade civil informada”, se conseguirá realizar os pressupostos de um verdadeiro Estado de direito.

“Incumbe ao Estado (…)o dever de definir uma política pública de justiça assente num conceito que potencie a Justiça como um valor, feita com mais qualidade e feita com mais rapidez. Para que tal seja conseguido impõe-se que se simplifiquem as estruturas judiciárias e que se torne o sistema judiciário entendível pelas pessoas”.

O dirigente sindical manifestou ainda intenção firme de colaborar, com a Procuradoria-Geral da República, Conselho Superior do MP, Ministério da Justiça e todos os representantes dos diversos operadores judiciários na melhoria do sistema de justiça, no encontro das melhores soluções para garantir um efetivo acesso à justiça e a uma justiça de qualidade e em tempo razoável.

“Para atingirmos tal desiderato torna-se imperativo um quadro de magistrados do MP adequado ao volume de serviço, especialização e funções que lhe são cometidas”, contrapôs, lembrando que o quadro de magistrados do MP ao longo dos anos “não foi sendo reposto”, encontrando-se hoje numa situação de “insuficiência notória”.

Defendeu também que uma magistratura que se quer autónoma tem de “estar ainda dotada dos meios e recursos necessários ao exercício eficiente das suas funções e não estar dependente da boa vontade do poder político para o efeito”.

“Seis anos volvidos da reforma judiciária cumpre ainda refletir criticamente sobre a sua implementação prática”, desafiou, alegando que se multiplicaram no seio do MP estruturas hierárquicas de gestão, como os procuradores-gerais regionais, coordenadores de comarca e coordenadores setoriais, sendo que muitas vezes a sua atividade se basta e esgota na elaboração de relatórios e mapas estatísticos, “sobrecarregando os magistrados constantemente com pedido de números e mais números”.

Observou que esta “cultura organizacional que se tem instalado (no MP) não é de motivação, mas de intimidação”.

“O que é relevante para estas estruturas de gestão do MP é apresentar uma diminuição de pendências e não assegurar uma justiça melhor e mais eficiente”, criticou.

O SMMP, disse, vai pugnar pela transparência e rigor nos movimentos de magistrados, no acesso a comissões de serviço, na seleção dos inspetores e coordenadores de comarca, na progressão à categoria de procurador-geral adjunto e no uso de instrumentos de mobilidade.

NACIONAL

FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS VÃO CONTINUAR COM AS GREVES APÓS REUNIÃO COM O GOVERNO

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, assegurou hoje que as greves nos tribunais “estão para ficar”, após uma reunião com a nova ministra da Justiça que não trouxe nada de novo.

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O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, assegurou hoje que as greves nos tribunais “estão para ficar”, após uma reunião com a nova ministra da Justiça que não trouxe nada de novo.

“Nada. Boa vontade, conhecimento da situação, a afirmação de que o Governo está empenhado em encontrar uma solução, mas a solução que nós apontamos – que é a tal solução de emergência e que se impõe para evitar o fecho de tribunais -, a senhora ministra disse que não tem ainda condições para assumir e ficou por designar uma próxima reunião de trabalho, que não tem data. Levar-nos-á a manter efetivamente a nossa luta”, afirmou.

António Marçal falava aos jornalistas à saída da primeira reunião no Ministério da Justiça, em Lisboa, com a nova titular da pasta, Rita Júdice, e mostrou-se descontente com a falta de respostas para os problemas imediatos desta classe profissional, que há mais de um ano tem efetuado diversas greves e que causaram o adiamento de milhares de diligências e atos processuais.

“As greves estão para ficar enquanto o Governo quiser”, reiterou o presidente do SFJ, continuando: “Nós manteremos as formas de luta até haver não uma alteração do discurso, mas uma alteração da prática. É isso que nós assumimos. Estamos disponíveis para ser parte da solução, para encontrar soluções que sirvam não só os interesses dos trabalhadores, mas os interesses do país e para que a justiça funcione melhor. Mas isso significa que da parte do poder político tem de haver uma ação concreta”.

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NACIONAL

TRANSPLANTE PULMONAR JÁ SALVOU A VIDA A 400 PACIENTES EM PORTUGAL

Os novos pulmões de Paulo Fradão foram transplantados há sete anos no Hospital Santa Marta, dando-lhe “uma segunda vida”, tal como aos 400 doentes que, desde 2001, foram submetidos a esta intervenção que os livrou da morte iminente.

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Os novos pulmões de Paulo Fradão foram transplantados há sete anos no Hospital Santa Marta, dando-lhe “uma segunda vida”, tal como aos 400 doentes que, desde 2001, foram submetidos a esta intervenção que os livrou da morte iminente.

“Eu tive o privilégio de ter uma segunda vida. Acho que pouca gente tem o privilégio de poder dizer isso, mas eu digo”, afirmou orgulhoso à agência Lusa no dia em que a Unidade Local de Saúde São José — Hospital Santa Marta assinala numa cerimónia, em Lisboa, os 400 transplantes pulmonares em Portugal.

Aos 37 anos, Paulo Fradão foi diagnosticado com doença pulmonar obstrutiva crónica e bronquiectasia (uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios) que o levaram em 1998 a uma consulta no Hospital Egas Moniz, onde a médica lhe disse que o seu problema só se resolveria com um transplante dos dois pulmões.

Na altura, a maior parte dos transplantes eram feitos na Galiza, em Espanha. Paulo foi fazendo fisioterapia, esteve algumas vezes internado, até que, em 2005, a doença agravou-se de “uma forma brutal” e passou a usar oxigénio 24 horas por dia.

“De consulta em consulta, de infeção em infeção”, foi conseguindo manter-se e ao fim de 12 anos a usar oxigénio a pneumologista que o acompanhava disse-lhe que era “a altura ideal” para o propor para transplante.

“Disse-me que já se faziam em Portugal com algum sucesso no Hospital de Santa Marta”, a única instituição que realiza transplante pulmonar em Portugal.

Esteve três anos em lista de espera, sendo que no segundo ano, mais precisamente no dia 30 de agosto de 2016, recebeu uma chamada da mulher a dizer: “Ligaram do Santa Marta e acho que têm os pulmões para ti”.

“Fiquei muito nervoso porque tinha muita ansiedade, muito medo de ser transplantado”, o que acabou por não acontecer naquele dia porque tinha estado “numa patuscada” e exagerou “um bocadinho mais na cerveja”.

O transplante dos dois pulmões acabou por acontecer no ano seguinte, no dia 31 de maio, com Paulo já mentalizado que teria de “enfrentar o transplante”.

Paulo Fradão disse que está reformado, mas tem “uma vida superativa: Brinco, faço natação, faço caminhadas diariamente, menos ao domingo, desde o dia em que tive alta do hospital”.

O coordenador da Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Marta, Paulo Calvinho, disse à Lusa que os 400 transplantes pulmonares realizados em Portugal representam “a maturidade de um programa e a maturidade de uma prática”.

“Não estamos a comemorar os 400 [transplantes], estamos a comemorar na realidade toda uma história”, disse o cirurgião torácico que, juntamente com a pneumologista Luísa Semedo, dirige a Unidade de Transplantação Pulmonar.

Paulo Calvinho recordou que o primeiro transplante cardiopulmonar foi realizado em Portugal, em 1991, pelo médico Rui Bento. Houve depois um interregno e, em 2001, o médico Henrique Vaz velho fez o primeiro transplante pulmonar.

Em 2007, o cirurgião cardiotorácico José Fragata e o especialista Fernando Martelo reorganizaram o programa de transplante pulmonar no sentido de dar-lhe “a consistência e a profissionalização que é necessário num programa desta exigência”.

Segundo Paulo Calvinho, foi a partir desta data que “o programa tem vindo a crescer de forma sistemática e consistente”, estando o centro a fazer neste momento cerca de 40 transplantes por ano, atingindo o máximo em 2023, com 44 transplantes.

Entre os 400 doentes transplantados, em que o mais novo tinha 13 anos e o mais velho 70 anos, estão três casos de pacientes que não tinham histórico de doença pulmonar, mas que a covid-19 lhes estragou os pulmões e tiveram que fazer transplante, disse o especialista.

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