REGIÕES
VILA NOVA DE FOZ CÔA: ARQUEÓLOGOS DESCOBREM NOVAS GRAVURAS COM 12 MIL ANOS
Arqueólogos da Fundação Côa Parque colocaram a descoberto a gravura de uma cabra montesa numa placa de xisto com cerca de 12.000 anos, durante prospeções no Parque Arqueológico do Côa, avancou esta sexta-feira a presidente daquela entidade, Aida Carvalho.

Arqueólogos da Fundação Côa Parque colocaram a descoberto a gravura de uma cabra montesa numa placa de xisto com cerca de 12.000 anos, durante prospeções no Parque Arqueológico do Côa, avancou esta sexta-feira a presidente daquela entidade, Aida Carvalho.
Esta placa de xisto agora descoberta, representa uma cabra montesa que foi identificada um novo sítio com arte móvel no território do Parque Arqueológico do Vale do Côa, no concelho de Foz Côa, distrito da Guarda.
“Durante trabalhos de prospeção, a equipa de arqueologia da Fundação Côa Parque, juntamente com os estagiários de doutoramento Tania Mosquera Castro, da Universidade de Santiago de Compostela, e Ignacio Triguero, da Universidade de Alcalá de Henares, em Espanha, identificaram uma placa de arte móvel com a representação de uma cabra montesa, num novo sítio arqueológico do Vale do Côa”, explicou a responsável.
Segundo os investigadores, a arte móvel é um tipo de arte paleolítica que se inscreve em suportes de pequeno tamanho (pedra, osso, haste ou marfim), passíveis de serem transportados.
“A placa de xisto encontra-se queimada e apresenta numa das faces a representação dos quartos dianteiros do que parece ser uma pequena cabra montesa, que segue um segundo animal de maior tamanho, cuja cauda curta e encurvada sugere tratar-se de um veado ou de uma cerva, ao qual falta a cabeça devido a fratura do suporte”, explicou o diretor científico da fundação, Thierry Aubry.
De acordo com o especialista em arte rupestre, estas figuras apresentam os corpos muito geometrizados e são gravadas por incisão, o seu interior encontra-se totalmente preenchido por linhas igualmente incisas, um tipo de preenchimento a que os arqueólogos chamam “preenchimento estriado”.
Aubry realçou que, apesar de se tratar de um achado de superfície, o estilo das representações remete para a fase “azilense da Arte do Côa”, com uma cronologia de cerca de 12.000 anos atrás.
Este novo sítio está localizado nas proximidades do Museu do Côa e foi identificado em 2018, graças à descoberta de blocos de quartzo utilizados na construção de fogueiras e vestígios de pedra lascada deixados pelos últimos grupos paleolíticos do Vale do Côa.
“O sítio localiza-se numa pequena plataforma localizada no Vale de José Esteves, por onde corre uma ribeira afluente da margem esquerda do Rio Douro”, explicou o também arqueólogo.
“Futuros trabalhos no local poderão vir a esclarecer melhor a datação da placa e o seu contexto de utilização”, vincou Thierry Aubry.
A arte do Côa foi classificada como Monumento Nacional em 1997 e, em 1998, como Património da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
Como uma imensa galeria ao ar livre, o Vale do Côa apresenta mais de 1.200 rochas, distribuídas por 20 mil hectares de terreno com manifestações rupestres, sendo predominantes as gravuras paleolíticas, executadas há mais de 25.000 anos, e distribuídas por quatro concelhos: Vila Nova de Foz Côa, Figueira de Castelo Rodrigo, Pinhel e Meda.

REGIÕES
BISPO DO PORTO ENTREGA LISTA DE EVENTUAIS ABUSADORES À PGR E AO VATICANO
O bispo do Porto entregou à Procuradoria-Geral da República e ao Vaticano ‘toda a informação’ sobre os eventuais abusadores indicados pela Comissão Independente, foi hoje anunciado.

O bispo do Porto entregou à Procuradoria-Geral da República e ao Vaticano “toda a informação” sobre os eventuais abusadores indicados pela Comissão Independente, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a Diocese do Porto adianta que o bispo do Porto, Manuel Linda, “fiel ao princípio da tolerância zero perante os abusos sexuais de menores”, entregou, a 10 de março, à Procuradoria-Geral da República a lista dos eventuais abusadores, “tal como a recebeu da Comissão Independente”.
A Diocese do Porto acrescenta ainda que Manuel Linda entregou “pessoalmente” a informação no Dicastério para a Doutrina da Fé [entidade da Igreja Católica juridicamente competente para tratar os casos de abusos sexuais de menores].
“O Dicastério informou que, após análise mais detalhada, transmitirá ao bispo do Porto as orientações que considerar oportunas”, acrescenta a diocese, que, assegura, “fará o que estiver ao seu alcance para dar prioridade às vítimas e para que seja erradicado este trágico fenómeno dos abusos”.
Em 16 de março, a Diocese do Porto anunciou ter afastado temporariamente três padres suspeitos de abusos sexuais de menores de toda a atividade pastoral.
“No âmbito da investigação interna sobre os nomes constantes da lista de suspeitos fornecida pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, o bispo do Porto [Manuel Linda] decidiu afastar temporariamente três sacerdotes diocesanos de toda a atividade pastoral”, referiu, em comunicado.
A decisão foi tomada depois de, a 10 de março, a diocese anunciar ter recebido uma lista de 12 suspeitos de abusos sexuais de menores, sete dos quais são padres no ativo, prometendo suspendê-los preventivamente se “aparecerem indícios fiáveis” dos crimes.
Além destes setes padres no ativo, quatro já morreram e um já não pertence à diocese, esclareceu, na altura.
“Por informação oral do Grupo de Investigação Histórica, ficou-se a saber que as denúncias se reportam às décadas de setenta e oitenta”, referiu.
A Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais na Igreja Católica validou 512 testemunhos, apontando, por extrapolação, para pelo menos 4.815 vítimas. Vinte e cinco casos foram enviados ao Ministério Público, que abriu 15 inquéritos, dos quais nove foram arquivados.
Os testemunhos referem-se a casos ocorridos entre 1950 e 2022, o espaço temporal abrangido pelo trabalho da comissão.
No relatório, divulgado em fevereiro, a comissão alertou que os dados recolhidos nos arquivos eclesiásticos sobre a incidência dos abusos sexuais “devem ser entendidos como a ‘ponta do iceberg’” deste fenómeno.
A comissão entregou aos bispos diocesanos listas de alegados abusadores, alguns ainda no ativo.
REGIÕES
LISBOA: ESTUDANTES CONTRA OS PREÇOS ‘INSUPORTÁVEIS’ DO ALOJAMENTO
Os custos de alojamento estão a tornar-se cada vez mais insuportáveis para os estudantes, alertou hoje um representante estudantil do Técnico, que denuncia condições, por vezes, indignas a que os universitários se sujeitam para estudar em Lisboa.

Os custos de alojamento estão a tornar-se cada vez mais insuportáveis para os estudantes, alertou hoje um representante estudantil do Técnico, que denuncia condições, por vezes, indignas a que os universitários se sujeitam para estudar em Lisboa.
No Dia Nacional do Estudante, que se assina hoje, a entrada para o Instituto Superior Técnico (IST) da Universidade de Lisboa foi ocupada por dezenas de tendas vazias que representam, cada uma, as condições precárias de habitação a que milhares de estudantes estão sujeitos.
“É um dos maiores flagelos do ensino superior”, disse à Lusa o presidente da Associação de Estudantes do IST que quis destacar, de entre as diferentes dificuldades enfrentadas, o problema do alojamento estudantil.
Sublinhando o contexto específico da capital, Bernardo Santos relata que muitos colegas pagam mais de 400 euros por um quarto ou mais de 750 euros por um estúdio sem qualquer mobília. Quase como uma tenda.
De acordo com o representante estudantil, apenas 8% dos estudantes deslocados da Universidade de Lisboa tiveram acesso a cama numa residência estudantil. Os restantes “tiveram de se sujeitar a arrendamento completamente desregulado e a condições muitas vezes indignas para poder frequentar o ensino superior”.
Mas no atual contexto de aumento da inflação e, sobretudo, do custo da habitação, muitos alunos que se aproximam mas não cumprem o limiar de elegibilidade para bolsas de estudo, acabam por desistir porque “não têm sustentabilidade financeira para conseguirem permanecer no ensino superior”.
“O arrendamento está cada vez mais insuportável”, alertou Bernardo Santos, acrescentando que o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior, apesar de representar “uma grande conquista”, é insuficiente.
“O ensino superior não pode esperar que haja sucessivos adiamentos deste plano que é crucial para a possibilidade de estudantes frequentarem o ensino superior”, sublinhou, recordando que a meta mais recente do Governo é duplicar a oferta de camas até 2026, mas inicialmente havia o compromisso de criar 12 mil camas entre 2019 e 2022.
“Elogiamos a existência deste plano, mas o seu não cumprimento é mais um motivo para nos pronunciarmos”, referiu Bernardo Santos, lamentando que os estudantes sejam “reiteradamente desvalorizados”.
Essa desvalorização, acrescentou, está também refletida no plano “Mais Habitação” anunciado pelo Governo, em que o representante dos estudantes nota a ausência de medidas que protejam os jovens.
-
DESPORTO DIRETO2 semanas atrás
DIRETO: FC PORTO X INTER DE MILÃO (20:00)
-
REGIÕES2 semanas atrás
MAIA: MULHER MORTA A TIRO PELO EX-MARIDO EM PEDROUÇOS
-
REGIÕES2 semanas atrás
FENÓMENO: BOLA DE FOGO ATRAVESSA O CÉU DE PORTUGAL E GALIZA (ESPANHA)
-
ECONOMIA & FINANÇAS1 semana atrás
PRAZO PARA RECLAMAR DAS FATURAS DE DESPESAS GERAIS FAMILIARES COMEÇA HOJE
-
DESTAQUE2 semanas atrás
PORTO: REQUALIFICAÇÃO DA PONTE D. LUÍS I APROXIMA-SE DO FINAL
-
DESPORTO1 semana atrás
LIGA EUROPA: SPORTING ELIMINA ARSENAL NOS PENÁLTIS E ESTÁ NOS ‘QUARTOS’
-
DESPORTO1 semana atrás
SPORTING JOGA HOJE O SEU FUTURO NA LIGA EUROPA
-
INTERNACIONAL1 semana atrás
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL EMITE MANDADO DE CAPTURA A VLADIMIR PUTIN