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VILA POUCA DE AGUIAR: NEVE ALTERA ROTINAS NAS ALDEIAS DO ALVÃO

Na aldeia da Lixa do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, Matilde brincava esta manhã com bolas de neve, o vizinho Luís Carvalho limpava a entrada de casa e, no café, juntaram-se produtores que deixaram o gado nos currais.

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Na aldeia da Lixa do Alvão, em Vila Pouca de Aguiar, Matilde brincava esta manhã com bolas de neve, o vizinho Luís Carvalho limpava a entrada de casa e, no café, juntaram-se produtores que deixaram o gado nos currais.

Com a paisagem pintada de branco por causa da intensa queda de neve, hoje alteraram-se rotinas nesta aldeia da serra do Alvão, concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.

No quintal da casa de Domingos Fernandes, Matilde, com 5 anos, fazia bolas de neve que atirava contra um vizinho.

À agência Lusa, a menina disse que é a primeira vez que faz bolas de neve e que está a gostar muito, e contou que não sente frio porque traz luvas.

A menina é afilhada da mulher de Domingos Fernandes e hoje não tem aulas, ficando por isso na sua casa durante o dia todo.

Logo pela manhã a Proteção Civil de Vila Pouca de Aguiar anunciou que as escolas do concelho estão fechadas por “não existirem condições” para a circulação em segurança de transportes escolares, devido à neve e ao gelo.

Domingos é funcionário da junta do Alvão e hoje também não foi trabalhar. “Assim nem as carrinhas podem andar, não há condições para trabalhar”, frisou.

Na casa ao lado, Luís Carvalho limpava a entrada para tirar o carro da garagem e ir lá em baixo, à vila, buscar a neta de 11 anos, porque também não tem aulas hoje e os pais têm de trabalhar.

“Já estava assim tudo branquinho ontem à noite (terça-feira). Agora estou aqui a arrumar um bocadito de neve. Gosto da neve e a neve faz falta”, referiu.

No outro lado da estrada, no café “Ponto de Encontro”, muitos populares aproveitaram para se aquecer e pôr a conversa em dia.

Um deles foi Fernando Ferreira da Silva que trabalha na construção civil e é produtor de gado. Por causa da neve, hoje alterou a rotina diária.

Não foi trabalhar e as ovelhas ficaram na corte porque, lá fora, “não têm nada para comer”.

Também o produtor Luís Reguengo deixou as ovelhas no curral, onde já deixou o feno para as alimentar.

“Á tarde, vamos ver se isto derrete, mas por enquanto ficam na corte”, frisou.

Hoje, a distribuição de pão foi mais difícil por causa das condições das estradas, com neve e gelo, mas mesmo assim o padeiro António Machado cumpriu a rota de 110 quilómetros e 15 aldeias.

A conduzir “devagarinho” e até a ir a pé, em alguns locais.”Era mais o gelo, a carrinha começa a patinar e tinha que encostar, mas fui a todo o lado”, contou à Lusa.

A distribuição começou às 02:00 e terminou por volta das 10:00, uma rotina que cumpre há cerca de 25 anos e, por isso, são muitas as memórias de grandes nevões, em que a neve acumulava “meio metro a um metro”.

Nesta aldeia foram vários os populares que recordaram os “grandes nevões de antigamente”.

“Em 68 tivemos aqui um mês de neve”, contou Luís Reguengo.

Duarte Marques, coordenador da Proteção Civil Municipal, disse que, por causa das condições meteorológicas adversas, neve acumulada e formação de gelo, o Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar, que contempla a totalidade dos espaços escolares do concelho (Vila Pouca de Aguiar, Pedras Salgadas), “está encerrado por não existirem condições para a circulação em segurança de transportes escolares”.

“O transporte de alunos envolve muitas viaturas, são muitas aldeias no concelho e muitas delas situam-se em áreas de montanha, em que as estradas foram muito atingidas pelas condições meteorológicas”, explicou.

O responsável afirmou que, pelo concelho, há estradas com dificuldades de circulação, mas apontou que as principais artérias que atravessam o concelho estão transitáveis.

Por isso mesmo, adiantou, os serviços de Proteção Civil irão também apoiar, se for necessário, a distribuição de refeições que é feita pelas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), no âmbito do serviço de apoio domiciliário.

A neve que pintou de branco vários concelhos do distrito de Vila Real levou hoje à suspensão de aulas em municípios como Vila Pouca de Aguiar e Montalegre, bem como dos transportes escolares em Boticas e duas freguesias de Ribeira de Pena.

Portugal continental está desde segunda-feira a ser afetado pela depressão Fien, responsável pelo agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias com previsão de baixas temperaturas, chuva, vento forte e agitação marítima, tendo sido emitidos avisos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Para o distrito de Vila Real foi emitido um aviso amarelo devido à queda de neve entre terça-feira e hoje.

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LISBOA: AUTARQUIA “PREOCUPADA” COM O AUMENTO DE SEM-ABRIGO EM ARROIOS

A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

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A Câmara de Lisboa aprovou esta quarta-feira um voto de preocupação sobre o aumento de pessoas em situação de sem-abrigo no largo da Igreja dos Anjos, em Arroios, e sobre os obstáculos que enfrentam para a regularização em Portugal.

Em reunião pública do executivo municipal, o voto foi apresentado pela vereadora do Bloco de Esquerda (BE), Beatriz Gomes Dias, e foi aprovado por unanimidade.

Entre as pessoas em situação de sem-abrigo a pernoitar no largo da Igreja dos Anjos, a vereadora do BE destacou a existência de 30 migrantes timorenses, lembrando a proposta que apresentou e que foi aprovada para a criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência de cidadãos timorenses, através de uma resposta nas áreas de habitação, trabalho, saúde e educação.

Apresentada há mais de um ano, essa proposta foi aprovada em fevereiro, com sete votos contra da liderança PSD/CDS-PP e 10 votos a favor, nomeadamente três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

Nessa altura, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), justificou o voto contra a proposta do BE com o apoio dado pelo município aos cidadãos timorenses através do centro de acolhimento de emergência na freguesia lisboeta de Campolide, criado em março de 2022 para acolher refugiados ucranianos e que encerrou em 30 setembro de 2023.

Sofia Athayde disse que foram apoiadas “172 pessoas” no centro de acolhimento de emergência de Campolide, foi feito um ponto de situação passado três meses e foi registado “97% de sucesso de automatizados”, referindo que as equipas estão a acompanhar 15 cidadãos timorenses que estão a pernoitar na Praça da Figueira e nove na Praça do Martim Moniz, no sentido de os integrar.

No voto de preocupação apresentado esta quarta-feira, o BE reforçou que “continua válida” a proposta de criação de um projeto municipal de acolhimento de emergência “ITA HOTU HAMUTUK – todos juntos”, para apoio e acompanhamento das pessoas timorenses que chegaram nos últimos meses à cidade de Lisboa, através da disponibilização de condições de habitação, trabalho, saúde e educação.

Além disso, o voto alerta para obstáculos que os cidadãos estrangeiros enfrentam para a regularização em Portugal, inclusive devido à decisão da Junta de Freguesia de Arroios de exigir um título de autorização de residência válido (arrendamento ou compra de casa) para emitir atestados de residência.

No âmbito da votação, o vereador do PCP João Ferreira disse que à câmara se pede mais do que manifestar preocupação e defendeu que esta situação “carece de uma intervenção social”, pelo que o município deve intervir “o mais rapidamente possível”.

Acompanhando a preocupação, o presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), deixou um voto de louvor ao trabalho que está a ser feito todos os dias na resposta às pessoas em situação de sem-abrigo, sublinhando que “a preocupação é de todos”.

A vereadora do BE reforçou que a câmara tem de concretizar a proposta de criação de um programa municipal para dar resposta às “pessoas timorenses que se encontravam em situação de sem-abrigo em outubro de 2022 e que continuam a encontrar-se em situação de sem-abrigo agora em março de 2024”.

Atualmente, o executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) — que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta —, três do PS, dois do PCP, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), um do Livre e um do BE.

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REGIÃO OESTE INTEGRADA NA REDE MUNDIAL DE GEOPARQUES DA UNESCO

A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

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A região Oeste é um dos 18 novos sítios mundiais que passaram a integrar a Rede Mundial de Geoparques da UNESCO, confirmou esta quarta-feira a organização.

O Geoparque Oeste passa a ser o sexto em Portugal e um dos 213 em todo o mundo.

Em comunicado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) destaca a costa marítima da região Oeste, com 15 quilómetros de praias, arribas compostas por camadas geológicas com 230 milhões de anos e as tradições ligadas à pesca.

A UNESCO faz ainda referência ao património paleontológico, com mais de 180 jazidas, nas quais foram descobertas 12 espécies e dois dos 12 ninhos fossilizados com embriões de dinossauro existentes em todo o mundo.

“É a primeira pedra de um legado para as futuras gerações, pois passarão a olhar para o seu património natural e local como algo de excecional e único,” afirma João Serra, representante do município da Lourinhã na direção da associação, citado numa nota de imprensa da Associação Geoparque Oeste.

Também citado na nota, o coordenador executivo do Geoparque Oeste, Miguel Reis Silva, sublinha que a candidatura faz parte da estratégia de desenvolvimento regional alicerçada na geologia, na biodiversidade, na história, na preservação e promoção das tradições e dos costumes que constituem a identidade da região.

A UNESCO designou esta quarta-feira 18 novos geoparques localizados no Brasil, China, Croácia, Dinamarca, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Polónia, Portugal e Espanha, entre os quais o Geoparque Oeste.

O Geoparque Oeste é gerido pela AGEO — Associação Geoparque Oeste, constituída em 2018 pelos municípios do Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Peniche e Torres Vedras.

Em 2020, a equipa técnica iniciou a investigação de sítios, atividades e programas turísticos que fundamentaram a candidatura apresentada formalmente em 2022 à Rede Mundial de Geoparques.

Além do Geoparque, o Oeste possui outras chancelas da UNESCO: as Berlengas — Reserva da Biosfera, Caldas da Rainha — Cidade Criativa do Artesanato e Artes Populares, o Mosteiro de Alcobaça – Património Mundial da UNESCO e Óbidos Cidade Criativa da Literatura.

A região Oeste integra os concelhos de Alcobaça, Nazaré, Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral (distrito de Leiria), Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Alenquer e Arruda dos Vinhos (distrito de Lisboa).

A Rede de Geoparques Mundiais da Unesco foi criada em 2004 e conta atualmente com 213 geoparques distribuídos por 48 países do mundo.

Em Portugal, o Oeste junta-se a mais cinco geoparques: Naturtejo, Arouca, Açores, Terras de Cavaleiros e Serra da Estrela.

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