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VILA REAL: 13 SUSPEITOS DE BURLA A EMPREITEIROS VÃO A JULGAMENTO

Um homem de 35 anos começa a ser julgado a 13 de novembro, em Vila Real, por 30 crimes de burla qualificada contra empresários da construção civil e um ex-emigrante, num processo que envolve mais 12 arguidos.

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Um homem de 35 anos começa a ser julgado a 13 de novembro, em Vila Real, por 30 crimes de burla qualificada contra empresários da construção civil e um ex-emigrante, num processo que envolve mais 12 arguidos.

Fonte judicial disse hoje à agência Lusa que os 13 arguidos, que possuem idades compreendidas entre os 24 e os 60 anos, começam a ser julgados a 13 de novembro, no Tribunal de Vila Real, por um coletivo de juízes.

O principal arguido do processo está a aguardar julgamento em prisão preventiva e está acusado pelo Ministério Público (MP) de 30 crimes de burla qualificada, 15 crimes de branqueamento e 19 crimes de uso de documento de identificação.

De acordo com a acusação, conjuntamente com o cunhado, de 30 anos, pelo menos desde meados de 2021 até ser detido em novembro desse mesmo ano, o suspeito terá enganado vários empreiteiros da construção civil, a quem propunha o fornecimento de mão de obra para empreitadas, o que nunca foi concretizado.

O modo de atuar passava por consultar anúncios, em várias plataformas da Internet, através dos quais os empresários procuravam trabalhadores para obras a realizar em Portugal e em vários países da Europa.

Depois contactava os empreiteiros via telemóvel e referia que era encarregado (chefe de equipa) na área da construção civil, que possuía uma equipa de trabalhadores, em número que variava consoante o solicitado pelos anunciantes, podendo ser entre as três a 35 pessoas, e que estava na posse de viaturas para efetuar a deslocação de onde dizia que se encontrava até ao local de trabalho anunciado.

Em algumas situações dizia aos empresários, segundo o MP, que se encontrava no estrangeiro a passar dificuldades, sem dinheiro e sem casa onde ficar.

Aos empreiteiros enviava cartões de cidadão de terceiros, dizendo serem seus e das pessoas que compunham a sua equipa.

A acusação refere que, uma vez conseguido o dinheiro para a suposta viagem, ligava aos empresários para conseguir mais dinheiro, argumentando que tinha sido parado pela polícia nas fronteiras e precisava de realizar testes covid-19, ou que a viatura tinha avariado e precisava de ser reparada.

Por exemplo, num dos casos, após ter conhecimento, através de uma rede social, que um empresário precisava de mão de obra para obras a realizar na Alemanha, o suspeito contactou-o oferecendo os serviços da sua equipa e, para financiar a viagem, o empreiteiro fez uma transferência de 700 euros para a conta de uma das arguidas do processo, que ficou com 100 euros e transferiu o remanescente para uma conta indicada pelo arguido.

Segundo o MP, o alegado cabecilha desta rede é ainda suspeito de ter burlado um ex-emigrante no Luxemburgo em 16.800 euros, convencendo-o de que seria capaz de reaver uma verba da Segurança Social daquele país por conta de duas operações a que foi submetido e que seria também capaz de obter 1.600 euros de reforma para a sua esposa.

O contacto foi feito em maio de 2021, junto ao Hospital de Vila Real, tendo-se feito passar, em posteriores chamadas telefónicas com a vítima, por advogado e funcionário da Segurança Social luxemburguesa.

O MP diz que, durante o período de investigação, nem o principal arguido nem o seu cunhado desempenharam qualquer atividade remunerada, fosse esporadicamente ou de forma estável, custeando a sua habitação, água, eletricidade, alimentação ou transporte a partir dos rendimentos obtidos através das alegadas burlas.

Os restantes 12 elementos da rede são também suspeitos, em diferente número, de crimes como burla qualificada, branqueamento e uso de documento de identificação.

Alguns são acusados pelo MP de terem colaborado com os arguidos nas burlas, enquanto outros terão fornecido as suas contas bancárias para nelas receberem, e depois passaram para os arguidos, os montantes transferidos pelos empreiteiros e efetuarem ainda levantamentos de montantes vários que depois entregavam aos arguidos, reservando uma parte para os próprios.

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PORTO: METRO TRANSPORTOU MAIS DE MIL MILHÕES DE PASSAGEIROS EM 21 ANOS

A Metro do Porto transportou mais de mil milhões de passageiros desde a abertura da primeira linha há 21 anos, tendo já este ano superado o “recorde anual de procura”, com mais de 72 milhões de utilizadores.

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A Metro do Porto transportou mais de mil milhões de passageiros desde a abertura da primeira linha há 21 anos, tendo já este ano superado o “recorde anual de procura”, com mais de 72 milhões de utilizadores.

Num comunicado na sua página oficial, a Metro do Porto assinala os 21 anos de operação do sistema e a abertura, a 07 de dezembro de dezembro de 2002, do troço da linha Azul, que funcionava entre as estações da Trindade e do Senhor de Matosinhos.

Da abertura em 1999 do primeiro estaleiro de obra, em Campanhã, à inauguração da estação VC Fashion Outlet — Modivas, a última a ser criada em 2017, a rede estendeu-se ao longo de 67 quilómetros e 82 estações.

À linha Azul somaram-se mais cinco linhas (linha Vermelha, Verde, Amarela, Violeta e Laranja) e ao Porto e Matosinhos, juntaram-se os municípios de Vila Nova de Gaia, Maia, Gondomar, Vila do Conde e Póvoa do Varzim.

Desde então, foram registadas 1.031 milhões de validações e percorridos mais de 133 milhões de quilómetros, o equivalente a 3.325 voltas completas ao planeta Terra.

Durante estes 21 anos, a Metro do Porto destaca também “os assinaláveis ganhos ambientais”: menos 55 mil toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2) emitidas, mais de 200 mil metros quadrados de áreas verdes e mais de cinco mil árvores plantadas no âmbito de obras de requalificação complementares à rede.

Este ano “foi já superado o recorde anual de procura [de 2019], com mais de 72 milhões de pessoas a viajar a bordo dos veículos do metro”, revela a empresa.

“Mas se estes 21 anos nos enchem de satisfação pelos resultados averbados, é no futuro que se encontra o centro das nossas atenções”, refere a Metro do Porto, assinalando o término da empreitada de extensão da linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este no final deste ano e a conclusão da linha Rosa em 2024.

A Metro do Porto elenca também o arranque dos trabalhos de construção da linha Rubi, que ligará a Casa da Música e Santo Ovídio e implica a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro, e a inauguração do metroBus, entre a Boavista à Praça do Império e Rotunda da Anémona.

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SEIXAL: FALTA DE MÉDICOS DEIXA UNIDADE DE SAÚDE SEM ATENDIMENTO

O polo da Amora da unidade Via Verde Saúde Seixal, no distrito de Setúbal, vai estar sem atividade médica durante todo o mês de dezembro por falta de médicos, anunciou a instituição.

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O polo da Amora da unidade Via Verde Saúde Seixal, no distrito de Setúbal, vai estar sem atividade médica durante todo o mês de dezembro por falta de médicos, anunciou a instituição.

“Por carência extrema de médicos durante o mês de dezembro, fomos forçados a reformular a atividade da Via Verde Saúde Seixal”, explica a coordenadora da Via Verde Saúde Seixal, Alexandra Fernandes, num comunicado divulgado no ‘site’ da unidade.

Os constrangimentos afetam dois polos: Amora e Corroios.

No polo Amora não haverá atividade médica, mantendo-se apenas as atividades de enfermagem e no polo Corroios manter-se-ão apenas as atividades de enfermagem, as vigilâncias de saúde materna e infantil e a resposta médica a situações urgentes, dentro da capacidade existente.

“Esperamos poder retomar a atividade normal durante o mês de janeiro”, adianta a coordenadora.

A Via Verde Saúde Seixal, projeto inovador que recebeu uma menção honrosa no Prémio Boas Práticas em Saúde, foi criada em 2022, serve 45 mil utentes sem médico de família e foi recentemente apontado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, como modelo a replicar.

Para a Comissão de Utentes de Saúde do Concelho do Seixal, esta situação é muito preocupante e é uma consequência da falta de atratividade do Serviço Nacional de Saúde para os jovens médicos.

Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da comissão, José Lourenço, explicou que a unidade está a um oitavo das suas capacidades, o que torna impossível a assistência médica nos dois polos.

“Estamos preocupadíssimos”, disse, adiantando que em finais de novembro terminou o contrato dos médicos tarefeiros que prestavam serviço na unidade, ao abrigo de uma autorização especial, e entretanto não foram feitos novos contratos que precisam de autorização superior nomeadamente da Administração Regional de Saúde.

José Lourenço adiantou que este problema não se resolve com tarefeiros, mas sim com a fixação de médicos com boas condições salariais.

“Não há falta de médicos no país. O que não há é médicos no SNS porque não é atrativo. É bom que as pessoas deixem de maltratar os médicos. Era bom que entendessem que a luta dos médicos é para repor o poder de compra dos últimos 12 anos sem aumentos salariais e as condições que tinham até à altura da ‘troika'”, frisou.

A situação na Via Verde Saúde Seixal foi também denunciada pela Comissão Política de Secção do PSD Seixal, que em comunicado considera que o anuncio reveste-se de “extrema gravidade, dada a época do ano e as expectativas que foram criadas pelo Governo socialista em torno desta solução, que prometia resolver os problemas dos utentes sem médico de família”.

Para o PSD Seixal, o caso revela o estado de falência total do SNS e “coloca a nu as teses mais retrógradas e estatizantes da esquerda e da esquerda radical que, por preconceito ideológico, teimam em rejeitar a urgente e necessária concertação, entre o Estado, o setor social e o setor privado, que possa, de uma vez por todas, resolver os gravíssimos problemas de falta de meios materiais e humanos na área da saúde”.

No comunicado, o PSD Seixal afirma ter defendido uma aposta maciça nos cuidados de saúde primários, através de centros de saúde devidamente equipados, da reabertura dos Serviços de Atendimento Permanente e das urgências, e critica o executivo camarário comunista por “em vez de tomar medidas como contratar médicos” apostar “numa política de propaganda em redor de um hospital fantasma”, numa alusão ao Hospital do Seixal.

A construção do Hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009.

Em 29 de março, numa visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, o ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deveria ser lançado no último trimestre deste ano ou no inicio de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.

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