REGIÕES
VILA REAL: DEPUTADOS QUESTIONAM GOVERNO SOBRE TESTES COVID-19 NO DISTRITO
Os deputados do PSD eleitos por Vila Real questionaram hoje o Governo sobre quando e em que moldes serão realizados os testes de despistagem à covid-19 aos utentes e funcionários dos lares de idosos deste distrito.

Os deputados do PSD eleitos por Vila Real questionaram hoje o Governo sobre quando e em que moldes serão realizados os testes de despistagem à covid-19 aos utentes e funcionários dos lares de idosos deste distrito.
Luís Leite Ramos, Cláudia Bento e Artur Soveral Andrade afirmaram estar preocupados “com a dificuldade no acesso aos exames de rastreio da covid-19, especialmente junto dos utentes e colaboradores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e dos lares residenciais para idosos do distrito de Vila Real”.
Por isso mesmo, perguntaram à ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, através da Assembleia da República, sobre a data e os moldes em que será iniciada a realização dos testes de despistagem neste território.
Os parlamentares querem ainda saber qual o número de testes previsto, a que percentagem corresponde do total de utentes e funcionários dos lares de idosos do distrito de Vila Real, quem assegurará a realização destes testes e qual a data prevista para sua conclusão.
Os deputados lembraram que, no dia 30 de março, o Governo anunciou o lançamento de uma operação de testes em todos os lares de idosos dos concelhos de Lisboa, Aveiro, Évora, Guarda e que, um dia depois, o primeiro-ministro disse que esta seria a primeira etapa de uma operação cujo objetivo era o de o cobrir todo o país, a partir da passada segunda-feira.
“No entanto, e até à data, no distrito de Vila Real nada aconteceu e não existe qualquer informação sobre a data previsível e o modo como estes testes serão realizados aos utentes, funcionários e, eventualmente, aos seus familiares”, referiram os social-democratas.
Segundo os deputados, a “ausência de informação, bem como a reiterada falta de material de proteção e de testes, têm levado à tomada de posição pública por parte de vários autarcas e responsáveis de instituições da região”.
Na quarta-feira, o presidente da Comissão Distrital de Vila Real da Proteção Civil e da Câmara de Boticas, Fernando Queiroga, apelou para a necessidade premente de se proceder ao despiste da covid-19 em todos os utentes e colaboradores dos lares de idosos do distrito.
Fernando Queiroga alertou para a “injustiça” de não haver testes aos idosos em todo o país “por igual” e considerou que “toda esta situação é exemplificativa da forma como a região Norte e, em particular os concelhos do Interior do país, são sistematicamente discriminados e colocados numa segunda linha de atenção”.

DESTAQUE
VIANA DO VASTELO: HOSPITAL CONTRATA MÉDICOS “TEMPORÁRIOS” – FNAM
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) denunciou hoje o “biscate” utilizado pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) para suprir a falta de médicos motivada pela recusa em exceder as 150 horas de trabalho extraordinário anual.
AFNAM classifica de “biscate” o recrutamento de médicos através de um “concurso por intermédio de uma empresa de trabalho temporário para suprir as falhas que não quer resolver por via da contratação de mais médicos sem termo”.
“Depois da tentativa de escalar médicos que já tinham manifestado indisponibilidade para fazer mais do que as 150 horas extraordinárias anuais legalmente previstas, o conselho de administração da ULSAM tornou pública a contratação de médicos avulso, para dois turnos noturnos, das 20:00 às 08:00, por um período máximo de 728 horas, pagos a 35,5 euros, por hora”, lê-se num comunicado hoje emitido pela FNAM.
Para a FNAM, “o valor oferecido para pagar as consequências da falta de médicos é um insulto a quem tem alegado falta de verbas para concretizar um programa de emergência para fixar médicos e salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), atribuindo “a responsabilidade deste absurdo, exclusivamente, ao Ministério da Saúde e ao Governo”.
“Este valor é muito superior ao que ganham os médicos nos primeiros anos da especialidade, cujo valor por hora é de 16,52 euros, ou dos internos, cujo valor, por hora, varia entre 9,54 euros e 11,73 euros ou, mesmo de um médico no topo da carreira, em 42 horas com dedicação exclusiva, cujo valor, por hora, pode chegar até 32,45 euros, o mais alto da tabela salarial em vigor e, ainda assim, mais baixo do que o conselho de administração da ULSAM está a oferecer para resolver o problema da falta de médicos”, sustenta a FNAM.
A agência Lusa contactou o conselho de administração da ULSAM, mas ainda não obteve resposta.
Para a FNAM, “este é um episódio revelador do modelo de trabalho que o Governo e as administrações hospitalares querem generalizar no SNS”.
“O anúncio com a oferta de biscate na ULSAM, que denunciamos, concretiza aquilo que a FNAM tem vindo a denunciar: o Ministério da Saúde e o Governo, ao recusarem as propostas dos médicos para defender a carreira médica e o futuro do SNS, são os responsáveis pelo desenvolvimento de um modelo de trabalho precário, com contratações a termo, ferido de direitos e incapaz de construir as equipas que o SNS precisa para estar à altura das necessidades dos utentes”, acrescenta o comunicado.
Para a FNAM, trata-se de “um modelo de trabalho que mais não é do que um decalque do modelo empresarial das companhias de ‘low cost'”.
“Não é útil para a salvaguarda do SNS, nem tão pouco é capaz de ser económico, uma vez que o recurso a empresas de trabalho temporário para suprir tarefas regulares e fixas dos diferentes serviços de saúde do SNS implica gastar até cerca de três vezes mais por hora”, sustenta.
A FNAM adianta que “o Ministério da Saúde, o Governo e os conselhos de administração pretendem reduzir custos fixos com trabalhadores, mesmo que isso signifique gastar mais dinheiro, investindo numa contratação avulsa, desprovida de direitos e de projeto”.
“É uma escolha política, e os principais lesados são os utentes. Recusamos e combateremos um modelo de trabalho precário, onde são aplicadas métricas já obsoletas no universo de produção fabril, quanto mais aplicadas à prática clínica, e que, para cúmulo do absurdo, acabam por sair mais caras aos utentes, que ficam simultaneamente com menos SNS e com uma gestão danosa dos recursos públicos”, frisa.
A FNAM garante que não vai “ceder à pressão” e nem vai “recuar”: “Dizemos ‘somos todos Viana do Castelo’ e ‘somos todos SNS’, sendo que tudo faremos para evitar a transformação do SNS numa plataforma precária de serviços de saúde”.
A FNAM assegura que vai continuar a “mobilizar os médicos para que se recusem a exceder o limite legal das 150 horas de trabalho suplementar, exercendo a profissão e assistindo os utentes sem estarem condicionados pela exaustão”.
DESTAQUE
AMÉRICO AGUIAR NOMEADO BISPO DE SETÚBAL
O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).

O bispo auxiliar de Lisboa e futuro cardeal Américo Aguiar foi hoje nomeado bispo de Setúbal, informou a Conferência Episcopal portuguesa (CEP).
“O Papa Francisco nomeou hoje D. Américo Manuel Alves Aguiar como Bispo de Setúbal”, lê-se num comunicado da CEP.
Américo Aguiar, de 49 anos, tomará posse da sua nova diocese no dia 26 de outubro, data em que se completam 48 anos sobre a ordenação episcopal do primeiro bispo de Setúbal, Manuel Martins.
A diocese de Setúbal estava sem bispo titular desde o início de 2022, quando o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, foi nomeado bispo de Leiria-Fátima.
Américo Aguiar, que no próximo dia 30 de setembro será criado cardeal no consistório a realizar no Vaticano, é o quarto bispo de Setúbal, depois de Manuel Martins, Gilberto dos Reis Canavarro e José Ornelas.
Nascido em Leça do Balio, Matosinhos, em 12 de dezembro de 1973, Américo Aguiar foi ordenado padre em 2001 e bispo em 2019.
É presidente da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, tendo sido o principal rosto da organização do encontro mundial de jovens com o Papa, que se realizou em Lisboa entre 01 e 06 de agosto deste ano.
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