ECONOMIA & FINANÇAS
MILLENNIUM BCP VALE “QUASE” ZERO
Banco liderado por Nuno Amado está a viver um dos períodos mais difíceis dos últimos anos. A uma história marcada por guerras internas e polémicas constantes junta-se agora uma batalha que pode deixar as ações muito perto do zero. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Há uma semana, tudo estava calmo no BCP. Os problemas na Polónia pareciam estar a caminho da resolução pacífica, as históricas dificuldades na Grécia eram uma miragem e os investidores promoviam um período de paz nos mercados apoiado pelo bom ambiente interno.
No espaço de alguns dias, um vendaval de rumores mudou tudo e mergulhou o Millennium num mar de dúvidas que está a deixar até a CMVM em maus lençóis.
Tudo começou com uma notícia do Jornal de Negócios: o económico nacional garantiu que o BCP estava interessado no Novo Banco e entretanto surgiram mais dados que parecem indicar que a vontade de comprar é real. Ao contrário do que seria de esperar, os investidores do Millennium mostraram-se pessimistas com o pedido de informações.
Apreensivos com as dificuldades financeiras não resolvidas e com a instabilidade crescente, os acionistas mostraram sinais de inquietação e os especuladores atacaram. As vendas a descoberto tornaram-se um vírus para os títulos do Millennium BCP e a CMVM viu-se forçada a bloquear este tipo de transações, o famoso ‘shortselling’ (o investidor vende uma ação que não detém com o compromisso de a voltar a comprar mais tarde, esperando ganhar dinheiro com uma queda dos títulos).
O congelamento acabou por limitar as perdas depois de uma queda de 10% no dia seguinte à divulgação da notícia no Negócios, mas entretanto voltou o pessimismo e o regulador dos mercados anunciou novo bloqueio às vendas a descoberto “por um período adicional de dois dias de negociação”, ou seja até quarta-feira.
Depois das perdas imparáveis nos últimos dias da semana passada, agravadas pelo colapso de quase 8% na sessão de ontem, o Millennium BCP espera que a segunda intervenção da CMV no espaço de uma semana seja suficiente para estancar a hemorragia.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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