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NACIONAL

VISITAS AOS LARES PERMITIDAS A PARTIR DE HOJE

As visitas a idosos em lares voltam a estar autorizadas a partir de hoje, um regresso há muito pedido pelas IPSS, mas que as Misericórdias consideram precoce, apesar das limitações impostas, e há quem reconheça não estar preparado.

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As visitas a idosos em lares voltam a estar autorizadas a partir de hoje, um regresso há muito pedido pelas IPSS, mas que as Misericórdias consideram precoce, apesar das limitações impostas, e há quem reconheça não estar preparado.

A reabertura dos lares a visitas de familiares a idosos foi anunciada a 11 de maio, pela Direção-Geral da Saúde (DGS) numa orientação publicada na sua página oficial, na qual se determinava ainda as regras a que as visitas teriam que obedecer: uma visita por semana por cada idoso, com uma duração máxima de 90 minutos, com agendamento prévio para garantir higienização das instalações entre visitas, distanciamento físico, uso obrigatório de máscara para os visitantes, proibição de levar objetos ou alimentos para dentro dos lares e organização de um registo de visitantes nas instituições.

A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, reconheceu que no “país assimétrico” que é Portugal poderia haver necessidade de adiar algumas reaberturas, mas garantiu que a maioria dos lares estaria preparada para abrir.

A decisão foi aplaudida pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), tendo o padre Lino Maia, que preside à confederação, declarado que o dia de hoje era “a data certa” para a reabertura, apesar das cautelas e dos receios.

O receio foi a nota dominante da reação da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), tendo o representante das misericórdias, Manuel Lemos, lamentado que estas não tenham sido ouvidas no processo de decisão para uma melhor preparação, considerando ainda que a data escolhida podia ser “um bocadinho cedo”.

O anúncio feito no final da semana passada pelo provedor da Santa Casa da Misericórdia de Alcáçovas, em Viana do Alentejo, veio dar razão a Manuel Lemos. João Penetra disse que a maioria dos lares de idosos alentejanos não está em condições de reabrir para visitas, que não esperava que acontecesse tão cedo e que, por isso, não tem ainda prontos os planos de operacionalização dessa reabertura.

No entanto, do lado da CNIS, Lino Maia insistiu sempre que no processo de reabertura da sociedade os idosos não podiam ser deixados para trás, sob pena de se alimentar um sentimento de abandono e desconsideração, continuando “enclausurados” nos lares dos quais não podem sair desde março.

Os idosos são o grupo mais vulnerável às consequências de uma infeção por covid-19 e aquele com maior mortalidade registada. A necessidade de proteção deste grupo de risco foi sucessivamente afirmada pelas autoridades e reafirmada pelo primeiro-ministro na conferência de imprensa do Conselho de Ministros de sexta-feira, durante a qual disse que as restrições às visitas aos lares foi “das decisões mais difíceis” tomadas pelo Governo.

“Todos temos consciência que este afastamento tem sido particularmente duro para as famílias que têm pessoas nos lares e para os idosos que estão internados nos lares. Mas é um afastamento que tem sido feito para proteção dos próprios idosos, que como sabemos fazem parte de um grupo de risco”, justificou o primeiro-ministro.

Nesse sentido, de acordo com o líder do executivo, os idosos “merecem toda a atenção e um carinho especial na sua proteção”.

“Bem sei que, para muitos, é muito difícil entender-se esta proteção como tal e não a sentirem como uma rejeição ou um esquecimento. Mas são medidas adotadas no interesse dos próprios. Esta passo que vamos dar é no sentido de permitirmos reaproximações que são fundamentais, quebrar esse isolamento, embora com cautelas porque é fundamental continuar a preservar a saúde dos nossos idosos”, reforçou.

No centro das preocupações, e entre os focos de infeção mais problemáticos no decurso da pandemia, os lares de idosos estiveram desde o início do período de emergência, nas preocupações da Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência (EMEE), segundo um relatório entregue na semana passada na Assembleia da República, uma preocupação traduzida, por exemplo, nos milhares de testes de despiste realizados a utentes e profissionais dos lares.

O Governo refere no relatório que, durante o terceiro período do estado de emergência, entre 18 de abril e 02 de maio, foi feito um reforço da capacidade de realização de testes em lares de idosos, abrangendo tanto utentes como os profissionais, tendo contribuído o programa nacional de testes de despistagem da covid-19 a cargo da área do trabalho, solidariedade e segurança social, com mais de 35 mil testes realizados, “em mais de 200 instituições”.

Portugal entrou no dia 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

O Governo aprovou novas medidas que entram hoje em vigor, entre as quais a retoma das visitas nos lares de idosos, a reabertura das creches, aulas presenciais para os 11.º e 12.º anos e a reabertura de algumas lojas de rua, cafés, restaurantes, museus, monumentos e palácios.

O regresso das cerimonias religiosas comunitárias está previsto para 30 de maio e a abertura das praias para 06 de junho.

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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