REGIÕES
OBSTETRA ‘REAGE’ E AVISA QUE NÃO FOI EXPULSO E VAI RECORRER DA DECISÃO DA ORDEM
O advogado do obstetra do bebé de Setúbal que nasceu com malformações no rosto afirmou hoje que a que o médico Artur Carvalho “vai recorrer da proposta de expulsão” do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos.
O advogado do obstetra do bebé de Setúbal que nasceu com malformações no rosto afirmou hoje que a que o médico Artur Carvalho “vai recorrer da proposta de expulsão” do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos.
“O médico Artur Carvalho não foi expulso da Ordem dos Médicos. Há uma proposta de expulsão de um relator do Conselho Disciplinar que ainda pode ser revista em função da contestação que vamos apresentar no prazo legal de 20 dias”, disse à agência Lusa o advogado Miguel Matias.
“O doutor Artur Carvalho só não está a trabalhar porque entende que não o deve fazer”, sublinhou o advogado, lembrando que a suspensão cautelar, de seis meses, do médico Artur Carvalho, terminou no passado dia 26 de abril e que, desde então, não lhe foi aplicada pela Ordem dos Médicos qualquer outra sanção impeditiva do exercício da profissão.
Fonte do Conselho Disciplinar da Ordem dos Médicos confirmou à agência Lusa que, de facto, neste momento não existe nenhuma suspensão cautelar do médico Artur Carvalho, não obstante a proposta de expulsão do Conselho Disciplinar.
A mesma fonte admitiu que, após a contestação do clínico, a proposta de expulsão poderá ser revista ou confirmada por aquele órgão de fiscalização da Ordem dos Médicos.
Certo é que, no caso do bebé Rodrigo [que nasceu com malformações no rosto], o Conselho Disciplinar Regional do Sul da Ordem dos Médicos propôs a suspensão por cinco anos do médico.
O mesmo Conselho Disciplinar tinha em fase final de instrução outros cinco casos que foram apensados num único despacho de acusação, com a proposta de expulsão, a pena máxima prevista nos Estatutos da Ordem.
Segundo os Estatutos da Ordem publicados em Diário da República, as sanções disciplinares são advertência, censura, suspensão até ao máximo de 10 anos e expulsão.
Da decisão do Conselho Disciplinar Regional do Sul, o médico obstetra Artur Carvalho pode recorrer para o Conselho Superior da Ordem dos Médicos e para os tribunais administrativos.
O bebé Rodrigo nasceu em 07 de outubro de 2019 no Hospital de São Bernardo, do Centro Hospitalar de Setúbal, com várias malformações graves, como falta de olhos, nariz e parte do crânio, sem que o médico Artur Carvalho, que realizou as ecografias de acompanhamento da gravidez, tivesse detetado ou sinalizado aos pais qualquer problema.
O obstetra que realizou as ecografias numa unidade privada, a Ecosado, tinha já cinco queixas em curso na Ordem dos Médicos, algumas desde 2013.
Nesse mês de outubro, no dia 18, o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, anunciou que iria apresentar queixa ao Conselho Disciplinar Regional do Sul sobre este caso e “solicitar com urgência a abertura de um processo”.
Quatro dias depois, a 22, o obstetra comunicou ao bastonário que decidiu suspender a realização de ecografias na gravidez até à conclusão dos processos em análise no Conselho Disciplinar do Sul, que nesse dia determinou a suspensão preventiva do clínico por um período de seis meses.
O caso do bebé sem rosto levou à abertura de um inquérito por parte do Centro Hospitalar de Setúbal, para apurar se foram efetuados corretamente todos os procedimentos no parto do bebé.
Segundo esta unidade hospitalar, o acompanhamento da gravidez da mãe do bebé Rodrigo não foi feito no Hospital de São Bernardo.
Já o Ministério da Saúde anunciou que iria pedir à Ordem dos Médicos esclarecimentos sobre os processos que envolvem o médico obstetra.
Por seu turno, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo esclareceu não ter qualquer convenção com a clínica Ecosado, onde o obstetra Artur Carvalho fez as ecografias do bebé que nasceu com malformações.
O presidente da ARSLVT, Luís Pisco, adiantou haver indícios de irregularidades na clínica que realizou ecografias à mãe do bebé que nasceu com malformações graves em Setúbal.
Em dezembro, o bastonário da Ordem dos Médicos disse no parlamento que Artur Carvalho tinha 14 queixas em averiguação no Conselho Disciplinar do Sul.
Este conjunto de queixas contra o médico Artur Carvalho Conselho Disciplinar Regional do Sul culminou agora com a proposta do clínico Conselho Disciplinar para a expulsão do médico setubalense, mas que na prática, não o impede de exercer a profissão.
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PORTO: MAIS DE 70% DOS UNIVERSITÁRIOS PONDERA EMIGRAR
A maioria dos estudantes do ensino superior da academia do Porto inscritos em 2023/2024 ponderam emigrar após a conclusão do curso para países com maior nível salarial, como Reino Unido ou Suíça, segundo um estudo revelado esta sexta-feira.
A maioria dos estudantes do ensino superior da academia do Porto inscritos em 2023/2024 ponderam emigrar após a conclusão do curso para países com maior nível salarial, como Reino Unido ou Suíça, segundo um estudo revelado esta sexta-feira.
Os principais destinos para os quais os estudantes do ensino superior ponderam emigrar são o “Reino Unido, Suíça, Países Baixos, Alemanha e Luxemburgo”, conclui um estudo do Centro de Estudos da Federação Académica do Porto (CEFAP) a que a Lusa teve acesso.
Os dados recolhidos pelo CEFAP indicam que mais de 73% dos estudantes inscritos em instituições do Ensino Superior da academia do Porto inscritos no ano letivo 2023/2024 “ponderam emigrar após a conclusão do Ensino Superior para países com maior nível salarial, resultando numa potencial perda líquida de 95 mil milhões de euros para o país”.
A amostra teve um total de 375 estudantes e tem uma margem de erro de 5%.
Quase 25% dos estudantes inquiridos tinham a decisão de emigrar tomada e apenas 10% assumiram que iriam permanecer em Portugal.
A maioria dos inquiridos pertencem à chamada classe média.
Os resultados obtidos não diferem com o ciclo de estudos, embora seja mais notória a vontade de emigrar nos estudantes de mestrado.
Com estes dados, a FAP considera que “Portugal corre o risco de perder dois mil milhões de euros por ano com a emigração jovem qualificada”.
O presidente da FAP, Francisco Fernandes, sublinha que a tendência da emigração qualificada verificada nos últimos anos é confirmada com o estudo do CEFAP.
“Estes dados, que confirmam a tendência, foram partilhados com o Governo e partidos políticos de forma que, juntos, se chegue a um pacto de regime e se comece a pensar na mudança e em como reter o talento no nosso país”, declarou Francisco Porto Fernandes, destacando que a “sangria de talento em Portugal terá um impacto muito negativo no país e na economia, quer pela quantidade total de potenciais saídas, quer pela duração da ausência do país”.
O estudo conclui que 36% dos estudantes aponta para uma saída de médio prazo, ou seja, entre cinco a 10 anos, e quase 30% esperam emigrar por um longo período de tempo, ou seja, de mais de 10 anos.
Apenas 33% pretendem sair por um curto período de tempo, equivalente a menos de cinco anos.
As principais razões dos estudantes para emigrarem são a busca por “melhoria dos níveis salariais e de outras condições de vida”, bem como a “possibilidade de encontrar melhores oportunidades profissionais e de carreira”, ou seja, são razões de natureza económica, associadas ao funcionamento do mercado de trabalho e da economia de Portugal.
Com base no estudo do CEFAP, a FAP avisa que Portugal “pode ter uma perda orçamental líquida de cerca de 2,1 mil milhões de euros, por ano, com a emigração de jovens qualificados”.
A provável emigração de 320 mil jovens desta geração – os tais 73% dos estudantes da academia do Porto que consideraram provável emigrar – pode vir a resultar em “perdas líquidas de mais de 95 mil milhões de euros para a economia portuguesa, ao longo de 45 ano, ou seja, cerca de 2,1 mil milhões de euros/ano, incluindo 45 mil milhões em receita de IRS, 7 mil milhões em impostos indiretos e 61 mil milhões em contribuições líquidas para a Segurança Social”, alerta a FAP.
“O facto de mais de metade dos estudantes querer emigrar vai gerar um país mais pobre, menos inovador, mais envelhecido e com grandes dificuldades ao nível das contas públicas. O impacto irá notar-se a nível demográfico, com o envelhecimento da população, que acentuará o impacto negativo nos domínios da inovação e do empreendedorismo e poderá levantar problemas adicionais à sustentabilidade da Segurança Social”, acrescenta.
Entre o total de inquiridos, 72% são do sexo feminino e 26% do sexo masculino, 77% são estudantes, 18% trabalhador-estudante, 4% trabalhadores e 1% desempregados.
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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023
O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.
O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.
“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.
Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.
“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.
Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.
Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.
Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.
Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.
Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).
Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).
O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.
Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).
Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.
Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.
“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.
Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.
As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).
Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).
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