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PORTO REJEITA “SALA DE CHUTO”

A Assembleia Municipal do Porto rejeitou a proposta do Bloco de Esquerda (BE), que foi apoiada pelo PSD, para a criação de “uma sala de consumo assistido” de drogas na cidade. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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PORTO REJEITA "SALA DE CHUTO"

A Assembleia Municipal do Porto rejeitou a proposta do Bloco de Esquerda (BE), que foi apoiada pelo PSD, para a criação de “uma sala de consumo assistido” de drogas na cidade. A proposta bloquista recebeu dez votos favoráveis, 28 contra e oito abstenções.

“Em diversos espaços da cidade, este consumo tem vindo a acontecer em espaços e edifícios abandonados, em locais onde se acumulam seringas e lixo”, argumentaram os bloquistas, através da deputada Susana Constante. Trata-se de “uma questão de saúde e direitos humanos”, afirmou.

O BE recordou haver já um decreto-lei com 15 anos (183/2001) que prevê salas de consumo assistido “como uma porta de entrada potenciadora da aproximação dos toxicodependentes à rede de cuidados de saúde, encaminhando-os para o tratamento”, com vista a “reverter” a sua “degradação”.

Tanto o PS como o grupo afeto ao presidente da Câmara, Rui Moreira, opuseram-se à iniciativa bloquista e avançaram com uma proposta conjunta, que foi aprovada, recomendando ao executivo municipal a realização, no prazo de seis meses, de “um relatório” sobre a toxicodependência no Porto.

O vereador socialista Manuel Pizarro defendeu a posição do seu partido e do movimento de Rui Moreira, Porto O Nosso Partido (PONP), tendo começado por realçar que “o debate sobre esta questão tem de ser feito com a profundidade e a serenidade que merece”.

Pizarro referiu que “este assunto não foi sempre consensual”, concordou que “o problema precisa de uma resposta”, vincando que a discussão é saber “qual é a resposta mais adequada”, e concluiu que “é por isso que um estudo técnico é tão necessário”, para se tomar uma “decisão fundamentada”.

“Seria muito pouco avisado decidir sem sustentação técnica”, completou.

A proposta do PS e do PONP recomenda que o estudo seja feito pela recém-criada Divisão Municipal de Promoção da Saúde, para desse modo poder “fundamentar de um modo adequado o estabelecimento de novas medidas políticas”. Foi-lhe depois acrescentada uma adenda prevendo a constituição de uma Comissão de Acompanhamento do estudo composta por um elemento de cada força política representada na Assembleia Municipal.

Esta proposta teve 28 votos favoráveis, nove contra e nove abstenções.

A CDU também acolheu com ceticismo a tese bloquista e apresentou uma proposta, que foi chumbada, recomendando que seja revertida a extinção do Instituto da Droga e da Toxicodependência, levada a cabo pelo Governo anterior.

A CDU propunha também a “constituição de um grupo de trabalho” chefiado pelo presidente da Câmara ou por um seu representante, pelas forças políticas da Assembleia Municipal e por técnicos, com a missão de elaborar em seis meses “um diagnóstico da situação” propor “medidas a considerar”.

A deputada Natacha Teixeira, do PSD, disse que este “é um problema de consciência”, razão que o partido alegou para dar liberdade de voto aos seus deputados, e sustentou que a sala de consumo assistido “é um instrumento” da estratégia de redução de riscos associados ao consumo de drogas em condições degradantes.

No final da sessão, no período destinado ao público, o munícipe Rui Coimbra Morais disse que “o modelo proibicionista e repressivo não é o mais útil” para resolver estes problemas, ao passo que Duarte Nuno Correia, outro munícipe, deu “os parabéns” à Assembleia Municipal por querer um estudo técnico antes de decidir sobre o assunto.

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FÁTIMA: SANTUÁRIO RECEBEU 6,2 MILHÕES DE PEREGRINOS EM 2024, MENOS 600 MIL QUE EM 2023

O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

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O Santuário de Fátima recebeu 6,2 milhões de peregrinos no ano passado, menos 600 mil que em 2023, quando se realizou a Jornada Mundial da Juventude e o Papa Francisco esteve no templo, foi hoje anunciado.

“Em 2024, o acolhimento de peregrinos voltou a fixar-se acima dos seis milhões. Foram 6,2 milhões os fiéis que participaram em pelo menos uma celebração. É este o critério em que assenta o registo anual de peregrinos”, afirmou a diretora do gabinete de comunicação da instituição, Patrícia Duarte, no 46.º Encontro de Hoteleiros de Fátima.

Segundo Patrícia Duarte, este número “revela um decréscimo face aos 6,8 milhões registados no ano anterior”, assinalando, contudo, que os dados de 2023 não podem ser analisados “sem o efeito da Jornada Mundial da Juventude [JMJ, em Lisboa] e da visita do Papa Francisco a Fátima”.

“No período de 24 de julho a 10 de agosto do ano passado, esteve na Cova da Iria mais de um milhão de fiéis. Se extraíssemos das estatísticas de 2023 o impacto desses momentos significativos — JMJ e Papa -, constataríamos que, em 2024, o santuário registou, não uma redução, mas, sim, um aumento no número de peregrinos”, disse.

Quanto às celebrações nos diversos espaços do templo mariano, os dados hoje divulgados apontam para um aumento: 10.813 celebrações, mais 1.256 do que em 2023. Das celebrações realizadas, 4.629 foram oficiais e 6.184 particulares.

Já relativamente aos grupos de peregrinos organizados, isto é, os que se inscreveram em serviços do santuário, “constata-se que, em 2024, deslocaram-se a Fátima 5.231”, um crescimento de 9,5% face a 2023. Destes, 1.213 grupos são portugueses e 4.018 estrangeiros.

Também o número de peregrinos inscritos nos grupos organizados cresceu, totalizando 610.500 (mais 15% relativamente a 2023), destacando-se os peregrinos nacionais, que foram 435.609.

Entre os grupos de peregrinos oriundos do estrangeiro, o santuário contabilizou 88 países, sendo Europa, América e Ásia “os continentes mais representados” no ano passado.

Espanha continua a ser o país estrangeiro com maior número de peregrinações registadas (657 grupos e 40.130 peregrinos), seguindo-se Polónia, o país de onde era originário o Papa João Paulo II, que visitou três vezes o santuário (550 grupos e 24.224 peregrinos) e Estados Unidos da América (515 grupos e 19.435 peregrinos).

Logo depois surgem Itália (399 grupos), Brasil (271), Filipinas (194), Coreia do Sul (173), México (107), França (98) e Índia (81).

O santuário assinalou que, no ano passado, surgiram três novos países com peregrinações organizadas: Bahrein, Belize e Montenegro.

Entre as 1.213 peregrinações nacionais, predominam as oriundas das dioceses de Lisboa, com 319 grupos, Porto (190) e Braga (124).

Relativamente ao momento do ano que os grupos escolhem para se deslocar a Fátima, no caso dos portugueses verifica-se que “maio, outubro e setembro são, por esta ordem, os meses de maior afluência”.

Setembro destaca-se pelo número de peregrinos – cerca de 221 mil – para o qual “concorre fortemente a Bênção dos Capacetes”, que “tem vindo a mobilizar cada vez mais motociclistas”, observou Patrícia Duarte.

“Entre os grupos estrangeiros, os meses de outubro, setembro e maio, surgem, por esta ordem, como preferenciais”, adiantou.

Ainda de acordo com a diretora do gabinete de comunicação social do santuário, “o que os peregrinos mais gostam de fazer em Fátima é participar nas missas oficiais do santuário e no rosário seguido da procissão das velas”.

As celebrações mais participadas são as missas oficiais (com cerca de 2,7 milhões de participantes), e o rosário e procissão das velas (na ordem dos 1,3 milhões de participantes).

Entre outros números, o Santuário de Fátima assinalou também, mas no que diz respeito às celebrações particulares, 37 matrimónios, 162 batismos e 565 bodas matrimonias (288 de prata, 240 de ouro e 37 de diamante).

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PORTO: PROGRAMA CONTRA MUTILAÇÃO GENITAL FEMININA EM TODAS AS UNIDADES DE SAÚDE

O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

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O Governo vai alargar às Unidades Locais de Saúde da Região do Porto o programa “Práticas Saudáveis – Fim à Mutilação Genital Feminina”, que estava parado desde 2023.

Em comunicado, quando se assinala o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina, o gabinete da Ministra da Juventude e Modernização diz que foi esta quinta-feira assinado o protocolo para alargar aquele programa às unidades de saúde da região do Porto, para prevenir e atuar em situações de risco.

“Este programa, cuja implementação estava suspensa desde 2023, tem como objetivo territorializar as respostas através de redes locais integradas, envolvendo os Agrupamentos de Centros de Saúde e promovendo planos de ação e protocolos entre entidades públicas e da sociedade civil”, lê-se no comunicado.

A erradicação da mutilação genital feminina (MGF) exige, “não só ações concretas e coordenadas, como também um esforço coletivo para transformar mentalidades, combater desigualdades estruturais e construir sociedades onde todas as raparigas e mulheres possam viver em segurança”, acrescenta.

O gabinete da ministra Margarida Balseiro Lopes lembra que tem vindo a ser feito um “trabalho colaborativo” entre Governo, sociedade civil e organizações internacionais, em resultado do qual têm sido implementadas medidas de prevenção e combate às práticas tradicionais nefastas.

Dá como exemplo a pós-graduação “Mutilação Genital Feminina”, para a qual foi assinado esta quinta-feira um protocolo entre a Escola Nacional de Saúde Pública, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), a Direção-geral da Saúde, a AIMA e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

“Com este curso, pretende-se capacitar, não só profissionais de saúde, como também outros profissionais que intervêm na prevenção, deteção e combate a este flagelo”, explica o ministério.

Lembra que em janeiro o Governo abriu uma linha de financiamento para projetos de prevenção e combate a todas as formas de práticas tradicionais nefastas, no valor de 80 mil euros, com prioridade para a concretização das recomendações do Livro Branco, nomeadamente no reforço da proteção de crianças e jovens, mas também na sensibilização e por uma resposta mais eficaz contra estas formas de violência.

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