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RUI RIO ADMITE DIALOGAR COM O CHEGA SE VENTURA ‘MODERAR A DEMAGOGIA E POPULISMO’

O presidente do PSD admitiu conversações com o Chega com vista a entendimentos eleitorais apenas se o partido evoluir “para uma posição mais moderada”, dizendo descartar essa possibilidade se esta força política “continuar numa linha de demagogia e populismo”.

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O presidente do PSD admitiu conversações com o Chega com vista a entendimentos eleitorais apenas se o partido evoluir “para uma posição mais moderada”, dizendo descartar essa possibilidade se esta força política “continuar numa linha de demagogia e populismo”.

Na “Grande entrevista” conduzida pelo jornalista Vítor Gonçalves, transmitido na quarta-feira à noite na RTP3, Rui Rio foi também questionado se admitia apoiar uma candidatura autárquica a Oeiras do ex-militante do partido Isaltino Morais e, sem responder diretamente, deixou a sua posição sobre o facto de o atual autarca já ter estado preso.

“Em Portugal, penso que não há prisão perpétua, foi condenado, cumpriu a pena, saiu, tem direito à vida. Não estou a dizer com isto que vem para o PSD”, frisou, dizendo que atualmente Isaltino Morais “é independente”, mas que até leu num jornal que Isaltino Morais lhe fez um elogio e que, se assim foi, “esteve bem”.

Na fase final da entrevista, Rio foi questionado se admitia entendimentos com o partido Chega para formar um eventual bloco de centro-direita para chegar ao poder.

“Não depende do PSD, depende do Chega. Se o Chega evoluir de uma tal maneira que – embora seja um partido marcadamente de direita, em muitos casos de extrema-direita, muito longe de nós que estamos ao centro -, se o Chega evoluir para uma posição mais moderada, eu penso que as coisas se podem entender”, afirmou.

Em contraponto, disse, “se o Chega continuar numa linha de demagogia, de populismo, da forma como tem ido, há aqui um problema, porque aí não é possível um entendimento com o PSD”.

Questionado se não descarta, então, essa possibilidade, Rio respondeu: “Face ao que o Chega tem sido, descarto. Espero é que o Chega possa evoluir para um plano um pouco mais moderado, então não estou a dizer que se faça, mas é possível conversar”.

O presidente do PSD voltou a dizer que Marcelo Rebelo Sousa será “provavelmente o candidato natural” do partido para as presidenciais se se recandidatar, e escusou-se a apontar qual a maior discordância que teve com o atual chefe de Estado, admitindo apenas que não esteve de acordo com tudo, “na ação e na omissão”.

Rio apontou, uma vez mais, como “reduzidíssima” a probabilidade de o PSD concordar com o Orçamento do Estado para 2021 “feito por PS, PCP e BE” e até disse estar “curioso” por saber como é que este documento será “sem austeridade”, conforme prometido pelos três partidos.

Ainda sobre a polémica do fim dos debates quinzenais com o primeiro-ministro, aprovada na semana passada por PS e PSD, Rio disse que já tinha essa posição desde “2009, 2010 ou 2011”, quando começou a ver os primeiros no tempo do Governo liderado por José Sócrates.

“O engenheiro Sócrates vem agora defender os debates quinzenais e bem, porque percebe-se que foi ali devidamente fiscalizado e antes dele e era tudo uma pouca vergonha e uma rebaldaria. Com os debates quinzenais houve ali uma fiscalização a sério, a ele e ao seu Governo”, ironizou.

O líder do PSD reiterou a sua tese de que o modelo aprovado, que passa por debates mensais com o Governo (num mês setorial e no outro sobre política geral), não significa diminuir a fiscalização do parlamento.

“Deixe-me explicar direito, se não vão achar que vem aí o fascismo e ditadura e não há fiscalização”, pediu, afirmando que “em 11 meses de plenário, o primeiro-ministro irá obrigatoriamente oito vezes e poderá ir até 13 vezes”.

À RTP, Rio apontou como três grandes discordâncias com o Governo a gestão dos ‘dossiers’ do Novo Banco, da TAP e a forma como o executivo está a posicionar-se no futuro negócio sobre o hidrogénio.

“São falhas de muitos milhões de euros”, disse.

Quanto ao Novo Banco, o líder do PSD alertou poder estar a viver-se “uma situação semelhante à do BES – sendo verdade que a instituição emprestou dinheiro para que lhe comprassem imóveis -, e insistiu na necessidade de uma investigação do Ministério Público “a sério” e nas críticas ao Governo por não ter “conferido as faturas” antes de pagar.

“Se tudo isto for verdade, significa que o Novo Banco está a vender abaixo do preço de mercado e a perder dinheiro para beneficiar alguém, sendo que não perde nada, porque são os contribuintes portugueses que lhe devolvem esse dinheiro”, apontou.

Sobre a TAP, Rio reiterou que a empresa está tecnicamente falida e, questionado se a alternativa seria “deixar cair”, admitiu essa possibilidade, perante a falta de planos de negócio e de reestruturação credíveis.

“Depende, poderia deixar, venha o plano de negócios e de reestruturação, se for exequível, então talvez sim. Uma coisa mal amanhada, sem grande coragem para reestruturar a empresa, para o contribuinte português mais vale deixar cair. Espero não ter razão, porque se não significa que, além desta fatura, virão mais ao logo dos anos”, alertou.

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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