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NACIONAL

FUNCIONÁRIOS ESCOLARES ‘INSUFICIENTES’ PARA GARANTIR ANO LETIVO COM NOVAS REGRAS

Os trabalhadores não docentes alertaram hoje que faltam funcionários nas escolas para conseguir garantir as regras de segurança associadas à covid-19, lembrando que já antes da pandemia eram poucos e estavam sobrecarregados de trabalho.

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Os trabalhadores não docentes alertaram hoje que faltam funcionários nas escolas para conseguir garantir as regras de segurança associadas à covid-19, lembrando que já antes da pandemia eram poucos e estavam sobrecarregados de trabalho.

Representantes da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFP) estiveram hoje reunidos com responsáveis do Ministério da Educação e voltaram a chamar a atenção para o facto de faltarem milhares de funcionários nas escolas, haver trabalhadores exaustos e de este ser um grupo profissional envelhecido.

“Estes trabalhadores são fundamentais para que o sistema de proteção contra a covid funcione, mas a maioria das escolas tem falta deles. Algumas escolas não vão conseguir cumprir as novas regras em tempo de pandemia. Os problemas vão aparecer”, alertou Artur Sequeira, presidente da federação, em declarações à Lusa no final do encontro.

Sobre o aumento de mais 700 trabalhadores prometido pelo Ministério da Educação, Artur Sequeira diz que “não chegam sequer para cobrir os que se aposentaram no passado ano letivo”.

Segundo as contas da FNSTFP, antes da pandemia já faltavam cerca de seis mil funcionários mas agora seriam precisos mais uma vez que haverá mais trabalho: “Esquecem-se que são estas pessoas que vão limpar as salas de aulas quando os alunos saírem, que vão limpar corredores e outros espaços comuns, que são eles que vão estar responsáveis por verificar se estão todos a cumprir as regras”, lembrou.

Sobre a decisão anunciada na semana passada pelo Governo de prorrogar por mais um ano os contratos dos trabalhadores não docentes, Artur Sequeira considerou-a “uma medida coxa”.

“Por um lado, as pessoas podem ficar satisfeitas porque não vão para o desemprego no final do mês, mas por outro, isto significa continuar em situação precária”, disse.

A FNSTFP condena a decisão de prolongar os contratos a termo resolutivo, designadamente aqueles que foram celebrados no ano letivo de 2017/2018, defendendo que deviam ser integradas nos quadros e alertando para o perigo de o Governo voltar a tomar uma decisão semelhante no próximo ano, mantendo indefinidamente as pessoas em situação precária.

“Estão a ser contratadas ilegalmente para funções que correspondem a necessidades permanentes das escolas”, criticou Artur Sequeira, acrescentando que na reunião de hoje foi dito que a medida se aplica aos trabalhadores das escolas do ministério da Educação e das autarquias.

Para a federação deveriam ter sido abertos concursos para que pudessem celebrar contratos de trabalho em funções públicas sem termo.

Artur Sequeira lembrou que “a pandemia só veio pôr a nú” os problemas já existentes da falta de pessoal não docente, a situação laboral instável e precária e o excesso de trabalho.

“Mais de um terço dos trabalhadores das escolas tem mais de 50 anos e há muita gente em situação de risco. Além disso, já havia uma distribuição de trabalho abusiva, havia quem tivesse a seu cargo um número de salas que era humanamente impossível limpar”, alertou.

Na semana passada, representantes dos diretores escolares contaram à Lusa que algumas escolas estavam a planear pedir ajuda aos alunos mais velhos para a higienização das suas salas de aula.

Durante a reunião de hoje também houve boas notícias: O ministério voltou a reforçar que está a decorrer um processo de revisão da portaria de rácios “tendo em conta novos critérios das necessidades permanentes das escolas que se vai traduzir em mais funcionários”, contou Artur Sequeira.

Além disso, a tutela garantiu a distribuição gratuita de um kit de equipamento de proteção individual a todos os trabalhadores, composto por máscaras comunitárias, batas e viseiras.

O próximo ano letivo começa entre 14 e 17 de setembro e será o regresso ao modelo presencial, depois de no passado ano letivo o Governo ter decidido encerrar as escolas por causa da evolução da pandemia de covid-19.

Desde março, a maioria dos alunos passou a ter aulas à distância, tendo apenas os estudantes do 11.º e 12.º anos regressado à escola em meados do terceiro período.

NACIONAL

PARLAMENTO CHUMBA PROPOSTA PARA CRIAÇÃO DO “CRIME DE ECOCÍDIO”

As propostas de introdução do crime de ecocídio no Código Penal foram chumbadas esta sexta-feira no parlamento, com os votos dos partidos da direita e do PCP, que consideraram que os crimes ambientais já estão previstos.

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As propostas de introdução do crime de ecocídio no Código Penal foram chumbadas esta sexta-feira no parlamento, com os votos dos partidos da direita e do PCP, que consideraram que os crimes ambientais já estão previstos.

O projeto de lei do PAN que prevê o crime de ecocídio foi chumbado pelo PSD, Chega, IL, CDS e PCP, enquanto a proposta do Livre teve o chumbo adicional do PS.

No plenário de hoje, foi também debatido o projeto de lei do BE que reconhece o estatuto de refugiado climático, tendo sido chumbado pelo PSD, PS, Chega, IL e abstenção do PCP.

Já os projetos de lei para criar o estatuto de refugiado climático do PAN, para estabelecer o regime jurídico da mobilidade ambiental (PS) e de conceder proteção subsidiária a migrantes sujeitos a eventos climáticos extremos (Livre) não foram votados e baixaram à comissão parlamentar para um debate na especialidade.

Os projetos para a criação do crime de ecocídio no Código Penal previam penas que os deputados do Chega, CDS e do PSD consideraram desproporcionais, enquanto o PS recordou que a figura do estatuto de refugiado climático já está contemplada na lei de bases do clima.

No debate, a deputada do PAN, Inês Sousa Real, considerou que se assiste “à destruição impune dos ecossistemas sem exigir as devidas responsabilidades por quem toma as decisões”, com “crimes ambientais que afetam a saúde, a economia e a nossa própria sobrevivência”.

Já Fabian Figueiredo (BE), outro dos partidos com uma proposta de criação do estatuto de refugiado climático, criticou o “modelo económico gerador de desigualdade” e pediu uma “organização social e territorial que proteja as pessoas das cheias, dos incêndios ou da erosão”.

Isabel Mendes Lopes, líder da bancada do Livre que propôs um regime jurídico da mobilidade ambiental e defendeu a criação do crime de ecocídio, porque as propostas asseguram “recomendações de iniciativas multilaterais” de que Portugal faz parte, considerando que o “impacto das catástrofes ambientais nas pessoas tem de ser uma preocupação transversal das políticas públicas, dentro e fora de portas”.

Por seu turno, Miguel Costa Matos, do PS, partido que propõe a “proteção subsidiária a migrantes sujeitos a eventos climáticos extremos”, considerou que é necessário “diferenciar quem é imigrante por motivos económicos e sociais, que deve estar sujeito a um estatuto, mesmo que essa migração seja agravada pelas alterações climáticas” de “quem procura refúgio porque foi afetado por um fenómeno climático extremo”.

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NACIONAL

SINISTRALIDADE: 11 MIL ACIDENTES E 34 MORTOS NO PRIMEIRO MÊS DE 2025

Quase 11 mil acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas no mês de janeiro que provocaram 34 mortos, um ligeiro aumento face ao mesmo período do ano passado, indicou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

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Quase 11 mil acidentes rodoviários ocorreram nas estradas portuguesas no mês de janeiro que provocaram 34 mortos, um ligeiro aumento face ao mesmo período do ano passado, indicou hoje a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

O relatório da sinistralidade da ANSR dá conta que, entre 01 e 30 de janeiro, se registaram 10.932 acidentes, 34 mortos, 134 feridos graves e 3.073 feridos ligeiros.

Em comparação com o mesmo mês de 2024, registaram-se mais 52 acidentes e mais um morto, enquanto os feridos graves e ligeiros diminuíram, menos 55 e 65 respetivamente.

No primeiro mês do ano ocorreram mais acidentes nas estradas no distrito de Lisboa, num total de 2.033, seguido do Porto (1.896), Aveiro (891) e Braga (854).

Também é no distrito de Lisboa onde se registaram mais vítimas mortais em janeiro (5), enquanto em Aveiro e Braga morreram em cada um dos distritos quatro pessoas devido aos acidentes.

A ANSR indica ainda que os feridos graves ocorrem na maioria dos distritos de Lisboa (27), Santarém (15) e Setúbal (13).

O número de mortos diz respeito às vitimas cujo óbito foi declarado no local do acidente ou a caminho do hospital.

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