ECONOMIA & FINANÇAS
ENERGIA: 80% DA ELETRICIDADE CONSUMIDA EM PORTUGAL SERÁ DE FONTES RENOVÁVEIS
O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse esta segunda-feira que 80% da eletricidade de Portugal será de fontes renováveis em 2030, mas prometeu que em termos de exploração de novos modelos “todos os projetos grandes” terão “avaliação de impacto ambiental”.
O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, disse esta segunda-feira que 80% da eletricidade de Portugal será de fontes renováveis em 2030, mas prometeu que em termos de exploração de novos modelos “todos os projetos grandes” terão “avaliação de impacto ambiental”.
“Portugal está e estará preparado para os desafios do futuro e para a sustentabilidade da economia. São muito claros os limites do sistema terrestre. Não vale a pena colocarmos isso em causa. O crescimento europeu da economia e em Portugal também, tem de passar por investimentos no setor da sustentabilidade. Mobilidade suave, energias renováveis, eficiência energética”, disse João Pedro Matos Fernandes.
O ministro, que falava aos jornalistas no Porto à margem de uma conferência sobre os desafios estratégicos na ação climática, disse que atualmente “57% da eletricidade consumida em Portugal tem origem em fontes renováveis”.
“E vamos mesmo chegar a 2030 com 80% da eletricidade a partir de fontes renováveis. Isso significa muito menos importações e grandes ganhos para a balança comercial e autonomia energética. Mas a eletricidade não resolve todos os problemas. Tem de continuar a existir gás — numa fase de transição, o gás natural — mas devemos passar para gases renováveis”, acrescentou.
Já sobre o uso de hidrogénio, Matos Fernandes referiu que “o que começou por ser um projeto do Governo português, é agora um projeto de Portugal”, mas prometeu “acautelar cuidados”.
“Todos os projetos grandes têm de ter avaliação de impacto ambiental. Não podemos dizer que queremos energias renováveis e depois não ter onde fazer parques escolares, mas teremos em conta as diferenças dos territórios”.
O ministro do Ambiente sublinhou a convicção de que “Portugal não pode ter um metro quadrado de território abandonado”, avançando que “o próximo quadro comunitário de apoio vai desenhar políticas concretas para as regiões que onde há uma maior necessidade de intervenção”.
“Temos de definir planos de mobilidade adaptados aos territórios de baixa densidade. Rede equipamentos capaz para esses cuidados”, concluiu.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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