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NACIONAL

EDUCAÇÃO: FENPROF ‘AMEAÇA’ COM GREVE EM DEZEMBRO

O secretário-geral da Fenprof afirmou esta sexta-feira que a organização sindical vai avançar com greve entre 9 e 11 de dezembro, caso o Ministério da Educação recuse reunir-se com os professores.

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O secretário-geral da Fenprof afirmou esta sexta-feira que a organização sindical vai avançar com greve entre 9 e 11 de dezembro, caso o Ministério da Educação recuse reunir-se com os professores.

A realizar-se, a greve vai decorrer em três dias, incidindo em cada um dos dias numa das regiões do país (podendo juntar-se duas num mesmo dia), não se estendendo às regiões autónomas, disse o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira em Coimbra.

A realização da greve depende da resposta do Ministério da Educação para marcar uma reunião com a Fenprof e do fim da consulta dos docentes relativamente às formas de luta possíveis, que termina a 25 de novembro, acrescentou.

Das respostas já obtidas (cerca de cinco mil), 88,8% dos professores consideram que é necessário avançar na luta devido a problemas relacionados com a situação socioprofissional, de carreira e das condições de segurança e sanitárias nas escolas, devido ao contexto de pandemia, entre outros, referiu Mário Nogueira.

A maioria das respostas obtidas até agora é favorável à realização de uma greve, sendo que a Fenprof vai esperar pelo fim da consulta (25 de novembro) para confirmar as intenções dos professores em avançar com uma greve.

Apesar disso, Mário Nogueira notou que a intenção “já é clara”, sendo que, caso o Ministério da Educação não mostre disponibilidade para debater os problemas levantados será entregue um pré-aviso de greve na tutela no dia 27.

Apesar de a greve estar dividida por regiões (Norte, Centro, Grande Lisboa e Sul), o pré-aviso estará redigido por forma a que qualquer professor possa realizar greve nos três dias, esclareceu.

É possível evitar esta greve. Com uma semana pela frente para fazer aquilo que já devia ter feito há tempo, que é quebrar o gelo, marcar uma reunião que sirva não apenas para nos encontrarmos, mas para podermos identificar quais as matérias que vamos dar prioridade em relação à resposta aos problemas que se estão a viver e a questões que têm que ver com a segurança e a saúde das pessoas”, frisou.

Mário Nogueira recordou que a última reunião que a Fenprof teve com a tutela foi há dez meses, não tendo obtido qualquer resposta aos vários pedidos de reunião ao longo dos meses.

Segundo o dirigente sindical, a proposta de Orçamento do Estado é uma oportunidade para serem tomadas medidas para renovar o corpo docente, resolver problemas de horários dos professores e reverter a desvalorização da carreira.

Para além disso, o bloqueio negocial repercute-se na situação epidemiológica, notou, acusando o ministério de querer “ocultar a realidade das escolas”, não realizando rastreios nos estabelecimentos de ensino.

Mário Nogueira salientou que a tutela desvalorizou as possibilidades de contágio em ambiente escolar, constatando que os encerramentos de escolas devido a surtos vêm contrariar as declarações do ministro da Educação.

“As escolas sempre seriam um local de contágio, mas o risco podia ser menor. Para as escolas, não foram tomadas as medidas de segurança necessárias. Não foi garantido o distanciamento entre alunos, a divisão das turmas em grupos mais pequenos e o aumento de recursos humanos para garantir a limpeza e desinfeção dos locais”, criticou.

Nesse sentido, Mário Nogueira afirmou que, caso as escolas tenham de encerrar e se avance novamente para o ensino à distância, os responsáveis por esse encerramento serão “o Ministério da Educação, o ministro e o Governo”, por não terem tomado as posições necessárias e não terem “dado ouvido aos alertas que a Fenprof foi fazendo”.

Portugal contabiliza pelo menos 3.762 mortos associados à Covid-19 em 249.498 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

NACIONAL

RAMALHO EANES AFIRMA QUE PCP QUERIA ESTABELECER UM REGIME TOTALITÁRIO

O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

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O antigo Presidente da República António Ramalho Eanes afirmou hoje que durante o Período Revolucionário em Curso (PREC) o PCP se preparava para estabelecer um regime totalitário em Portugal e considerou que a descolonização foi trágica.

Ramalho Eanes falava perante o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante uma aula-debate sobre o 25 de Abril com alunos de escolas secundárias e universidades, no antigo picadeiro real, junto ao Palácio de Belém, em Lisboa.

A propósito dos antecedentes do 25 de Novembro de 1975, o general e primeiro Presidente eleito em democracia começou por referir que não queria “tecer considerações nenhumas sobre o PCP” e que teve “ótimas relações com Álvaro Cunhal”, um homem que “muito estimava” e “muito considerava”.

“Mas naquela altura o PCP, talvez acossado pela extrema-esquerda, preparava-se efetivamente para estabelecer em Portugal um regime totalitário”, afirmou, acrescentando: “Não tenho dúvidas”.

Citando Melo Antunes, Eanes sustentou que na altura era necessário “reinstitucionalizar o aparelho militar” para que se opusesse “a qualquer tentativa armada de conquista do poder”.

“Por razões diversas, e como as coisas se agudizavam, surgiu o Documento dos Nove, que o Conselho da Revolução todo praticamente subscreveu e que foi subscrito por milhares de oficiais. Isso demonstrou que a instituição militar estava muito mal, estava desinstitucionalizada, tinha de uma maneira geral perdido a sua fidelidade ao povo e à democracia e tinha criado fidelidades perversas em relação às filiações partidárias”, prosseguiu.

Em concreto sobre os acontecimentos de 25 de Novembro, Eanes disse que houve “uma ofensiva militar”, no seu entender “organizada levianamente pela extrema-esquerda, mas em que o PCP não podia ter deixado de intervir”, perante a qual ele e outros militares foram obrigados a agir.

“Tivemos essa ação, enfim, e repito que podia ter levado a uma guerra civil e que foi indispensável o 25 de Novembro. Repito: foi indispensável, para que as promessas de honra dos militares à população fossem realizadas”, defendeu.

Segundo Eanes, o desfecho do 25 de Novembro deveu-se aos “militares que se tinham mantido fieis à promessa de honra que tinham feito à população, que era devolver-lhes a liberdade, mas a liberdade sem condicionamentos” e que “resolveram, perante uma insurreição armada responder — bom, e a uma insurreição armada, naturalmente, só se responde com armas”.

“O 25 de Abril foi único, foi fundador. É ele que concede a liberdade aos portugueses. É ele que devemos festejar, comemorar e sobretudo refletir. Mas não devemos esquecer a perturbação natural que se seguiu, em que houve um combate de ideologias, de modelos de sociedade, em que houve um PREC que criou uma situação insustentável, uma situação de medo e uma situação que nos levou perto de uma guerra civil”, declarou.

Nesta aula-debate, Eanes relatou que estava em Angola e recebeu a notícia do 25 de Abril sem surpresa, porque “tinha participado nas diferentes reuniões que se tinham realizado para organizar uma resposta ao regime”, com “grande alegria” e “grande esperança”, porque “os portugueses iam ter a liberdade” e “finalmente, acabar-se-ia a guerra” colonial.

“Mas não tive dúvidas nenhumas de que a descolonização iria ser trágica, como foi. Aliás, eu digo isto com à vontade, com grande à vontade. Eu sei que muita gente vai contar que acha que a descolonização foi uma coisa maravilhosa. Não foi”, considerou.

Na sua opinião, foi trágica porque “deixou aqueles países, Angola e Moçambique, numa situação de guerra que durou anos e que destruiu tudo” e porque “fez regressar ao continente muitos angolanos”.

“Eles tinham nascido em Angola, eles eram angolanos, não conheciam outra pátria que não fosse aquela, não tinham outra terra que não fosse aquela, terra em que tinham os seus mortos, em que tinham tido nascido os seus filhos, e de repente são obrigados, perdendo tudo, a regressar a uma terra que tinha sido a dos seus antepassados, mas que eles não conheciam, que eles não amavam. São os retornados”, acrescentou.

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NACIONAL

25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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