Ligue-se a nós

NACIONAL

MULHERES SENIORES CONTAM COMO VIVERAM TODA UMA VIDA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Ana e Manuela, de 59 e 63 anos, foram vítimas de violência doméstica durante décadas, dois casos em que os problemas começaram antes do casamento e que ilustram situações semelhantes de “toda uma vida de violência”.

Online há

em

Ana e Manuela, de 59 e 63 anos, foram vítimas de violência doméstica durante décadas, dois casos em que os problemas começaram antes do casamento e que ilustram situações semelhantes de “toda uma vida de violência”.

“Eu não me devia ter casado logo que soube que as coisas não iam dar bem, mas tinha medo da vergonha que seria. E foram 44 anos de muito sofrimento”, contou Manuela à agência Lusa.

De forma idêntica, Ana também lamentou não ter dado importância às agressões verbais antes de casar, mas “era muito menina para compreender” e depois com os filhos que nasceram logo de seguida optou por ficar.

As duas mulheres, quase a entrarem na idade sénior, vivenciaram o agravamento da violência por parte dos agora ex-maridos nos últimos anos, ambos com problemas de álcool.

Nesta fase da vida, estas mulheres “fazem um balanço e percebem que já não suportam mais”, constatou, por seu turno, a diretora técnica do P’RA TI – Centro de Atendimento e Acompanhamento a Mulheres Vítimas de Violência da UMAR ((União de Mulheres Alternativa e Resposta), Ilda Afonso.

“O agressor, já na reforma, deixa de sair todos os dias para ir trabalhar. Está com ela muitas vezes 24 horas por dia, o que geralmente provoca um escalar das agressões, e as vítimas veem-se obrigadas a pedir ajuda”, acrescentou a técnica.

Manuela relatou que era todos os dias violentamente insultada, agredida e ameaçada pelo então marido que, reformado, revelou uma “maldade” cada vez maior.

“Ele insultava-me e dizia que bebia para não me matar. Tinha navalhas na cabeceira e eu tinha muito medo”, relatou Ana que, “todos os dias” durante 34 anos, foi vítima de violência psicológica e sexual, que também se agravou quando o agora ex-marido deixou de trabalhar.

Em 2014, perdeu muito peso por estar doente um dos seus filhos, sem o conhecimento do pai, ajudou-a a encontrar a força que precisava para pedir ajuda.

“Ele disse-me que não queria ter de ir ao meu funeral e incentivou-me a sair de casa. Eu não tinha para onde ir, mas acabei por ver que tinha razão, não podia continuar assim”, expôs.

As vítimas mais velhas “costumam recorrer aos seus filhos e esse apoio é mesmo muito importante”, considerou Ilda Afonso, acrescentando que muitas vezes essa relação não é a melhor com os filhos, “porque está estragada pela violência que aquelas crianças e jovens passaram durante toda a vida”.

No caso de Manuela, não foi ela a denunciar o ex-marido: foi ele que fez queixa da mulher à GNR em 2019 na sequência de um episódio de violência que a obrigou a defender-se em legítima defesa.

A denúncia acabou por se voltar contra o agressor, mas a filha e o genro saíram de casa da vítima porque “tinham memórias que não queriam recordar”, tendo deixado Manuela “muito sozinha”.

Ilda Afonso disse à Lusa que “os agressores, normalmente, não são retirados”, sendo ainda menos provável retirar um “agressor idoso, que nunca foi condenado por nenhum crime”.

Ana saiu de casa depois de apresentar denúncia na Segurança Social, que a encaminhou para a GNR: passou nove meses em três casas de abrigo diferentes até que, com o rendimento mínimo garantido arranjou um quarto, dada a impossibilidade de pagar uma casa.

No caso de Manuela, o tribunal a decretou que o agressor teria de sair de casa e manter distância da vítima, mas devido às transgressões seria obrigatória a utilização de pulseira eletrónica, que ele recusou, suicidando-se.

Sobre a morte do marido, Manuela admitiu sentir-se magoada com o desfecho, mas aliviada.

“Sei que ele não me vai consumir mais. Se ele não se tivesse matado, um dia podia voltar e acontecer uma desgraça na mesma… Assim sei que nunca mais me vai fazer mal”, desabafou.

Já Ana contou que, inicialmente, receava que o ex-marido a procurasse porque não foi preso, mas disse que não a voltou a importunar desde então.

“Agora sinto-me muito bem, mais leve. Antes tinha pesadelos, agora não”, confidenciou.

Admitiu ainda que, ao início, custou deixar a casa para trás, mas agora já não se lembra “nem do número da porta”.

“Deus dá-nos uma coisa muito boa: o esquecimento para seguirmos em frente”, afirmou.

Para Manuela, o esquecimento não vem naturalmente e precisa de medicação para a ajudar durante os dias e as noites, e mesmo assim sente-se “sempre nervosa” e “fechada” devido às “amarguras da vida”.

A técnica da UMAR destacou a importância das estruturas especializadas para as vítimas de violência doméstica, explicando que “conseguem informar a vítima e apoiá-la em todas as dimensões do seu problema”.

“Todas as mulheres devem recorrer a estruturas de atendimento especializadas para estas questões, mas muitas vezes elas passam primeiro pela polícia – porque foram sinalizadas em momento de crise – pelo sistema de saúde, ou por assistentes sociais”, explicou.

Manuela revelou que os técnicos da Cruz Vermelha, são “as únicas pessoas” na zona onde está com quem pode conversar porque não tem “mais ninguém” e aconselhou as demais vítimas de violência doméstica a “irem diretamente ao sítio certo e não olharem para trás: o caminho é para a frente”.

“Não estejam à espera como eu estive, durante anos, na esperança que passe ou melhore. Não pensem duas vezes e saiam dessa situação”, aconselhou.

NACIONAL

PORTUGAL CONTINENTAL TEM QUASE UM MILHÃO DE ANIMAIS ERRANTES

Portugal continental tem mais de 930 mil animais errantes, entre os quais 830.541 gatos e 101.015 cães, segundo dados do primeiro Censo Nacional de Animais Errantes divulgado hoje pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Online há

em

Portugal continental tem mais de 930 mil animais errantes, entre os quais 830.541 gatos e 101.015 cães, segundo dados do primeiro Censo Nacional de Animais Errantes divulgado hoje pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

O Censo Nacional de Animais Errantes 2023 foi desenvolvido pela Universidade de Aveiro para Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e financiado pelo Fundo Ambiental.

Dados da Guarda Nacional Republicana (GNR), compilados no estudo e relacionados com a sinistralidade rodoviária, revelam que foram reportados 4.640 atropelamentos, sendo de 4.443 cães e 197 gatos entre 2019 e 2022, tendo 2020 sido o ano em que se reportaram mais atropelamentos (1.428 e 84, respetivamente).

Quanto aos gatos errantes, apenas 5,3% dos inquiridos referem que já se sentiram fisicamente ameaçados e 5,9% já foram efetivamente atacados.

No que diz respeito à prestação de cuidados a estes felinos, 83,4% dos inquiridos já providenciaram alimento, 78,6% água, 48,3% abrigo, e 14,1% já prestou outros cuidados.

Quanto aos cães errantes, 27,2% dos inquiridos referem já se terem sentido fisicamente ameaçados por um cão errante, dos quais 7,2% já foram atacados.

Mais de dois terços (70,5%) dos inquiridos já providenciaram alimento a cães errantes, 65,2% já providenciaram água, 37,1% abrigo, e 17,1% já prestaram outros cuidados

Este estudo refere também que os donos de gatos têm menores índices de responsabilidade do que os de cães, especialmente ao nível da identificação individual e do acesso ao exterior sem supervisão.

A maioria (26,8%) tem apenas um ou dois gatos, mas alguns detinham três (17,2%), quatro (7,8%), cinco (5,4%), ou mais de cinco (14,7%), sendo o principal motivo a companhia (78%).

“A obtenção de gatos foi referida como sendo principalmente de animais encontrados (68,6%), adotados em abrigos (29,5%) ou oferecidos por amigos ou familiares (19,6%)”, segundos dados.

Uma pequena parte dos inquiridos aponta a aquisição de animais a criadores (4%) através da internet (3,8%), ou por criação própria (2,7%).

Já os cães registam elevados índices de detenção responsável: 92% dos donos identificam e registam todos os seus animais e 92% nunca permitem o acesso ao exterior sem supervisão, enquanto 25% referem que não usam nenhuma forma de contraceção nos seus animais e 28% relatam que já caçaram.

A maioria dos inquiridos tinha apenas um (45,2%) ou dois (24,1%) cães e a principal motivação para a detenção de cães foi a companhia (88%).

Aproximadamente um em cada quatro pessoas (23,9%) adquiriu animais a criadores (17,2%), através da internet (5,3%) ou em lojas de animais (1,4%).

No âmbito deste estudo, foi ainda criada a aplicação Errantes que permite que cada utilizador registe os seus dados e os dados dos seus animais de estimação, bem como avistamentos de animais que circulam livremente, ou de presas capturadas por animais com ou sem detentor.

LER MAIS

NACIONAL

GOVERNO PROPÔS SUPLEMENTO DE MISSÃO PARA PSP E GNR ENTRE 365 E OS 625 EUROS

O Governo propôs hoje um suplemento de missão os elementos da PSP e da GNR entre os 365,13 e os 625,94 euros, significando um aumento até 75 euros, revelou o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda.

Online há

em

O Governo propôs hoje um suplemento de missão os elementos da PSP e da GNR entre os 365,13 e os 625,94 euros, significando um aumento até 75 euros, revelou o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda.

César Nogueira avançou aos jornalistas que este novo suplemento de missão, que tem como referência o vencimento base do comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

No final da reunião com a ministra da Administração Interna, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) classificou esta primeira proposta do Governo de “muito má”, indicando que os elementos das forças de segurança teriam, com esta proposta, um aumento até 75 euros.

Segundo a proposta apresentada às cinco associações socioprofissionais da GNR, os oficiais passariam a ter um suplemento de missão de 12% da remuneração base do comandante-geral da GNR, que é de 5.216,23 euros, enquanto a percentagem para os sargentos é de 9% e para os guardas de 7%.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS