ECONOMIA & FINANÇAS
BANCOS PORTUGUESA PERDERAM MAIS DE 2.000 TRABALHADORES E FECHOU 655 BALCÕES EM 2020
Os bancos portugueses perderam 2.066 trabalhadores e 655 balcões em 2020, face a 2019, atingindo o número de agências mais baixo desde 1996 e o menor número de funcionários pelo menos desde 1992, divulgou hoje o BdP.
Os bancos portugueses perderam 2.066 trabalhadores e 655 balcões em 2020, face a 2019, atingindo o número de agências mais baixo desde 1996 e o menor número de funcionários pelo menos desde 1992, divulgou hoje o BdP.
Segundo as séries longas do setor bancário português, hoje atualizadas com informação relativa a 2020, a banca terminou o ano passado com 61.740 trabalhadores, contra 63.806 em 2019, e um total de 4.868 balcões, contra 5.523 em 2019.
É preciso recuar a 1996 para encontrar um número mais baixo de balcões (4.844), sendo a tendência de redução visível desde 2011, após se ter atingido em 2010 o número mais elevado de agências bancárias, num total de 8.106.
No que respeita aos trabalhadores, o valor de 2020 é o mais baixo desde que há dados disponíveis relativamente a este indicador (ano de 1992, em que existiam 63.752 trabalhadores).
O total de trabalhadores no sistema bancário português foi atingido em 2011, com 80.169 trabalhadores, tendo vindo desde então a diminuir.
A diminuição de funcionários em 2020 ocorreu sobretudo na atividade externa dos bancos, com 1.367 saídas, tendo as restantes 699 saídas de funcionários acontecido no negócio em Portugal, que terminou o ano passado com 45.745 trabalhadores, o valor mais baixo desde o início das séries longas do BdP (1990).
À atividade externa dos bancos estavam dedicados 15.995 trabalhadores em 2020, o número mais baixo desde 2006 (15.275).
As séries longas são uma base de dados sobre o sistema bancário que inclui informação histórica sobre indicadores financeiros, empréstimos a clientes, taxas de juro, recursos humanos, distribuição de agências e sistemas de pagamentos desde 1990.
As séries longas do setor bancário foram divulgadas, pela primeira vez, em 2019, com o intuito de dotar os analistas e os investigadores de informação integrada, consistente e escrutinada sobre o setor bancário em Portugal. A base de dados tem sido atualizada anualmente.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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