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FARO: ORDEM DOS ENFERMEIROS DENUNCIA HAVER APENAS TRÊS ENFERMEIROS PARA 90 DOENTES URGENTES

A Ordem dos Enfermeiros (OE) denunciou esta terça-feira existirem no Hospital de Faro (HDF) apenas três enfermeiros para 90 doentes urgentes e apenas um no Serviço de Observação para 20 doentes, mas a Administração refuta estes números.

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A Ordem dos Enfermeiros (OE) denunciou esta terça-feira existirem no Hospital de Faro (HDF) apenas três enfermeiros para 90 doentes urgentes e apenas um no Serviço de Observação para 20 doentes, mas a Administração refuta estes números.

“Hoje [terça-feira] há [no Hospital de Faro] uma situação que é humanamente impossível, apesar de os colegas darem a melhor resposta, mas cada enfermeiro tem ao seu cuidado cerca de 30 doentes do serviço de urgência (SU), com diversos níveis de complexidade. Por muito que eles queiram dar bons cuidados, estão preocupados com o que possa advir de segurança de cuidados”, afirmou à Lusa o presidente da secção sul da OE.

Sérgio Branco esclareceu que “há mais enfermeiros no SU” no HDF, mas adstritos a outros postos de trabalho, como cirurgia, ortopedia e outros, realçando que “o que está em causa” é que estes três enfermeiros “têm à sua responsabilidade 90 doentes”.

O responsável recordou que os enfermeiros do SU do HDF, inserido no Centro Hospital e Universitário do Algarve (CHUA), entregaram na semana passada uma carta ao conselho de administração (CA) onde transmitiram a sua preocupação pela “falta de enfermeiros” para que se possa dar a “melhor resposta e em segurança” a quem recorre ao SU.

Foram, pelo menos, 30 enfermeiros que nessa carta afirmam não reunir condições para prestar cuidados de enfermagem em segurança, pedindo por isso a sua declaração de escusa de responsabilidade para todos os devidos e legais efeitos. Em causa está a sobrecarga de trabalho e a exaustão dos profissionais.

Contactada pela Lusa, o vogal do CA do CHUA não quis comentar a acusação, mas refutou estes números, informando que esta tarde estão “14 enfermeiros” ao serviço, mas assumiu que considerou “estranho” que a OE “tenha contactado a Lusa em vez do CA”.

Numa altura do ano em que há mais pessoas no Algarve admitiu que “são sempre necessários” mais enfermeiros e mais médicos e também que as pessoas se “dirigissem mais” aos Serviços de Urgência Básica da região em vez de diretamente a Urgência do Hospital de Faro.

O responsável revelou que gostaria de ter “mais profissionais ao serviço”, mas garantiu ter o serviço “assegurado”, dentro da contingência da “enorme procura que o Algarve e os Hospitais de Faro e Portimão têm” nesta altura ao ano.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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