REGIÕES
PARCÓMETROS NO PORTO GERAM POLÉMICA
A concessionária dos parcómetros do Porto está a fazer “cobranças ilegais” com avisos de pagamento que são “multas encapotadas”, alertou um fiscalista. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A concessionária dos parcómetros do Porto está a fazer “cobranças ilegais” com avisos de pagamento que são “multas encapotadas”, alertou um fiscalista.
A concessionária dos parcómetros do Porto está a fazer “cobranças ilegais” com avisos de pagamento que são “multas encapotadas”, por corresponderem a valores superiores ao da utilização efetiva do espaço, alertou hoje o fiscalista Pedro Marinho Falcão.
Em declarações à Lusa, o advogado diz que “sempre que uma entidade privada exige uma taxa administrativa que excede, total ou parcialmente, o período de utilização da via pública, essa quantia é uma sanção escondida, é uma multa encapotada” e “não há dúvidas de que uma empresa não tem competência para aplicar qualquer sanção a quem utiliza os arruamentos públicos”.
A Câmara do Porto, através de Nuno Santos, adjunto do presidente da autarquia, Rui Moreira, garante estar “absolutamente convicta da legalidade de todo o processo” de concessão e diz que a autarquia não tem conhecimento nem recebeu qualquer queixa relativa a esta matéria.
Marinho Falcão referia-se aos “Avisos de pagamento” por “estacionamento indevido”, da empresa dos parcómetros do Porto a “solicitar o pagamento da taxa de 12 euros” pelo estacionamento sem pagamento, quando as taxas em vigor são de 50 cêntimos ou um euro por hora, dependendo das zonas da cidade.
O pagamento apenas é devido entre as 08:00 e as 20:00 e autorizado por duas horas, de acordo com a sinalização colocada no local e, num dos casos analisados pelo advogado fiscalista, a empresa cobrou 12 euros (um dia inteiro de utilização do lugar de estacionamento) pela ocupação de pouco mais de uma hora (o aviso de pagamento refere a hora a que o veículo foi detetado em infração).
“É uma cobrança ilegal, porque estão a aplicar uma taxa administrativa que excede período de utilização. O que é isto se não cobrar ao infrator uma sanção que corresponde a um pagamento superior ao devido? É uma multa escondida”, avisa o advogado, representante legal da Associação Portuguesa de Direito do Consumo (APDC) numa ação popular movida contra o Estado por considerar ilegais e inconstitucionais os métodos de cobrança das portagens das ex-SCUT.
Marinho Falcão considera que, para além de ilegal, a situação é “eticamente reprovável”, até porque os privados e as autarquias “fazem-se valer da relação custo-benefício” da única opção que resta a quem não paga: avançar para tribunal, com todos as despesas daí decorrentes.
“Eticamente, isto é reprovável, porque o valor subjacente a esta taxa não compensa a ação que o particular possa vir a desencadear. É muito mais simples pagar do que contratar um advogada e ir para tribunal discutir a questão”, observa o fiscalista.
“As câmaras municipais fazem-se valer desta relação custo-benefício para criar este tipo de multas encapotadas porque, na esmagadora maioria dos casos, os cidadãos preferem pagar”, acrescenta.
O advogado admite que, no caso do Porto, é a empresa que arrecada o valor, mas a Câmara “não pode ignorar a cobrança indevida”.
“Pelo menos pelo silêncio e pela inércia, a Câmara do Porto está a ser conivente com a possibilidade de uma entidade privada cobrar taxas ilegais”, destaca Marinho Falcão, notando que autarquia “tem competência para travar este tipo de cobrança e impedir que o privado a exija aos cidadãos”.
Contactado pela Lusa, o adjunto do presidente da Câmara do Porto disse que a questão “numa foi apresentada à autarquia”.
Nuno Santos notou que o sistema de cobrança usado da empresa “é, em tudo, idêntico ao utilizado em parques de estacionamento e portagens, ou seja, no caso de não haver talão, presume-se a extensão/duração máxima da utilização”.
“A Câmara está absolutamente convicta da legalidade de todo o processo. Houve um problema relacionado com as matrículas, que foi detetado por uma entidade reguladora e essa questão foi corrigida e está corrigida”, vincou.
LUSA
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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