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GUARDA: AUTARQUIA COM PREJUÍZO DE 2,5 ME EM PERDAS DE ÁGUA E EM FATURAS POR PAGAR

A Câmara Municipal da Guarda tem um prejuízo acumulado de 2,5 milhões de euros relativamente a perdas de água em 2021 e a faturas de clientes por pagar entre 2017 e 2021, disse hoje o seu presidente.

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A Câmara Municipal da Guarda tem um prejuízo acumulado de 2,5 milhões de euros relativamente a perdas de água em 2021 e a faturas de clientes por pagar entre 2017 e 2021, disse hoje o seu presidente.

Segundo o autarca independente Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), a análise do “estado do setor” revelou que “a dívida de clientes de água, saneamento e resíduos entre 2013 e 2017 reduziu 65%”, na vigência dos antigos SMAS [Serviços Municipalizados], extintos em final de 2017, no montante de 738 mil euros, mas a dívida entre 2017 e 2021 “aumentou 141%”.

“Isto é assustador. E, neste momento, há munícipes que devem à Câmara em água, saneamento e resíduos, cerca de um milhão de euros”, entre dívida de médio e de longo prazo, disse hoje o responsável aos jornalistas, no final da reunião quinzenal do executivo.

Sérgio Costa perguntou: “O que é que se passou com isto? Durante os últimos anos nada se fez para cobrar estes valores?”.

Acresce, segundo o autarca, que as perdas de água, em 2021, de acordo com os relatórios técnicos apresentados à entidade reguladora do setor de águas e resíduos, “foram de 41%”.

Ou seja, explicou, na diferença “entre o que se compra e o que se vende, há 41% que se perde”.

“Sabem em quanto é que isto se traduz em valor monetário, anualmente? Um milhão [e] 563 mil euros”, disse aos jornalistas.

Lembrou que entre 2013 e 2017 “houve uma evolução positiva na redução das perdas de água” de 3%, mas, de 2017 para 2021, as perdas estavam em 28% e passaram para 41%, ou seja, “aumentaram 13%”.

Tudo somado, neste momento, entre a dívida de munícipes de 2013 a 2017 e os prejuízos com as perdas de água em 2021, a autarquia da cidade mais alta do país acumula um prejuízo de 2,5 milhões de euros.

“Vejam só o que é que isto dava para fazer? (…) Dava para fazer já quase uns Passadiços do Mondego inteiros”, observou.

Segundo Sérgio Costa, a situação referida “deve ser o combate dos próximos anos” do executivo que lidera e comprova “o erro colossal da extinção dos SMAS”.

“Isto faz-nos repensar e começarmos a delinear um verdadeiro ‘Plano Marshall’, para combatermos as perdas, sejam elas físicas, comerciais, outro tipo de perdas, sejam elas as dívidas de clientes, dos munícipes”, admitiu o presidente da Câmara Municipal da Guarda.

O autarca lembrou que este ano a autarquia manteve as tarifas do abastecimento de água, saneamento e resíduos do ano anterior.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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