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INTERNACIONAL

LAVROV ACUSA OCIDENTE DE DECLARAR ‘GUERRA TOTAL’ À RÚSSIA

O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, acusou hoje o ocidente de ter declarado uma “guerra total” à Rússia com o objetivo de “destruir” a sua economia e o país.

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O ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, acusou hoje o ocidente de ter declarado uma “guerra total” à Rússia com o objetivo de “destruir” a sua economia e o país.

“Foi-nos declarada uma guerra híbrida total, com o objetivo de destruir, quebrar, aniquilar, estrangular a economia russa, e a Rússia no seu todo”, afirmou Lavrov durante um encontro com uma fundação diplomática russa.

“Este termo [guerra total], que utilizava a Alemanha hitleriana, é agora pronunciado por muitos políticos europeus quando explicam o que pretendem fazer à Rússia”, precisou.

O desempenho central da Rússia na derrota da Alemanha de Hitler em 1945 permanece no centro da identidade nacional russa e do discurso patriótico de Vladimir Putin.

O Presidente russo tinha já utilizado estes termos, numa alusão ao regime nazi, quando denunciou o “blitzkrieg” económico do ocidente ou comparou a suas sanções aos “pogroms anti-semitas”.

No decurso da sua intervenção de hoje, Lavrov também observou que as duras sanções ocidentais demonstram claramente “que todos os valores que infundem os colegas ocidentais, a liberdade de expressar as suas opiniões, a economia de mercado, a inviolabilidade da propriedade privada, não valem nada para eles”.

“Quando o ocidente necessitou de fazer algo de concreto contra a Rússia, desprezou esses valores”, frisou.

No decurso do primeiro mês no que é descrito pela Rússia como uma “operação militar especial” na Ucrânia, com a entrada de milhares de soldados no país vizinho e também com o objetivo de garantir a “desnazificação” do regime de Kiev, o ocidente impôs diversas medidas dirigidas à cadeia logística, à economia e ao sistema financeiro russo, que também abrangem o Presidente Vladimir Putin e diversos oligarcas russos.

No entanto, Lavrov assegurou que a Rússia não está isolada.

“Temos muitos amigos, aliados, parceiros no mundo, um grande número de associações com quem a Rússia trabalha em países de todos os continentes, e vamos continuar a fazê-lo”, disse Lavrov.

Assegurou ainda que uma larga maioria de países não se vai juntar à política de sanções ocidentais contra a Rússia.

O chefe da diplomacia russa também condenou a resolução aprovada pela ONU na quarta-feira que condena a designada “operação militar especial” e pede a retirada imediata das tropas russas.

Dos 193 Estados-membros das Nações Unidas, 141 apoiaram o texto e cinco votaram contra, a Rússia, Bielorrússia, Síria, Coreia do Norte e Eritreia.

“Apesar da propaganda justificada com os votos a favor da resolução provocadora aprovada na ONU, a imensa maioria dos países do mundo que não são parte do ocidente (…) não pretendem censurar de forma unilateral uma das partes” em conflito, argumentou, ao assinalar que muitos “são alvo de pressões colossais”.

Lavrov apelou à resistência a esta “propaganda” e contrapôs “o estado efetivo das relações económicas e comerciais” entre a Rússia e a comunidade internacional.

“A imensa maioria do mundo não aderiu e não vai aderir a estes jogos de políticas de sanções do ocidente”, afirmou, antes de considerar que a maioria da comunidade internacional “pretende o desenvolvimento de uma cooperação internacional em igualdade de direitos” baseada na “igualdade soberana” dos Estados.

“O ocidente viola grosseiramente estes princípios e impõe aos demais a sua superioridade. Temos visto na nossa História, e na História da Europa, tentativas semelhantes de subjugar tudo e todos, e essas tentativas estão condenadas ao fracasso”, concluiu.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que causou, entre a população civil, mais de 1.000 mortos, incluindo 90 crianças, e mais de 1.500 feridos, dos quais 118 são menores.

O conflito também provocou a fuga de mais 10 milhões de pessoas, entre as quais 3,7 milhões para os países vizinhos, segundo os mais recentes dados da ONU.

Segundo as Nações Unidas, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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