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UNIVERSIDADES DE PORTUGAL E ESPANHA LANÇAM PÓS-GRADUAÇÕES CONJUNTAS

As universidades públicas da eurorregião Galiza-Norte de Portugal vão lançar, no próximo ano letivo, quatro pós-graduações conjuntas, “pioneiras a nível europeu” pelo seu perfil cooperativo, transfronteiriço e multidisciplinar, foi hoje anunciado.

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As universidades públicas da eurorregião Galiza-Norte de Portugal vão lançar, no próximo ano letivo, quatro pós-graduações conjuntas, “pioneiras a nível europeu” pelo seu perfil cooperativo, transfronteiriço e multidisciplinar, foi hoje anunciado.

Em causa estão as universidades do Minho, Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, Corunha, Santiago de Compostela e Vigo.

Em comunicado, a Universidade do Minho refere que os estudantes terão acesso a uma rede de recursos partilhada pelas universidades, desde docentes conceituados a literatura disponível.

A oferta inclui os doutoramentos em Matemática e Aplicações e em Ciências Sociais e Envelhecimento, além dos mestrados em Desafios das Cidades e em Direito Transnacional da Empresa e das Tecnologias Digitais.

A primeira fase de candidaturas decorre até 24 de junho e a segunda fase entre 01 e 15 de setembro, em Portugal, tendo as aulas início em outubro.

Os cursos resultam do projeto “Universidade Sem Fronteiras”, que é liderado pela UMinho e junta as seis universidades públicas do Norte de Portugal e da Galiza, a par da Fundação Centro de Estudos Eurorregionais.

O investimento total ronda 1,99 milhões de euros, dos quais 1,49 milhões oriundos de programas comunitários.

“Acreditamos que os novos cursos podem abrir portas a outras formações e até motivar universidades terceiras a replicarem este modelo pioneiro”, considera a coordenadora do projeto e vice-reitora para a Educação e Mobilidade Académica da UMinho, Filomena Soares.

O mestrado em Desafios das Cidades une as seis academias e é lecionado em castelhano, português e galego.

Tem 36 vagas, regime ‘b-learning’ e três semestres.

Os estudantes vão adquirir conhecimento em seis domínios (património construído, ambiente, ciências sociais e educacionais, tecnologias de informação, governança, economia), suportando ações ligadas à construção de cidades sustentáveis, inteligentes, eficientes, resilientes e inclusivas.

O mestrado em Direito Transnacional da Empresa e das Tecnologias Digitais tem também três semestres em regime ‘b-learning’ e 30 vagas.

Lançado pelas universidades do Minho e Santiago de Compostela, visa reforçar as competências de licenciados em Direito que queiram exercer uma profissão jurídica a nível ibérico e internacional.

A formação foca o direito internacional privado, o direito da UE, o direito português e espanhol e o direito comparado, aliando uma forte vertente aplicada às novas tecnologias.

Já o doutoramento em Matemática e Aplicações envolve as seis academias parceiras, tem três anos de duração, regime diurno, quatro idiomas (português, castelhano, galego, inglês) e 30 vagas.

Os formandos vão desenvolver técnicas, linguagens e ferramentas teóricas e computacionais adequadas para a resolução de problemas.

Por outro lado, vão aprofundar a abordagem autónoma de contextos matemáticos, obter competências em modelação inovadora e resolver fenómenos científicos neste âmbito.

O doutoramento em Ciências Sociais e Envelhecimento envolve as universidades do Porto, Trás-os-Montes e Alto Douro, Corunha, Santiago de Compostela e Vigo, possui três anos em regime normal, quatro idiomas (português, castelhano, galego e inglês) e 20 vagas ao dispor.

Trata-se de uma formação avançada sobre envelhecimento demográfico e longevidade a partir da lente das ciências sociais.

Pretende ser uma referência ibérica e agregar variadas áreas disciplinares, capitalizando as suas semelhanças e também as suas diferenças para aprofundar este fenómeno multidimensional.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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