ECONOMIA & FINANÇAS
RYANAIR CRÍTICA AEROPORTO DA MADEIRA
Taxas no Aeroporto da Madeira são “proibitivamente elevadas”; quem o diz é a Ryanair. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
Taxas no Aeroporto da Madeira são “proibitivamente elevadas”; quem o diz é a Ryanair. Segundo a mesma fonte, “lamentavelmente, as taxas atuais no aeroporto da Madeira são proibitivamente elevadas”, recordando que a Ryanair opera em mais de 200 aeroportos em toda a Europa, incluindo 5 aeroportos em Portugal, “de modo que estaríamos prontos e capazes de operar tanto em rotas internacionais como nacionais no Funchal, dependendo dos custos aeroportuários e ofertas concorrentes de outros aeroportos”.
A mesma informadora, Barbara Casanova, Sales and Marketing Executive da Ryanair, revelou ao Económico-Madeira que “vamos anunciar o nosso calendário completo de inverno de 2017 nos próximos meses, pelo que o Funchal deverá contatar-nos com uma proposta competitiva o quanto antes”.
A ausência da Ryanair na linha Madeira-Continente tem gerado nos últimos tempos acesa polémica na Região, dadas as divergências dos argumentos usados pela companhia e pelas autoridades regionais.
Em Junho do ano passado foi noticiado ter o governo madeirense proposto à companhia aérea irlandesa Ryanair a realização de voos para a ilha. A proposta foi confirmada pelo secretário regional do Economia e do Turismo, Eduardo Jesus, que em declarações à RTP Madeira justificou o pedido por ser do interesse da Região “ser adicionada à companhia aérea” além de que “a promoção de uma maior competitividade em rotas para o Continente e a ligação a novos destinos são objetivos em aberto para qualquer companhia” interessada em voar para ou a partir da Madeira.
Uma nova polémica surgiu em dezembro do ano passado depois de terem sido divulgadas declarações imputadas ao governante madeirense, segundo o qual a Ryanair teria exigido 10 milhões de euros anuais para voar para a Madeira. O caso assumiu maiores proporções mediáticas quando o DN madeirense deu manchete ao assunto escrevendo que a “Ryanair nega ter exigido 10 milhões e desconhece propostas da Madeira”.
Imediatamente esta polémica levou o governo insular a negar tais declarações e a responsabilizar a Antena 1 local pela difusão de uma notícia que não terá correspondido ao que teria sido afirmado por Eduardo Jesus no parlamento regional, por ocasião da discussão da proposta de orçamento regional para 2017.
Vários partidos políticos locais criticaram o governo regional por esta situação “confusa e não cabalmente esclarecida” e alguns deles manifestaram interesse em ouvir as explicações do governante no parlamento regional.
O governo madeirense tem repetido que “cabe às companhias interessadas na operação da Madeira e no negócio dai decorrente, estabelecer os respetivos contactos com a ANA–Aeroportos de Portugal e, consequentemente, com a Associação de Promoção da Madeira”, com quem a Ryanair reuniu e trocou correspondência. O executivo insiste no princípio de que a “vinda desta ou de qualquer outra companhia aérea para a Região, desde que se garanta o equilíbrio que tem sido a regra. As 40 companhias que, neste momento, voam de e para a Madeira têm vindo a ser tratadas ao abrigo da legislação europeia e através do recurso aos mecanismos e ferramentas de apoio que são disponibilizadas pelas entidades nacionais, numa estratégia que tem resultado na afirmação e progressiva abertura da Região ao exterior na qual não se afigura razoável que se abra qualquer exceção”.
Por isso, entende o responsável pelo turismo madeirense, “num mercado aberto e concorrencial, não é legítimo que se promovam condições especiais para um operador, em detrimento dos outros”.
O Secretário Regional da Economia e Turismo já se manifestou disponível para ir ao parlamento regional, “as vezes que forem necessárias” visando o esclarecimento deste assunto.
O que é facto é que as declarações de um quadro da Ryanair em Lisboa ao Económico-Madeira confirmam claramente que os valores das taxas no aeroporto do Funchal são o principal obstáculo a essa operação – curiosamente nem a Easyjet nem a Transavia que também operam para a Madeira em ligações internas diárias, suscitaram tal questão – e que a inclusão da Região no calendário da companhia aérea irlandesa depende de uma iniciativa que as autoridades regionais madeirenses tenham nesse sentido, e rapidamente.
Sublinhe-se que a Ryanair opera para os Açores desde a abertura do mercado aéreo regional, facto que tem também alimentado a polémica suscitada em torno deste tema. Alguns especialistas madeirenses ligados ao sector das agências de viagens, contactados pelo nosso jornal, admitem que a entrada de uma companhia aérea com a dimensão e a importância operacional e comercial da Ryanair geraria imediatas inevitáveis e profundas mudanças no quadro actual das ligações aéreas entre a Madeira e o Continente, situação que provavelmente não seria do agrado da concorrência, quer das “low costs” quer da TAP.
ECONOMIA & FINANÇAS
SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.
Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.
Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.
Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.
Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.
Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.
Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.
Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.
No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.
Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.
O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).
A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.
Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.
ECONOMIA & FINANÇAS
ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).
“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.
Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.
O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.
No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.
O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.
Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.
A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.
De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.
O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.
O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.
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