REGIÕES
BRAGANÇA: ALEGADO CASO DE BOTULISMO EM JULGAMENTO SETE ANOS DEPOIS
O caso do botulismo associado a alheiras, em Bragança, começou hoje a ser julgado, sete anos depois da polémica que levou à hospitalização de quatro pessoas e afetou as vendas dos conhecidos enchidos transmontanos.
O caso do botulismo associado a alheiras, em Bragança, começou hoje a ser julgado, sete anos depois da polémica que levou à hospitalização de quatro pessoas e afetou as vendas dos conhecidos enchidos transmontanos.
No banco dos réus está o chefe de cozinha de Bragança Luís Portugal e a empresa de que de era gerente, Verdade Transmontana, acusados de quatro crimes de corrupção de substâncias alimentares, agravados pelo resultado, com um pedido de indemnização global a rondar os 60 mil euros.
O arguido não prestou declarações no início do julgamento em que a acusação concluiu que a causa da doença de quatro pessoas por botulismo, em 2015, se deveu à ingestão de alheiras alegadamente contaminadas com a toxina libertada por uma bactéria, que pode ser fatal.
Os queixosos alegam que consumiram os enchidos comprados numa feira à sociedade e num restaurante do conhecido chefe de Bragança, que tem sido distinguido pela Michelin, nos últimos anos.
O Ministério Público acusa o empresário e a sociedade comercial de terem “desrespeitado diversas normas higienossanitárias na produção, armazenamento, transporte e comercialização das alheiras, o que terá originado a propagação da bactéria”.
A acusação entende que, enquanto gerente da empresa, “lhe cabia dirigir e determinar os termos de todo o processo de produção de fumeiro a que esta sociedade se dedicava, com unidade de fabricação e armazém em locais distintos de Bragança”.
Refere ainda que cabia ao empresário “nomeadamente a responsabilidade pela aquisição e transporte de matérias-primas, fabricação, embalamento, transporte, acondicionamento e exposição para venda”.
A acusação concluiu que no verão de 2015 o arguido, “no exercício destas suas funções, determinou a produção, armazenamento, transporte e comercialização de pelo menos 240 alheiras, desrespeitando diversas normas higienossanitárias que regulam todo este processo”.
O despacho especifica que o local de armazenamento dos produtos não estava licenciado e que o transporte se efetuava “sem observar as condições necessárias para inibir a multiplicação de micro-organismos”.
Especifica ainda que “transportava as carnes para produção sem refrigeração, não realizava quaisquer análises para detetar a presença de agentes zoonóticos, quer aos produtos recebidos de terceiros quer aos que produzia”, e que “incumpria diversas normas relativas à rotulagem”.
“Por força de todos os incumprimentos, não só as alheiras foram contaminadas por micro-organismos da bactéria ‘clostridium botulinum’, com a consequente produção da toxina botulínica, como essa contaminação nunca foi detetada e foi potenciada por não terem sido observados procedimentos de conservação adequados”, sustenta a acusação.
No despacho concretiza-se que “as alheiras assim contaminadas foram vendidas nos dias 24 e 27 de agosto de 2015, no stand da sociedade na Feira Agrival 2015, em Penafiel, e nos dias 05 e 10 de setembro de 2015, no restaurante explorado pela sociedade, em Bragança.
“Consumidas, vieram a provocar botulismo em quatro pessoas, com internamento hospitalar e perigo concreto para a vida, dando causa a lesões que demandaram para a cura entre 74 e 181 dias”, aponta ainda a acusação.
O caso foi conhecido a 26 de setembro de 2015 quando as autoridades de saúde deram conta dos primeiros casos de botulismo associando-os a alheiras comercializadas com a marca “Origem Transmontana”.
O caso teve repercussões num dos mais conhecidos produtos da região, a conhecida alheira de Mirandela, com quebras na vendas na ordem dos 70%, apesar de os produtos em causa não pertencerem a esta zona.
Nos meses seguintes, autoridades locais e nacionais, deslocaram-se ao Nordeste Transmontano a defender a qualidade dos produtos regionais e o caso levou mesmo o Governo a assegurar que Portugal é um país com “elevadíssima” segurança alimentar.
O empresário queixou-se naquela ocasião de ter sido vítima de “terrorismo pessoal e empresarial”.
Considerou ainda ter sido apontado por se tratar de “uma figura pública que no mercado nacional era a referência da gastronomia de Trás-os-Montes, que estava entre os melhores chefes nacionais de cozinha, nas melhores lojas do país” e tinha “uma marca líder do mercado da qualidade em Portugal”.
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VIANA DO CASTELO: NOVA FÁBRICA VAI CRIAR 500 POSTOS DE TRABALHO
O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.
O grupo CTS e Eaton vão abrir em Viana do Castelo, em fevereiro de 2026, uma fábrica de 50 milhões de euros e empregar 500 trabalhadores para produzir unidades de distribuição de eletricidade para os data center.
Filip Schelfhout, presidente executivo do CTS Group, que falava na apresentação pública do projeto de investimento na Câmara de Viana do Castelo, adiantou que a nova unidade, a instalar em terrenos situados entre as freguesias de Darque e Vila Nova de Anha, adiantou que a fábrica irá produzir, por ano, 400 toneladas de Unidades de Distribuição de Energia Elétrica (EPOD), para o mercado mundial de data center.
O responsável revelou que a empresa NordicEpod, que resulta da parceira entre o grupo norueguês CTS e a norte-americana Eaton, vai construir a nova fábrica nos 110 mil metros quadrados adquiridos em Viana do Castelo e que os 500 postos de trabalho diretos serão preenchidos com mão-de-obra qualificada, sobretudo engenheiros.
Com um total de construção de 21 mil metros quadrados, a área de produção ficará instalada em 12 mil metros quadrados.
O responsável adiantou que 90% da produção da unidade, que vai entrar em laboração no dia 01 de fevereiro de 2026, destina-se ao mercado europeu e do Médio Oriente, mas estimou entrar no mercado nacional e em outros, face ao crescimento do setor.
Quando começar a laborar, a fábrica irá “despachar”, através do porto de mar de Viana do Castelo, situado a menos de um quilómetro, 10 toneladas EPOD’s, por semana, e 450, por ano, estimando uma faturação anual de 650 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas, Francisco Reis CEO da BIMMS, que pertence ao grupo norueguês, explicou que os EPOD, que atingem 17 metros de comprimento e 3,5 de largura, são “equipamentos pré-fabricados de transformação de energia de média para baixa corrente que se destinam, essencialmente a suportar instalações críticas, como é o caso dos data centers que não podem ter falhas de energia”.
“Estamos a falar de data centers como a Amazon, Google, Meta, TikTok. São data centers que não podem deixar de ter energia elétrica porque se isso acontece o mundo para”, acrescentou.
Além do mercado externo, Francisco Reis disse que se espera o investimento esta segunda-feira anunciado venha a produzir para Portugal.
“O crescimento da fábrica pode ser feito em duas fases. Internamente terá duas linhas extra de produção que podemos ativar quando aumentar a procura, mas também podemos ativar a construção de outras fábricas, se for necessário servir outros mercados”, referiu.
Francisco Reis explicou que “a fábrica terá duas de produção, uma destinada aos EPOD e, outra, de produção de quadros elétricos”.
A “localização dos terrenos, junto ao porto de mar, a 10 minutos de distância do centro da cidade e a motivação do presidente da Câmara” determinaram a escolha de Viana do Castelo para a instalação da nova fábrica.
O autarca socialista Luís Nobre destacou a “magnitude do projeto e dos parceiros envolvidos”, num setor que considerou “emergente”, capaz de “ter um efeito de arrastamento de outros agentes económicos para se instalarem no concelho”.
“O volume de negócios da nova fábrica está estimado em 650 milhões de euros, por anos. Esse valor representa, atualmente, mais de metade das exportações de Viana do Castelo”, apontou.
Para Luís Nobre trata-se de “um investimento com uma forte componente de inovação e de impacto na nossa economia e na nossa riqueza”.
“Precisávamos deste projeto para tornar o nosso porto de mar num fator de criação de riqueza”, disse, referindo que no concelho estão instaladas mais de 30 multinacionais.
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AVEIRO: LUÍS SOUTO MIRANDA É CANDIDATO DO PSD À AUTARQUIA
O atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto Miranda, vai ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Aveiro, nas eleições autárquicas, informou esta segunda-feira fonte da concelhia do partido.
O atual presidente da Assembleia Municipal de Aveiro, Luís Souto Miranda, vai ser o candidato do PSD à presidência da Câmara de Aveiro, nas eleições autárquicas, informou esta segunda-feira fonte da concelhia do partido.
Em declarações à Lusa, o presidente da concelhia de Aveiro do PSD, Simão Santana, confirmou que Luís Souto Miranda será o candidato do partido à câmara local, adiantando que “foi uma decisão da direção nacional do PSD”.
Luís Souto vai assim disputar a presidência da Câmara com o irmão Alberto Souto Miranda, que liderou a autarquia aveirense, entre 1998 e 2005, e que também já anunciou a sua candidatura pelo PS.
Licenciado em Biologia pela Universidade de Aveiro, Luís Souto, de 60 anos, é especialista na área de Genética Forense e Populacional, mestre em Genética Aplicada, pela Universidade do Porto, e doutorado em Ciências Biomédicas, pela Faculdade de Medicina -Universidade de Coimbra.
Atualmente, é docente de bioética e genética forense na Universidade de Aveiro e desempenha o cargo de presidente da Assembleia Geral da ADERAV – Associação para Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro e da Confraria dos Ovos Moles.
Luís Souto é o segundo candidato à presidência da Câmara de Aveiro a surgir, depois de Alberto Souto Miranda, pelo PS.
Atualmente, a Câmara Municipal de Aveiro é liderada pelo social-democrata Ribau Esteves que completará o seu terceiro mandato e que não poderá, por esse motivo, recandidatar-se.
As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro de 2025.
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