REGIÕES
AUTARQUIA ASSUME GESTÃO DO CINEMA BATALHA
A Câmara Municipal do Porto anunciou hoje que irá assumir, durante 25 anos, a gestão do histórico Cinema Batalha graças a um contrato com os proprietários que prevê o pagamento de uma renda mensal de 10 mil euros. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
A Câmara Municipal do Porto anunciou hoje que irá assumir, durante 25 anos, a gestão do histórico Cinema Batalha graças a um contrato com os proprietários que prevê o pagamento de uma renda mensal de 10 mil euros.
“A autarquia vai recuperar o histórico edifício e pô-lo ao serviço da produção cultural da Invicta, depois de anos de abandono”, pode ler-se em nota divulgada hoje na página de Internet da Câmara do Porto.
Esta recuperação e dinamização do Cinema Batalha, vertida numa proposta que segue para debate na reunião de câmara de terça-feira, será possível “graças à assinatura de um contrato que abre portas à reabilitação do edifício e à sua dinamização”, destaca a autarquia.
“A câmara e os proprietários do edifício, considerado um dos mais importantes marcos arquitetónicos do Porto, acordaram o arrendamento pelo valor mensal de 10 mil euros, que permitirá o desenvolvimento de um projeto ligado ao cinema, assente nos valores da memória, conhecimento e inovação”, acrescenta.
O contrato de arrendamento para fins não habitacionais, a que a Lusa teve acesso, prevê que o imóvel seja utilizado para “a instalação de um cinema municipal e para a promoção de um projeto cultural”, que passará a integrar salas de exibição, de estudo e investigação, uma área de lazer “que facilite, e fomente, dinâmicas de fruição cultural” e equipamento adequado.
O documento autoriza também a “cessão da posição contratual” da autarquia “para uma empresa municipal do Município do Porto”.
Um dos principais eixos estratégicos do projeto “Cinema Batalha” será “o conhecimento sobre a História do Cinema através de sessões regulares de cinema de arquivo, em formatos analógicos e digitais”.
Com este projeto, a Câmara do Porto visa ainda disseminar os “discursos contemporâneos na área do cinema sem canais de difusão no circuito comercial e nos festivais existentes”, apoiar agentes programadores e distribuidores na apresentação de novas cinematografias e debates, e ainda a investigação no “domínio da História do Cinema e do pensamento crítico sobre a Imagem em Movimento”.
Para a Câmara do Porto, a reabilitação e utilização do “famoso edifício” do Cinema Batalha serão “fundamentais na recuperação social e comercial de toda a Praça da Batalha e ruas adjacentes, como é o caso a rua 31 de janeiro”.
“O funcionamento do Cinema Batalha constitui também a consolidação da estratégia de regresso do cinema à Baixa do Porto, iniciada com o lançamento do cartão Tripass e com a dinamização dos cinemas Trindade, Passos Manuel e Auditório Isabel Alves Costa, no Rivoli”, indica a autarquia.
Já de acordo com a proposta, a celebração do contrato de arrendamento por 120 mil euros por ano – montante “inferior ao valor da avaliação externa efetuada” – é defendida tendo em conta a “necessidade de existência de um projeto aglomerador dedicado à memória do Cinema”.
No final de outubro, o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, assumiu que a autarquia gostaria de adquirir ou de arrendar a longo prazo o Cinema Batalha.
“O Cinema Batalha é uma velha aspiração da cidade”, afirmou então o autarca, referindo também que “os proprietários não têm interesse em ser eles a operar o cinema”.
Rui Moreira irá realizar sexta-feira, pelas 11:30 horas, uma visita ao Cinema Batalha, no âmbito da reabilitação e dinamização do edifício.
Construído na década de 1940 e classificado como Monumento de Interesse Público em 2012, o Cinema Batalha foi encerrado em 2000, reaberto em 2006 e novamente fechado no fim de 2010.
A Associação de Comerciantes do Porto (ACP) ficou com o imóvel em 2002, no âmbito das negociações entre a Câmara e o grupo Amorim para viabilizar o Plano de Pormenor das Antas (PPA), a construção do estádio do Dragão e a realização do Europeu de Futebol de 2004 no Porto.
Foi no cinema Batalha que a ACP investiu grande parte dos cinco milhões de euros entregues pelo grupo Amorim nas negociações do PPA, mas os comerciantes acabariam por entregar as chaves do equipamento aos proprietários em 2010, alegando “prejuízos mensais avultados”.
No fim de 2011, a Neves & Pascaud, proprietária do Cinema Batalha, acusou a Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) de estar a fazer uma “expropriação encapotada” do imóvel, por não responder a propostas formais e não permitir novos usos para o equipamento.
O advogado da empresa disse à Lusa que “se o edifício mantiver exclusivamente uma vertente cultural, não terá viabilidade”.
LUSA
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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