REGIÕES
LISBOA: EX-AUTARCAS ACUSADOS DE DESVIO
Ex-autarcas de freguesia de Lisboa acusados de desviar 316 mil euros. Antigo presidente e tesoureiro da Junta de Arroios estão acusados, em co-autoria, de peculato. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !
O Ministério Público (MP) acusou dois antigos autarcas da freguesia de Arroios, em Lisboa, de gastarem, entre 2005 e 2009, 316.000 euros em viagens, restauração, combustível e na contratação de serviços e avenças, alguns celebrados com familiares.
Segundo o despacho de acusação do MP, a que a agência Lusa teve hoje acesso, João Taveira, presidente da Junta de Freguesia de São Jorge de Arroios, entre 2005 e 2009, e Rodrigo Neiva Lopes, que ocupou os cargos de vogal, tesoureiro, assessor e secretário-geral durante esse mandato de executivo PSD, estão acusados, em co-autoria, de peculato.
A primeira situação ilegal descrita na acusação foi a criação da Casa da Lusofonia, que serviu para “retirar dinheiro” à junta ou para “custear” despesas com viagens à Guiné-Bissau e Brasil, alojamentos, gastos com táxis e ajudas de custo.
“No total, a Casa da Lusofonia implicou despesas para a JFA [Junta de Freguesia de Arroios] de 40.755 euros, sem que a junta tivesse atribuições em tal matéria e sem a realização de concursos públicos nem deliberações do executivo”, diz o MP.
A acusação frisa que os arguidos atribuíram “de forma irregular” bolsas de estudo de mais de 7.300 euros a quatro bolseiros que “não eram residentes” na JFA, sendo um deles João Belchior, membro dos órgãos da Secção E do PSD de Lisboa.
Na sede da Junta funcionava um posto clínico que dava consultas a qualquer cidadão, mediante o pagamento de um valor. Entre 2005 e 2009, os arguidos “determinaram que pessoas do seu conhecimento pessoal tivessem acesso a consultas e tratamentos gratuitamente”, o que “representou uma ausência de receita para a JFA” de 5.064 euros.
O MP indica que João Belchior acedeu a 11 consultas de várias especialidades, perfazendo 477 euros, “caso fossem pagas”, enquanto a esposa e a filha do então presidente da junta também terão usufruído de 11 consultas avaliadas em 542 euros.
Quanto à prestação de serviços/avenças, a JFA celebrou nestes anos contractos superiores a 182.000 euros “sem qualquer procedimento ou cabimento legal, não existindo para as juntas a possibilidade de nomear pessoal de apoio ao executivo”.
A acusação sustenta que foram celebrados contractos de assessoria, consultoria e prestação de serviços com vários elementos que à data pertenciam aos órgãos da Secção E do PSD Lisboa, nomeadamente João Belchior, Francisco Catalão e Nuno Lopes, irmão de Rodrigo Neiva Lopes.
O MP afirma que a namorada de Rodrigo Neiva Lopes também recebeu 32.730 euros a título de prestação de serviços para “levantamento do comércio da freguesia, assessora do desporto, assessoria a vogais e assessoria do executivo”.
O arguido Rodrigo Neiva Lopes recebeu da JFA, por ordem do próprio ou de João Taveira, 15.650 euros a título de “avençados” ou cheques da junta, segundo o MP.
A acusação diz que a esposa de João Taveira também recebeu indevidamente da junta mais de 6.000 euros, entre 2008 e 2009.
Quanto a despesas com restauração, o ex-presidente da junta determinou, em 2009, que a JFA pagasse 7.005 euros a um restaurante, em Cascais, sua propriedade. “Agiu o arguido sabendo que sobre si recaia impedimento legal de contratar consigo próprio”, sublinha o MP.
A acusação discrimina ainda dezenas de faturas de refeições pagas pela JFA noutros restaurantes, totalizando 16.114 euros, “em proveito próprio” dos arguidos ou de terceiros.
Nos natais de 2006, 2006 e 2009, por decisão de João Taveira, a junta de São Jorge de Arroios adquiriu cabazes a uma empresa de um seu familiar, totalizando quase 21.000 euros.
Entre 2007 e 2008, os arguidos autorizaram a aquisição de equipamentos para dotar o ginásio da Mouraria, que não pertencia à área geográfica da JFA, no valor global de 22.512 euros.
Os arguidos, salienta o MP, determinaram que a junta de freguesia adquirisse computadores “para proveito próprio”, no montante total de 4.754 euros, material que “não foi inventariado nem entregue à junta”.
João Taveira, refere a acusação, adquiriu uns óculos de 883 euros com dinheiro da junta, uma “despesa da vida privada”.
O MP refere ainda que a JFA alugou uma viatura ligeira para quatro dias, entre 28 de novembro e 02 de dezembro de 2008, sendo João Belchior o condutor. “Tal viatura destinou-se a deslocação a Penafiel ao XX congresso da JSD”, indica a acusação, sublinhando que a despesa de 337 euros foi paga pela JFA.
Em 2009, os arguidos determinaram o pagamento a uma agência funerária as despesas relativas de um funeral, “sem justificação ou competência para tal”.
O MP reclama a devolução ao Estado do prejuízo causado: 316.699 euros. Ainda decorre prazo para que os arguidos possam requerer a abertura de instrução.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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