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PARTOS PREMATUROS PRINCIPAL CAUSA DE MORTE INFANTIL NO MUNDO – OMS E UNICEF

Os partos prematuros são a principal causa de morte infantil no mundo e a África subsaariana é a região onde ocorrem mais mortes, a par da Ásia central e do sul, revela um relatório da OMS e da Unicef.

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Os partos prematuros são a principal causa de morte infantil no mundo e a África subsaariana é a região onde ocorrem mais mortes, a par da Ásia central e do sul, revela um relatório da OMS e da Unicef.

Embora a situação seja pior nas duas regiões referidas, a taxa de natalidade de prematuros não se alterou em nenhuma região do mundo na década de 2010 a 2020, com 152 milhões de bebés vulneráveis a “nascerem demasiado cedo”, expõem no relatório hoje divulgado a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Os dados mais recentes são de 2020 e mostram que ocorreram 4,5 milhões de mortes somando mortes maternas, nados-mortos e mortes de recém-nascidos, com cinco países africanos na lista dos 10 com maior número de ocorrências.

A Nigéria (540 mil mortes) ocupa o segundo lugar na lista encabeçada pela Índia, a República Democrática do Congo (241 mil) o quarto lugar, a Etiópia (196 mil) em quinto e a Tanzânia (94 mil) ocupa o 10.º lugar na lista destes dez países que, no conjunto representam também 60% do total mundial das mortes maternas, nados-mortos e mortes de recém-nascidos e 51% dos nascimentos.

As desigualdades relacionadas com raça, etnia e acesso a cuidados de qualidade determinam a probabilidade de nascimentos prematuros e risco de mortalidade de bebés e mães, mesmo em países de alto rendimento, mostram as estimativas atualizadas da OMS e da Unicef que fundamentam o relatório, elaboradas em conjunto com a Escola de Higiene e Medicina Tropical.

Por exemplo, quase um em cada 10 bebés prematuros nasce nos 10 países considerados mais frágeis afetados por crises humanitárias, onde se incluem a RDCongo, que lidera, o Sudão, a Somália, o Chade, o Sudão do Sul e a República Centro-Africana, de acordo com a análise dos dados recolhidos para este trabalho.

Os cuidados pré-natais, atendimento qualificado no parto e cuidados pós-parto para mães e recém-nascidos foram indicadores tidos em consideração no relatório, surgindo a região subsaariana do continente africano mais uma vez como aquela que enfrenta maiores riscos.

Se todas as regiões dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS, estabelecidos pela ONU) “têm mostrado uma ligeira melhoria no aumento da cobertura de, pelo menos, quatro observações antes do parto”, duas regiões permaneçam “muito abaixo da meta global” (90%) a atingir em 2025, sendo a “África subsaariana a que está mais abaixo (com 54%)”, lê-se no relatório.

Noutro indicador, o atendimento qualificado no parto, a cobertura tem melhorado em todas as regiões desde 2010, mas “as estimativas para 2022 e projeções para 2025 sugerem que a África subsariana não chegará à meta de 90%”.

Também nos cuidados pós-parto, a OMS e a Unicef concluem que a África subsaariana é a região do mundo que está mais “abaixo da meta (59%) e não se prevê que atinja o objetivo global até 2025”.

A nível mundial, o relatório também destaca que os impactos de conflitos, mudanças climáticas e danos ambientais, da pandemia de covid-19 e o aumento do custo de vida estão a aumentar os riscos para mulheres e bebés.

Por exemplo, “estima-se que a poluição atmosférica contribua para seis milhões de nascimentos prematuros por ano”, indicam os responsáveis pela análise dos dados.

O relatório foi divulgado no âmbito da Conferência Internacional de Saúde Materna Neonatal, que decorre na Cidade do Cabo, na África do Sul, de 8 a 11 de maio, e nela a OMS, a Unicef e outros organismos apelam a ações concretas para melhorar os cuidados prestados às mulheres e aos recém-nascidos e mitigar os riscos de partos prematuros.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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