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TRUMP SOFREU MAIS UM REVÉS

O Presidente norte-americano prometeu na quarta-feira que vai recorrer da decisão de um juiz federal do Hawai, que chumbou ontem a nova versão do decreto anti-imigração. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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O Presidente norte-americano prometeu na quarta-feira que vai recorrer da decisão de um juiz federal do Hawai, que chumbou ontem a nova versão do decreto anti-imigração. Trump critica o que caracteriza como um abuso do poder judicial “sem precedentes” e garante que irá “tão longe quanto necessário” para inverter a decisão. Ou seja, até ao Supremo Tribunal.

O decreto foi revisto pela administração Trump nas últimas semanas e proibia a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de seis países muçulmanos. Mas o novo decreto anti-imigração – bandeira da política enaltecida pelo Presidente norte-americano – motivou um segundo embate entre os poderes executivo e judicial em menos de dois meses de mandato.

Desta vez foi um juiz federal do Hawai a ordenar cessação imediata da ordem. O magistrado Derrick Watson emitiu a ordem de suspensão temporária e imediata, paralisando desta forma a lei a nível nacional, horas antes da data definida para entrar em vigor. Na justificação desta decisão, o juiz argumenta que a lei expõe uma “falta de lógica palpável” por parte do Governo.

“A noção de que se pode mostrar animosidade para com qualquer grupo de pessoas, tendo todas elas ao mesmo tempo como alvo, é fundamentalmente errónea”, sublinhou.

Segundo o juiz, a motivação única da nova ordem executiva passa por banir muçulmanos, o que trai “o propósito secular” declarado pela lei. Para chegar a tal conclusão, o juiz recupera as declarações de Trump e apoiantes ao longo dos últimos meses, incluindo os que foram feitos durante a campanha eleitoral.

No entendimento do juiz, essas declarações demonstram que a verdadeira intenção é vedar a entrada de muçulmanos, o que constitui uma clara violação da Constituição norte-americana.

Neste novo episódio na luta de Donald Trump contra a justiça, o Presidente diz estar disposto a combater até às últimas consequências, ou seja, até ao tribunal máximo dos Estados Unidos.

“Vamos lutar contra esta decisão terrível. Vamos levar esta luta tão longe quanto necessário, até ao Supremo Tribunal”, prometeu ontem durante um comício em Nashville, no Tennessee, pouco depois de ter sido revelada a decisão do juiz.

Donald Trump considerou que a nova decisão “faz com que a América pareça fraca” e foi tomada apenas por “razões políticas”. Considerou que a nova ordem executiva anti-imigração, retificada nas últimas semanas, constituía “uma versão diluída” do primeiro decreto presidencial. Irritado com mais um travão da justiça, o Presidente admite agora voltar à versão original do texto.

“Acho que devemos voltar à primeira ordem executiva e levá-la até ao fim. Vamos vencer, vamos vencer.”

Por se tratar de uma restrição temporária, o magistrado deverá esclarecer nos próximos dias se a decisão será prorrogada pela justiça. Até lá, o Departamento de Justiça deverá recorrer da deliberação nos próximos dias.

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BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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