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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

DESCOBERTOS OS MAIS ANTIGOS VESTÍGIOS DE PEIXES DO MAR PROFUNDO COM ‘MÃO’ PORTUGUESA

Uma equipa internacional de cientistas, incluindo os paleontólogos portugueses Carlos Neto de Carvalho e Mário Cachão, descobriu na cordilheira dos Apeninos, em Itália, os mais antigos vestígios de peixes do mar profundo, com 130 milhões de anos.

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Uma equipa internacional de cientistas, incluindo os paleontólogos portugueses Carlos Neto de Carvalho e Mário Cachão, descobriu na cordilheira dos Apeninos, em Itália, os mais antigos vestígios de peixes do mar profundo, com 130 milhões de anos.

A equipa analisou turbiditos (depósitos sedimentares) fossilizados das planícies abissais (extensa área de fundos marinhos) do antigo oceano de Tétis (atual mar Mediterrâneo), do período do Cretáceo Inferior, e os resultados obtidos permitem antecipar o aparecimento de peixes no mar profundo em mais de 80 milhões de anos.

O estudo, que contou com a colaboração de Carlos Neto de Carvalho e Mário Cachão, ambos investigadores do Instituto Dom Luiz da Universidade de Lisboa, foi publicado esta semana na revista científica PNAS e hoje divulgado em comunicado pela Naturtejo — Empresa de Turismo.

A Naturtejo gere um geoparque que se estende pelos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão e cujo coordenador científico, Carlos Neto de Carvalho, é coautor do estudo.

De acordo com o estudo, os vestígios encontrados na cordilheira dos Apeninos, a noroeste, perto das cidades de Piacenza, Modena e Livorno, sugerem a atividade de pelo menos três espécies de peixes que se alimentavam de animais invertebrados que se fixavam nos sedimentos marinhos, com as observações a serem “consistentes com a transição dos vertebrados do Cretáceo Inferior para o mar profundo, desencadeada pela disponibilidade de novas fontes de alimento”.

Os vestígios, os mais antigos de vertebrados de águas profundas, incluem marcas de trilhos sinuosos formados pela cauda de um peixe enquanto nadava ou marcas de escavações em forma de tigela feitas pelos peixes enquanto se alimentavam, descreve o comunicado da Naturtejo, acrescentando que essas marcas são semelhantes “às estruturas produzidas pelos peixes modernos que se alimentam arranhando o fundo do mar ou expondo por sucção as presas que vivem no fundo”.

Segundo a equipa científica, trata-se de comportamentos que lembram os `Neoteleostei`, grupo de peixes que inclui os modernos peixes-lagarto.

No então oceano de Tétis, a milhares de metros de profundidade, os peixes tiveram de enfrentar “condições ambientais extremas” face às suas origens de águas costeiras: escuridão, temperaturas próximas da congelação e pressões enormes.

Tais condições “exigiram adaptações para a vida no fundo do mar que são inovações evolutivas tão significativas quanto aquelas [como membros e asas] que permitiram a colonização da terra e do ar” por outras espécies de vertebrados, realça o mesmo comunicado.

O estudo teve ainda contributos de investigadores italianos, incluindo Andrea Baucon, primeiro autor do trabalho e que também trabalha no geoparque da Naturtejo, bem como espanhóis e britânicos.

Na fotografia o cientista Carlos Neto de Carvalho.

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DESINFORMAÇÃO “ESTÁ MUITO PRESENTE NO AMBIENTE ONLINE”

A responsável pelas políticas públicas e assuntos governamentais do TikTok Portugal e Espanha afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação “está muito presente no ambiente ‘online’” e, por isso, a rede social tem de investir no seu combate.

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A responsável pelas políticas públicas e assuntos governamentais do TikTok Portugal e Espanha afirma, em entrevista à Lusa, que a desinformação “está muito presente no ambiente ‘online’” e, por isso, a rede social tem de investir no seu combate.

“A desinformação está muito presente no ambiente ‘online’, achamos que é algo que temos de investir e é por isso que confiamos nos ‘fact-checkers’ com parceiros locais”, diz Yasmina Laraudogoitia.

A responsável esteve em Portugal para participar no 33.º Congresso da APDC.

Atualmente, a rede social conta com “3,3 milhões de utilizadores mensalmente ativos” em Portugal.

Em Portugal, a rede social trabalha com o Polígrafo, considerando esta parceria “imensamente útil”.

“Temos colaborado com eles, digamos, de forma consistente e constantemente”, prossegue, apontando que no caso das eleições portuguesas, decorridas em 10 de março, trabalharam este evento específico com o Polígrafo.

“Temos um fluxo de trabalho específico com o Polígrafo e agora com as eleições europeias também”, acrescenta Yasmina Laraudogoitia.

“É muito importante recolhermos informações de especialistas”, sublinha a responsável.

Yasmina Laraudogoitia explica também como o TikTok usa o sistema de moderação.

“Treinamos o nosso sistema de moderadores, as nossas equipas de moderação são treinadas especificamente em desinformação graças a esta parceria e desta forma podemos saber que tipo de informação é mais popular e, assim por diante”, e depois é utilizada também a inteligência artificial (IA).

Nos conteúdos gerados por IA pode haver informação enganosa e prejudicial e daí advir desinformação.

“Na verdade somos a primeira plataforma que inclui uma ferramenta para que os criadores de conteúdo possam rotular” se houve manipulação.

Ou seja, “se eles fizerem um vídeo que é manipulado com IA, que é gerado com IA, eles podem ser capacitados e informar a comunidade. E isso está a ser feito com inteligência artificial, explica.

E agora “estamos a colaborar com a Coalition for Provenance and Authenticity”, acrescenta.

O que é que isso quer dizer? “O nosso sistema de moderação será mais eficiente na deteção de conteúdo gerado por IA e, desta forma, poderemos moderar melhor e poderemos ser mais eficientes em termos de também combater a desinformação”, explica.

O TikTok usa a IA para o sistema de recomendação para fornecer a melhor experiência, o melhor conteúdo para cada utilizador e para a moderação também.

“Implementámos os protocolos de conteúdos e com isso somos mais capazes de identificar conteúdos gerados”, diz.

Com os conteúdos gerados por IA, a TikTok pretende fornecer mais transparência aos utilizadores e também ser mais eficiente em termos de moderação de conteúdo, como também capacitar a comunidade.

Em suma, “transparência e empoderamento”, remata.

Em termos de fornecimento de contexto, “temos 40.000 profissionais em todo o mundo” no combate à desinformação, diz, e 173 moderadores para conteúdo específico.

Mas este número vai se alterando conforme o conteúdo evolui.

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SAÚDE: CIENTISTAS MAIS PERTO DA NOVA VACINA EFICAZ CONTRA O VIH (HIV)

Os cientistas fizeram vários avanços no desenho de uma classe de vacinas contra o VIH que pode oferecer ampla proteção contra o vírus, de acordo com quatro novas investigações com diferentes métodos para obter anticorpos neutralizantes de amplo espetro.

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Os cientistas fizeram vários avanços no desenho de uma classe de vacinas contra o VIH que pode oferecer ampla proteção contra o vírus, de acordo com quatro novas investigações com diferentes métodos para obter anticorpos neutralizantes de amplo espetro.

Os resultados destes estudos ainda preliminares foram publicados nas revistas Science, Science Translational Medicine e Science Immunology, e todos os quatro trabalhos descrevem novos passos numa estratégia de vacinação sequencial, para obter um candidato eficaz contra o vírus VIH-SIDA, noticiou esta quinta-feira a agência Efe.

As experiências foram realizados em macacos rhesus e ratos (camundongos), e uma das propostas está na fase 1 de testes clínicos.

Entre os autores estão cientistas do American Scripps Research Institute, da Universidade de Louisville e da Universidade da Califórnia, em San Diego.

A epidemia do VIH entrou na sua quinta década e a comunidade científica dedicou tempo e recursos ao desenvolvimento de vacinas candidatas contra o vírus.

No entanto, as autoridades de saúde ainda carecem de uma vacina eficaz e aprovada que induza anticorpos amplamente neutralizantes, capazes de neutralizar as estirpes de VIH circulantes mais comuns, sublinhou o grupo num resumo na revista Science.

Uma solução é um processo chamado seleção germinativa, no qual os investigadores utilizam uma série de proteínas dirigidas pelo sistema imunitário (imunógenos) para guiar e ‘preparar’ as células B jovens à medida que amadurecem em locais chamados centros germinativos.

O objetivo é induzir as células a produzirem anticorpos amplamente neutralizantes contra o VIH.

José Alcamí, diretor da Unidade de Imunopatologia da SIDA do Instituto de Saúde Carlos III, salientou que o objetivo de qualquer vacina preventiva é induzir a produção de anticorpos neutralizantes pelo sistema imunitário e normalmente o antigénio utilizado deve incluir ou ser formado pelo envelope ou proteínas de superfície do vírus.

São estas proteínas que interagem com os recetores de entrada na célula, pelo que o seu bloqueio por anticorpos neutraliza a infeção do vírus, explicou o Science Media Center Spain (SMC), uma plataforma de recursos científicos.

A dificuldade na obtenção de uma vacina deve-se à estrutura do envelope do VIH, que o torna muito inacessível à ação dos anticorpos neutralizantes, detalhou o virologista, que não está envolvido nos estudos.

Dada a dificuldade de gerar anticorpos neutralizantes contra o VIH, os autores destes novos trabalhos orientam o sistema imunológico a gerar um tipo específico de anticorpos neutralizantes com diferentes imunógenos.

Primeiro mais simples (para que possam ser melhor reconhecidos) e depois mais complicados e próximos da proteína do envelope original do VIH, detalhou Julià Blanco, chefe do grupo de Virologia e Imunologia Celular do Instituto IrsiCaixa de Pesquisa em SIDA.

A proteína do envelope do VIH possui diferentes regiões que são reconhecidas por anticorpos neutralizantes. Para uma região específica (o sítio de ligação do CD4), essa estratégia já tinha sido utilizada e chegou até a estudos em humanos.

Agora aparece uma segunda região (a base do loop V3) que também pode ser usada de forma semelhante.

“Se as duas estratégias forem combinadas, poderá ser gerada uma maior quantidade e diversidade desses anticorpos neutralizantes (o que tornaria uma potencial vacina mais eficaz)”, realçou Blanco, que não participa dos estudos.

A vacinação sequencial pode ser uma excelente estratégia, mas pode exigir um número excessivo de imunógenos, o que dificultaria sua conversão num produto que chegasse à população mais necessitada.

“Há muito trabalho pela frente”, resumiu a SMC.

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