ECONOMIA & FINANÇAS
EM TEMPOS DE CRISE O BANKINTER APRESENTA LUCROS DE 684 MILHÕES EM NOVE MESES
O grupo bancário espanhol Bankinter teve lucros de 684,7 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 59,2% do que no mesmo período de 2022, anunciou hoje a entidade.
O grupo bancário espanhol Bankinter teve lucros de 684,7 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 59,2% do que no mesmo período de 2022, anunciou hoje a entidade.
O banco, que está presente em Portugal, atribui o resultado a uma “maior atividade comercial” e às taxas de juro mais elevadas, segundo um comunicado.
A margem de juros aumentou 53,8% nos primeiros nove meses do ano, para 1.639 milhões de euros, enquanto a margem bruta (que inclui todas as receitas) cresceu 32% e superou os 2.000 milhões de euros, incluindo 459 milhões em comissões liquidas.
O Bankinter superou nos primeiros nove meses do ano, pela primeira vez, os mil milhões de euros em resultados antes de pagar impostos (1003,6 milhões de euros, em concreto), revelou o banco no mesmo comunicado.
Em Portugal, o Bankinter teve um resultado antes do pagamento de impostos de 136 milhões de euros entre janeiro e setembro, um aumento de 154% comparando com o mesmo período de 2022.
“No caso de Portugal, a boa evolução do negócio é muito assinalável em todas as rubricas da sua conta de resultados”, destacou o Bankinter, no comunicado divulgado hoje, segundo o qual os resultados e indicadores no mercado português são genericamente melhores do que no conjunto do grupo.
Em Portugal, a margem de juros cresceu 109% e a margem bruta aumentou 73%.
No caso do crédito, o Bankinter revelou que, no total do grupo, “a menor atividade atual do mercado imobiliário e a consequente menor atividade hipotecária, motivadas pela subida das taxas de juro”, traduziram-se numa diminuição da concessão de novos empréstimos para habitação, que ascenderam a 4.300 milhões de euros entre janeiro e setembro, menos 17% do que em 2022.
Quanto ao rácio de morosidade (atrasos ou não pagamento das prestações dos empréstimos) no grupo Bankinter situou-se em 2,2%, o que está nove pontos base acima do que acontecia há um ano, mas ainda abaixo da média de 3,5% no setor em Espanha em julho.
O total de crédito à habitação concedido pelo grupo Bankinter no final de setembro era de 34.500 milhões de euros, mais 3,2% do que um ano antes.
A carteira de crédito global do grupo era de 74.879,2 milhões de euros, mais 2,8% do que no mesmo mês de 2022, com o crescimento em Espanha a ser inferior, de 0,7%.
Já em Portugal, a carteira de crédito ascendia a 8.700 milhões de euros no final de setembro, um aumento de 13% em relação a 2022, e o rácio de morosidade era de 1,3%.
O crédito concedido pelo Bankinter em Portugal a privados era de 6.100 milhões de euros, sendo o restante empréstimos a empresas.
Os ativos totais do grupo Bankinter eram em 30 de setembro de 108.362,7 milhões de euros.
O grupo Bankinter teve lucros líquidos globais de 560,2 milhões de euros em 2022, mais 28,1% do que em 2021.
Em Portugal, o banco teve resultados antes de contabilizados os impostos (não líquidos) de 78 milhões de euros no ano passado, mais 54% do que em 2021.
ECONOMIA & FINANÇAS
NÚMERO DE INQUILINOS COM APOIO À RENDA VOLTA A CAIR EM JANEIRO
O apoio à renda chegava em janeiro a 145.870 inquilinos, segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), número que traduz uma descida face aos 233.323 beneficiários identificados um ano antes.
O apoio à renda chegava em janeiro a 145.870 inquilinos, segundo o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), número que traduz uma descida face aos 233.323 beneficiários identificados um ano antes.
“Em janeiro de 2025 foi atualizado o universo de locatários com apoio extraordinário, e processados apoios para 145.870 locatários”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial do IHRU, adiantando que além destes há mais 46.364 inquilinos “passíveis de enquadramento na medida” tendo em conta as regras de atribuição do apoio previstas na lei.
Este apoio extraordinário, cujo valor máximo pode chegar aos 200 euros, dirige-se a pessoas cujo pagamento da renda de casa lhes exige uma taxa de esforço acima dos 35%, ou seja, que têm de usar mais de 35% do seu rendimento mensal para pagar esta despesa.
A atribuição do apoio é feita de forma oficiosa pelo IHRU com base nos elementos que lhe são disponibilizados pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), Segurança Social (SS), Caixa Geral de Aposentações (CGA) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Há, porém, situações passíveis de ser elegíveis, mas em que a atribuição do apoio está dependente de validação prévia pelos beneficiários dos dados utilizados para apuramento da sua situação.
Em causa estão inquilinos cujo montante de renda ultrapassa o valor dos seus rendimentos ou as situações em que são detetadas desconformidades entre a declaração fiscal do rendimento de rendas do senhorio, a declaração fiscal relativas ao recebimento ou faturação de rendas, a participação dos contratos de arrendamento e a declaração fiscal dos inquilinos que a AT reporta ao IHRU.
Na mesma resposta, o IHRU refere que desenvolveu uma aplicação informática para efeitos de validação prévia dos dados pelos locatários, adiantando que a mesma “será disponibilizada durante a semana em curso”.
Depois de uma primeira subida, o universo de beneficiários tem vindo a reduzir-se: em janeiro do ano passado eram 233.323, tendo recuado para 223.200 no final de abril e agora para os cerca de 146 mil, sendo que a estes podem ainda vir a somar-se os referidos 46.36, num total de 192 mil.
Quando em junho de 2023 foi pela primeira vez pago o apoio (com retroativos a janeiro desse ano), este chegou a 154.212 agregados, tendo sido na altura identificados mais 32 mil passíveis de o receber.
O IHRU salienta que a atualização que é feita sobre beneficiários “pode resultar em mudanças nas condições de elegibilidade do apoio” que podem levar à sua “interrupção, diminuição ou aumento do valor do mesmo ou a novas atribuições”.
Do universo de beneficiários a quem foi processado apoio à renda em janeiro, há 25.141 que recebem o valor máximo de 200 euros.
Em termos globais, o valor médio deste apoio ronda os 100,46 euros.
ECONOMIA & FINANÇAS
SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.
Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.
Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.
Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.
Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.
Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.
Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.
Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.
No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.
Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.
O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).
A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.
Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.
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