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“PORTO” PEDE ESCLARECIMENTOS AO GOVERNO

A Autarquia do Porto quer saber por que está fora da corrida à Agência Europeia do Medicamento; e quais os critérios nos estudos do Governo para a exclusão da cidade invicta.

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A Câmara do Porto pediu nesta quinta-feira ao Governo que divulgue publicamente e forneça os estudos que levaram à decisão de apenas candidatar Lisboa como futura sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa). A autarquia quer saber por que foi excluída da corrida.

A decisão de candidatar Portugal a receber esta agência, actualmente instalada no Reino Unido, foi tomada a 27 de Abril, pelo Conselho de Ministros, segundo uma resolução publicada em Diário da República, a 5 de Junho.

O ministro dos Negócios Estrangeiros referiu-se quarta-feira “à existência de ‘estudos e ponderação’ que levaram o Governo a tomar a decisão de excluir o Porto e outras cidades portuguesas, além de Lisboa “.

Em comunicado, a autarquia liderada por Rui Moreira (independente) destaca que o Porto “lidera” em número de startups, “com 36% do ecossistema nacional”. Além disso, segundo um estudo recente da consultora Ernst & Young, o Porto aparece como “o destino com maior número de novos investimentos e criação de postos de trabalho”.

A Câmara do Porto refere ainda que “empresas privadas como a Euronext, a Critical Software ou o Banco Natixis instalaram-se recentemente no Porto, invocando a existência de mão-de-obra altamente especializada na área tecnológica e as excelentes condições oferecidas pela cidade aos mais diversos níveis”.

Mas segundo o Governo, “Lisboa reúne as condições adequadas para acolher uma agência com o perfil da EMA, tendo uma excelente localização geográfica, com boas acessibilidades, incluindo aéreas e capacidade hoteleira instalada”.

“Ora, todas estas condições se verificam no Porto, com vantagens, como é a existência de um cluster da indústria farmacêutica e universidades de referência na saúde. Possui, também, todas as condições apontadas pela senhora Secretária de Estado dos Assuntos Europeus para justificar Lisboa como localização, em recente entrevista ao jornal Euroactiv, na qual alega factores – também todos eles existentes no Porto – como a existência de escolas internacionais, o clima e boa gastronomia”, sublinha a autarquia.

A Câmara do Porto considera ser “importante para o Porto saber que vantagens comparativas foram apontadas a Lisboa pelos estudos a que se refere o ministro dos Negócios Estrangeiros, necessariamente anteriores à resolução de 27 de Abril, data em que estava já decidido pelo Governo excluir todas as outras cidades portuguesas da sua candidatura à localização da EMA. E que ponderação desses mesmos estudos foi feita em Conselho de Ministros, pelo Governo”.

“Só assim, a cidade do Porto poderá perceber o que não tem – e deverá ter – para poder ser candidata, no futuro, a agências europeias e a organismos de importância e exigência equivalente e que, nesta altura, no entendimento do Governo, apenas poderão ficar localizadas em Lisboa”, sublinha.

O município frisa ainda que em Lisboa estão já sediados dois organismos europeus: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência e a Agência Europeia da Segurança Marítima. E compara com o que se passa em Espanha, onde “das cinco agências europeias que existem no país, nenhuma está localizada em Madrid e o Governo acaba de apresentar a sua candidatura para que o país receba também a EMA, apontando Barcelona, como localização”

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VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO

O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

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O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.

O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).

O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.

Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.

O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.

Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.

O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.

A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.

No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.

Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.

O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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